segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O sul da barra do Mondego

foto António Agostinho

A ocupação desordenada do litoral contribui para situações de desequilíbrios e fenómenos de erosão costeira que têm vindo a pôr em causa a segurança de pessoas e bens.
É o que aconteceu  a sul do porto da Figueira da Foz,  depois das obras do prolongamento do molhe norte em 400 metros,  onde se agravaram os efeitos erosivos.
Recorde-se: ontem, demos conta da situação estável que se vive a norte da barra da Figueira da Foz, Praia de Quiaios, onde, felizmente, existe uma duna bem conservada e sem erosão costeira o que vem a provar que o desaparecimento das dunas primárias, invulgarmente rápido e anormal, verificado entre a Foz do do Mondego e a Praia do Pedrógão se deve, na sua maior parte, ao erro do prolongamento do molhe norte na Figueira da Foz. 
Cova, Gala, Costa de Lavos e Leirosa são apenas algumas localidades na lista negra, a que se juntam Vieira de Leiria, São Pedro de Moel e Pedrógão.
Hoje, já não se consegue esconder aquilo que está à frente dos olhos de toda a gente. A  intervenção humana tem vindo a acelerar a erosão costeira, como a foto desta manhã mostra: a duna, a sul do 5º. Molhe entre o 5º. Molhe e a Costa de Lavos está a desaparecer assustadoramente.
Pese embora o esforço deste blogue, este local, por si só,  tem passado despercebido nos meios de comunicação local, regional e nacional, dado o facto do avanço das águas do mar não encontrar pela frente aglomerados populacionais, um apoio de praia ou uma barraca de surf...
Aparentemente, no imediato, não  é uma ameaça à vida das pessoas e à segurança dos seus bens...
Todavia, isso pareceu-me sempre o mais preocupante, pois 500 metros, a norte, e 2 ou 3 quilómetros, a sul, lá estão as pessoas e os bens,  à mercê da fúria do mar, por incúria e ganância do homem.

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