“Hoje, vim visitar uma pessoa que considero muito e admiro. Vive hoje um momento difícil da vida, as acredito que o vai ultrapassar rapidamente.
Além de um abraço de solidariedade, vim também dizer que acredito na sua inocência.
Independentemente do caso ou da pessoa em causa, ninguém deve estar sujeito a um sofrimento de 6 meses de detenção sem saber do que está acusado.
Em 2005 fui eleito deputado na primeira maioria de José Sócrates, sendo o seu parlamentar mais jovem. Hoje, como em 2005, quero afirmar que o admiro e anseio que volte rapidamente à política activa, depois de esclarecer todo este equívoco.” - João Portugal, no facebook.
Nada tenho a ver com as visitas que João Portugal faz, ou não faz, aos amigos.
Porém, como foi João Portugal, deputado do PS, que com uma escrita de uma transparência enganadora e um enredo que não dá tréguas ao leitor, tornou publica a visita que fez ao seu Amigo José Sócrates, apenas tenho a comentar publicamente isto: a solidariedade é uma reacção espontânea e discreta. Seis meses é muito tempo…
Os políticos não são pessoas simples, porque todos querem a cadeira do poder.
Para os políticos, que não são pessoas simples, a amizade é o vento de feição.
Navegar à bolina, não é com eles…
Em tempo.
Como político, João Portugal irrita-me.
Porém, não é assim uma irritação lá muito grande.
Como pessoa até nem deve ser dos piores.
Bem vistas as coisa, até deve ser um gajo fixe.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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