quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Isto de "experiência-piloto de orçamento participativo", tem muito que se lhe diga... (III)

O orçamento participativo é um processo que “consiste na reserva de um montante cujas finalidades são submetidas a um processo de escolha pública, sendo integradas no orçamento municipal…”. Na Figueira, o processo constituiu uma verdadeira novela que terá tido o seu início quando, em outubro de 2008, a oposição de então propôs ao executivo a inclusão no seu orçamento de uma verba para um “orçamento participativo”
A proposta não só foi recusada como foi recebida com desprezo e, entre outras coisas, foi apelidada de “caldeirada”. Em final de 2009, o partido proponente assume o executivo e, como lhe competia, apresenta em março a sua intenção de preparar aquele projecto. Em novembro de 2010, revela protelar o processo para o ano seguinte e em 2013 volta a manifestar intenção de o desenvolver. 
Passado todo este tempo, de orçamento participativo, nada! Até que a oposição antecipa-se, ultrapassa o executivo e, ao arrepio da opinião manifestada em 2008, propõe… o quê? Pois, nem mais: um orçamento participativo! Em resumo, um partido mudou claramente de opinião. O outro foi tão lento que se deixou ultrapassar. 
Disse Churchill: “Não há mal nenhum em mudar de opinião, contanto que seja para melhor”. Tratando-se, porém, de questões ideológicas… Por sua vez, afirmou Rousseau: “O castigo da ocasião malograda é o não tornar a encontrar-se mais”.

Em tempo.
Esta cónica do eng. Daniel Santos foi hoje publicada no jornal AS BEIRAS... 
Isto de "experiência-piloto de orçamento participativo", tem muito que se lhe diga...

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