sábado, 20 de agosto de 2016

Memória do Cabedelo, de quando a Câmara da Figueira e os patrocinadores fizeram um trabalho incrível, com muita atenção aos detalhes e à imagem profissional que queriam passar...

Foto António Agostinhio
Compensa levantar cedo. 
No Cabedelo, ontem, de manhã, esta neblina, associada às primeiras luzes dia, estava fantástica. 
Começar o dia com uma foto assim, é ganhá-lo! 
Do nada, na neblina da paisagem, está a imagem de marca do Cabedelo: um surfista a correr ao encontro do mar e da onda.
A tal onda do Cabedelo, a mais conhecida da Figueira da Foz, devido ao facto de no final do passado século ali terem decorrido provas do mundial de surf WT.

Recuemos ao ano de 1996. No Cabedelo decorria o primeiro evento do World Championsip Tour a disputar-se no nosso país, o Coca Cola Figueira, 12ª etapa dessa época, disputada entre 1 e 8 de outubro. 
Um dos momentos mais marcantes na história do surf nacional estava agendado para as ondas do Cabedelo, na Figueira da Foz. 
Kelly Slater já somava na altura três títulos mundiais, e chegava a Portugal com o «tetra» na mira - que igualaria o recorde do australiano Mark Richards.
Na luta pelo título dessa época estava também Shane Beschen e a matemática para a etapa portuguesa era simples: para Kelly bastava que Shane não conseguisse chegar à final e sagrar-se-ia campeão do mundo. O seu rival na altura acabou por facilitar a tarefa, ao não comparecer na etapa portuguesa. Slater era, antes sequer de competir, campeão do mundo pela quarta vez.

Quis o destino - e alguns aviões perdidos - que o agora onze vezes campeão nacional não chegasse a tempo de competir na ronda 1, pelo que a passagem pela ronda 2 se tornava obrigatória. À sua espera estava Bruno «Bubas» Charneca, o primeiro campeão nacional português, que se tornaria o primeiro português a eliminar o lendário surfista da Flórida, já tetracampeão do mundo. Ruben Gonzalez, Tiago Pires e Frederico Morais são os outros surfistas lusos que se podem orgulhar do mesmo feito.

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