"Aconteceu já em tempo de compensações a surpresa da Taça de Portugal.
Já todos se preparavam para o prolongamento quando, como na épica história, os da Figueira da Foz assumiram o papel de David e fizeram tombar o gigante Golias de Fafe.
A partida não foi um modelo da arte de bem jogar, porém, a emoção foi de sobra já que as sucessivas alterações de marcador foram contribuindo para o acreditar dos navalistas e para valorizar ideias como o de que «esta vitória pode ter contribuído para se ter ganho uma equipa», como referiu o técnico navalista no final."
Via Diário de Coimbra
Nota de rodapé.
Será que a Naval é imortal?..
Se calhar é o que lhe resta...
Por nem ter onde cair morta!..
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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