António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quinta-feira, 27 de abril de 2017
A ideia de utopia...
Sagrada
é a noite.
E é o teu corpo,
que trouxemos
para celebrar.
Sopra uma brisa de vento...
Não consigo agarrar o tempo,
mas consigo respirar
todo o ar
que quer fugir do meu peito.
Dos frutos
que me dás a provar,
o sabor dos dedos
é para recordar.
O mais, é memória curta...
E, quanto a melhores dias?..
Nada...
A Liberdade ofende.
Aparar os nossos próprios defeitos pode ser perigoso:
nunca sabemos qual é o que está a sustentar o edifício.
Para se ser Livre,
resta continuar a fugir.
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