sexta-feira, 5 de maio de 2017

A política figueirense

A vereadora Ana Carvalho, em entrevista que vai ser tornada publica amanhã, via As Beiras, Foz do Mondego Rádio e Figueira TV, vai falar sobre a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM).
Recentemente, a convite da candidatura do António Durão, tive oportunidade de participar numa reunião sobre o tema, onde confirmei que a vereadora Ana Carvalho, além de ser um simpatia de pessoa, "desvaloriza a importância do horto municipal no contexto global daquele documento de ordenamento do território".
Como sabemos, foi a vereadora Ana Carvalho, que em declarações ao jornal AS BEIRAS, informou que o centro comercial Foz Plaza pretende expandir-se para o horto municipal.
Tal desiderato, gerou reacções negativas, apesar dos dois mil postos de trabalho que, segundo a edil, poderão ser criados. 
Os críticos, entre os quais eu me incluo,  sustentam que a urbanização do horto põe em causa o corredor verde da cidade. 
Como em devido tempo dei conta aqui, no OUTRA MARGEM, e a vereadora Ana Carvalho, amanhã vai confirmar na entrevista, existe uma conhecida marca de artigos desportivos interessada em instalar-se na Figueira da Foz.
O que não é bom, nem mau: é a vida, tal como ela é. 
A vida é assim. Se não fosse assim, seria assim, assim. Porque, simples e exactamente, é assim a vida. 

Eu, no que à política figueirense diz respeito, como já se percebeu, há muito, sou um peixe fora de água. 
Não pensem que é agora, quando estou tão bem com a vida, que iria mandar-me lá para dentro...
Nem pensem!
Contudo, tal como certamente alguns de vós, ouvi ao longo da vida, outro peixe, um peixe diferente, afirmar, a seco, que não apreciava a vida no mar. 
E, logo que surgiu a oportunidade, saltou lá para dentro... E, pelo menos que eu saiba, sem que ninguém o tivesse empurrado. 

Outros, como eu, permaneceram...
Não sempre do contra, como querem, por aí, fazer passar a minha imagem, mas só quando isso me diverte. 
Sei que «água mole em pedra dura, tanto bate até que fura»...
Que o mesmo é dizer,  que isso pode ter efeitos a longo prazo. 
Confrontar quem me rodeia, com argumentos contrários, apenas pelo prazer lúdico de o fazer, pode, se for bem feito, despertar, não muita, mas alguma coisa. 
E, quando menos se espera, as surpresas acontecem e as pessoas revelam-se. 
A máscara acaba por cair. 
E costuma cair em momentos e situções importantes.
Já ouvi muito peixe queixar-se: «esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim».

Gostei muito de ter ido à tal reunião, onde tive oportunidade, de forma frontal, documentada e séria, como sempre foi meu apanágio, defender o que penso ser o melhor para o concelho que me viu nascer e de que gosto muito.
Ficam os meus agradecimentos ao Carlos Romeira, pelo convite, e à vereadora Ana Carvalho, pela simpatia e disponibilidade que demonstrou, apesar das divergências que temos em relação ao PDM/2017.
Sobretudo, apreciei muito conversar, algo que anda um pouco arredado das preocupações diárias dos políticos.
Como é óbvio, não me estou a  refirir ao falar, mas sim ao conversar: dizer ao interlocutor coisas de interesse comum e ouvi-lo no que tem para nos dizer! 
Nos dias que passam, conversamos muito pouco, porque não nos preocupamos em ouvir o outro! Esse é um problema dos nossos dias. E não só dos políticos...

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