António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018
Portinho da Gala vai ter novo regulamento
De harmonia com uma notícia publicada na edição de hoje do jornal AS BEIRAS, o gabinete jurídico da Câmara da Figueira da Foz está a elaborar um novo regulamento para o Portinho da Gala, contando com o contributo da Junta de Freguesia de São Pedro e da Capitania da Figueira da Foz.
Neste momento, estão a ser enviadas cartas aos utilizadores, solicitando-lhes documentos para, depois, se aplicarem as novas regras de utilização da infraestrutura.
Entretanto, o prazo para a apresentação dos documentos foi alargado, tendo em conta que os pescadores estão ocupados com a pesca da lampreia.
Há muito que o cumprimento do regulamento é reclamado, devido a diversas situações que se vêm repetindo. Por exemplo, segundo fonte que conhece o funcionamento do portinho da Gala, haverá quem já tenha abandoando a actividade mas mantém o armazém de aprestos para guardar objectos pessoais, como, por exemplo, bicicletas.
Por outro lado, a utilização dos lugares de acostagem e do cais destinado à manutenção das embarcações tem gerado contestação por parte de alguns armadores. É para por termo a situações que possam proporcionar uma utilização indevida ou desadequada do porto que vai ser aplicado o novo regulamento.
“Temos de criar normas para o portinho poder funcionar melhor e adequar-se às necessidades dos pescadores”, defendeu o presidente da Junta de São Pedro, António Salgueiro, em declarações ao jornal AS BEIRAS.
O Portinho da Gala foi inaugurado em 2004. Cerca de 10 anos depois, a autarquia inaugurou um centro cultural e de convívio para a comunidade piscatória. Pelo meio, foram construídos os 80 armazéns. Para um futuro próximo, está prevista uma ligação directa da EN109 à infraestrutura, cujos acessos actuais limitam a actuação dos bombeiros em caso de incêndio.
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