sábado, 24 de fevereiro de 2018

Transposição de areias de norte para sul da barra da Figueira: está encontrada, antes do estudo, a saída para o problema? Dragagens a pataco?!..

A entrevista da vereadora Ana Carvalho ao jornal AS BEIRAS, à Foz do Mondego Rádio e à Figueira TV...
Três momentos.

1. Pergunta o jornalista do jornal AS BEIRAS: "Portanto, não estamos a falar da restinga." 
Responde Ana Carvalho, engenheira e vereadora da Câmara da Figueira da Foz: "Não. É óbvio que, ao ser retirada a areia a norte do molhe norte, a restinga que existe à entrada da barra vai deixar de se formar."

2. Nova pergunta do jornalista do jornal AS BEIRAS: "Nota-se que não simpatiza com o bypass fixo; porquê?"
Responde Ana Carvalho, engenheira e vereadora da Câmara da Figueira da Foz:  "Sendo engenheira e tendo trabalhado na área das energias das ondas, tenho algumas dúvidas sobre sistemas mecânicos fixos na nossa costa, porque é das costas mais energéticas do mundo. Estudei o projecto da Austrália e percebi que o custo anual de manutenção é de nove milhões de euros e uma dragagem para um milhão de metros cúbicos – que é o que se estima – custa três milhões e sabemos que funciona. [A instalação do sistema australiano] custou 50 milhões de euros. No entanto, é algo que deve ser estudado."

3. Despachado o bypass, na entrevista segue-se o Cabedelo.
"O que é que vai ser feito na primeira fase da intervenção no Cabedelo?", pergunta o jornalista.
Responde Ana Carvalho, engenheira e vereadora da Câmara da Figueira da Foz: "Uma nova estrada, muito mais recuada em relação à actual, tentar fazer um cordão dunar e vamos criar várias bolsas de estacionamento, uma zona pedonal e ciclável, uma praça na zona onde está o busto de Mário Silva [e infraestruturas em toda a área]. O espaço do parque de campismo vai ser reduzido, mas ainda não temos um projecto para aquela zona, que ficará para a segunda fase."

4 comentários:

CeterisParibus disse...

A excelsa vereadora deve estar a utilizar outra literatura, que não aquela que está publicada pelas entidades promotoras do bypass australiano.
Gostava de ouvir ou ler a opinião do SOS Cabedelo.
Vá, caralhete, entrevista lá os ditos, e publica por aqui.

CeterisParibus disse...

Deixa-me acrescentar:

As contas da senhora vereadora, são de merceeiro, tal e qual as minhas. Olho para os relatórios, faço umas contas, e chego a uns valores. Acho que a diferença ( que não é única ), é que eu sei que um dólar australiano não tem a mesma cotação de um euro. Por isso digo que os custos operativos são de 5 milhões/ano ( incluíndo pagamentos relativos a construção ) e não 9 ( coisa pouca ), e que os custos totais, são até 2015, de 77 milhões de euros ( 127 milhões de AUD ). Por isso, afirmar que o custo de construção do projecto é de 50 milhões de euros, parece-me algo desinformado.
Mas concedo, que até possa ser eu que estou a ler mal os dados.

Finalizando, eu não sei se o bypass é a melhor solução para o nosso problema. O estudo dirá se sim, ou se aquilo já não vai lá nem com dinamite. Mas a não ser que coloquem cá as "bestas" da Van Oord ( olhem que aquilo sai caro ), e mesmo com as capacidades de sucção que possuem na frota, temos de ter em conta a costa "energética" que temos ( e aí concordo )e o tempo que teriam de andar por cá ( definitivamente? ). E pensando que mesmo deixando uma praia de tamanho aceitável a norte, ainda assim deveriam ter uns 30 milhões de m3, a senhora vereadora que faça as contas.

Mas isto sou eu, que sou merceeiro a fazer contas, e nunca trabalhei na dinâmica das ondas.

S.O.S Cabedelo disse...

"The only thing worse than being talked about is not being talked about."
Oscar Wilde

CeterisParibus disse...

As entrevistas andam curtas. Larga as gajas caralhete!