"Portugal e algumas das suas cidades já estão a capitalizar o facto de terem das melhores ondas da Europa, ainda para mais associadas a um clima ameno e a um património cultural e gastronómico riquíssimo. Um dos melhores exemplos é a Nazaré que, graças a um recorde mundial, mais que quadruplicou o número de visitantes em sete anos e, em três anos, gerou um impacto económico de dez milhões de euros. Agora, é tempo de uma estratégia nacional integrada.
Estamos em meados de março. Nas últimas semanas, duas tempestades varreram a costa portuguesa. Esteve frio, choveu e o vento foi violento. Apesar disso, os hotéis de Espinho estão todos cheios para o Espinho Surf Destination, que arranca neste fim de semana. Estamos em meados de março e há dezenas de pessoas dentro do mar de Matosinhos. A culpa é do surf, um desporto em clara expansão que tem atraído muitos turistas e vale milhões para as cidades com betão e mar.
O fenómeno não tem passado despercebido às autarquias costeiras, que têm procurado cavalgar a onda deste desporto aquático que conquista cada vez mais praticantes em Portugal e no Mundo. Olhando para os casos de Matosinhos, Espinho, Nazaré, Peniche ou Ericeira (Mafra), a estratégia de promoção está a resultar."
Texto sacado ao Jornal de Notícias, via José Lucas dos Santos
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário