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segunda-feira, 5 de julho de 2021

Joana Aguiar de Carvalho enviou pedido de demissão ao Conselho Municipal de Turismo, onde representava a Assembleia Municipal, por indicação da maioria socialista...

Em 26 de Junho de 2020, a maioria absoluta do Partido Socialista, impôs o nome de Joana Aguiar de Carvalho, que não faz parte da Assembleia Municipal da Figueira da Fozcomo representante deste órgão autárquico no Conselho Municipal de Turismo.
Tal ocorreu no decorrer da Assembleia Municipal que se realizou nesse dia.
Ao que OUTRA MARGEM conseguiu apurar na altura, as bancadas da CDU e do PSD bateram-se para que a nomeação fosse feita entre os nomes de um dos membros que compõem a AM. Nelson Fernandes, no seu estilo característico, frisou que não se sentia representado por Joana Aguiar de Carvalho, "pois é membro da Assembleia Municipal e não deve ser uma pessoa de fora da Assembleia Municipal a representá-lo".
"Isto não é forma de fazer política", disse ainda Nelson Fernandes. Que acrescentou, dentro daquele que é o seu reconhecido estilo: "uma bancada destas (do PS), cheia de gente capaz e não há nenhum elemento virtuoso para ir para esta comissão?"
Porém, a vida e a política dão muitas voltas e segundo o Diário as Beiras, passado um ano, "Joana Aguiar de Carvalho enviou o pedido de demissão ao Conselho Municipal de Turismo (CMT), onde representava a Assembleia Municipal, por indicação da maioria socialista. A antiga dirigente do PS também se desfiliou do partido. 
Na base da dupla demissão está o apoio ao candidato à Câmara da Figueira da Foz Pedro Santana Lopes".
Na Assembleia Municipal de 5 de Maio de 2020, o PSD apresentou uma proposta para criar uma Comissão de acompanhamento do COVID. Foi chumbada com o argumento,  "de que não é preciso gente de fora". 
O mesmo Partido, por ter maioria absoluta, foi buscar uma pessoa de fora da Assembleia Municipal para o Conselho Municipal de Turismo... 
"A maioria absoluta do PS a permitir fazer tudo e o seu contrário"...
Registe-se que Joana Aguiar de Carvalho foi nomeada por votação secreta, com 11 votos contra, 2 nulos e uma abstenção.
Não foi proposto mais nenhum nome. O PS esteve igual a si próprio, ao informar a oposição: "a Joana Aguiar de Carvalho é o nosso nome, se quiserem ponham à votação um suplente!"...
Assim ia, há um ano, a democracia na Figueira.
Com as autárquicas de 2021 ainda longe, assistia-se a uma escalada de agressividade que se sentia, há meses, na política figueirense. Depois de ter  chegado  às sessões do executivo camarário, parecia ter também chegado às reuniões da Assembleia Municipal.
Passado um ano, com as autárquicas no horizonte, a maioria absoluta do partido socialista tem tentado dar uma imagem mais leve, mais risonha e de maior convívio democrático. Porém, como o verniz não é de grande qualidade, de vez em quando estala...

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Joana Aguiar de Carvalho, por proposta do PS, foi eleita para o Conselho Municipal de Turismo, como representante da AM!..



A maioria absoluta do Partido Socialista, impôs o nome de Joana Aguiar de Carvalho, que não faz parte da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, como representante deste órgão autárquico no Conselho Municipal de Turismo.
Tal ocorreu no decorrer da Assembleia Municipal que está a ter lugar no momento em que estamos a escrever esta postagem. Ao que OUTRA MARGEM conseguiu apurar, as bancadas da CDU e do PSD bateram-se para que a nomeação fosse feita entre os nomes de um dos membros que compõem a AM. Nelson Fernandes, no seu estilo característico, frisou que não se sentia representado por Joana Aguiar de Carvalho, "pois é membro da Assembleia Municipal e não deve ser uma pessoa de fora da Assembleia Municipal a representá-lo".
"Isto não é forma de fazer política", disse ainda Nelson Fernandes. Que acrescentou, dentro daquele que é o seu reconhecido estilo: "uma bancada destas (do PS), cheia de gente capaz e não há nenhum elemento virtuoso para ir para esta comissão?"
Registe-se que na última Assembleia Municipal, o PSD apresentou uma proposta para criar uma Comissão de acompanhamento do COVID. Foi chumbada com o argumento,  "de que não é preciso gente de fora". O mesmo Partido, por ter maioria absoluta, foi buscar uma pessoa de fora da Assembleia Municipal para o Conselho Municipal de Turismo... 
"A maioria absoluta do PS a permitir fazer tudo e o seu contrário"...
Registe-se que Joana Aguiar de Carvalho foi nomeada por votação secreta, com 11 votos contra, 2 nulos e uma abstenção.
Não foi proposto mais nenhum nome. O PS esteve igual a si próprio, ao informar a oposição: "a Joana Aguiar de Carvalho é o nosso nome, se quiserem ponham à votação um suplente!"...
Assim vai a democracia na Figueira e a escalada de agressividade que se sente, de há meses a esta parte, na política figueirense. Depois de ter  chegado  às sessões do executivo camarário, parece ter também chegado às reuniões da Assembleia Municipal...

quinta-feira, 7 de maio de 2020

"A solução é mesmo não renovar a concessão e voltar aos Serviços Municipalizados"

"A FIGUEIRA É DAS ÁGUAS", via Nelson Fernandes



FOTO DB/JOT’ALVES
"A posição do Sr. Vereador Ricardo Silva sobre a concessão dos serviços de água à empresa Águas da Figueira é uma infantilidade política, e uma mentira descarada, de que a imprensa local faz eco. Infantilidade porque sabe que a concessão só pode ser resgatada no final do contrato. Descaramento porque foi o PSD, partido do qual é presidente da Concelhia, que fez e prolongou o contrato inicial. Mentira porque desde sempre a CDU não só se opôs, como sempre denunciou a concessão, sobretudo a iniquidade vigente em que a empresa paga à Câmara anualmente, pela concessão, trezentos mil euros, e cobra à Câmara, também anualmente, mais de quinhentos mil euros. Isto é, um único cliente, o concedente, paga a concessão e ainda sobram mais de duzentos mil euros. Isto é negócio bem feito, para a concessionária, é evidente.

Mas vamos á história:
Nos idos de 1998 o Eng.º Aguiar de Carvalho, no último ano do seu mandato deixou de acreditar nos totolotos (aeroporto, ou eliminação de resíduos por pirólise) e converteu-se às privatizações como recurso de tesouraria, a exemplo aliás daquilo que acontecia nos governos do bloco central. Vendeu os Serviços Municipalizados de Águas e o Parque Industrial da Gala. O Parque Industrial da Gala vendeu-se rápido. Só apareceu um comprador, e era exatamente aquele que se desejava. O Sr. Aprígio Santos.
Para as Águas o concurso era mais apetecível. A Câmara tinha acabado de construir e inaugurar a ETA de Vila Verde e a ETAR da Fontela, o abastecimento estava em cerca de 85%, e portanto o investimento para a cobertura total era residual. O problema estava na rede de esgotos, com uma cobertura de cerca de 40%, mas para esta, estava assegurado financiamento europeu, inicialmente a fundo perdido e depois a 75%. Aliás no contrato de concessão as candidaturas eram da responsabilidade da Câmara. O Eng.º Aguiar de Carvalho e seus vereadores (Dr. Melo Biscaia, Dr.ª Virgínia Pinto e o Eng.º Casimiro Terêncio) excluíram do concurso duas empresas, e determinaram um vencedor, que só não recebeu a concessão porque, as empresas excluídas, recorreram da decisão de exclusão.
É sabido que o Eng.º Aguiar de Carvalho não foi o candidato do PS e que o PS perdeu essas eleições para o Dr. Santana Lopes e para o PSD. Remunicipalizou o Parque Industrial da Gala, o que foi uma boa decisão, e anulou o concurso para as águas, abrindo novo concurso, de que saiu vencedora a empresa que o Eng.º Aguiar de Carvalho tinha excluído. Foi pois o Dr. Santana Lopes, e os seus vereadores (Eng.º Daniel Santos, Dr.ª Rosário Águas, Dr. Pereira da Costa, Eng.º Casimiro Terêncio, etc.) que fizeram já em 1999 a concessão definitiva á empresa que se chama hoje Águas da Figueira.

Este contrato de concessão deveria ter terminado em 2020, portanto este ano. Não terminou porquê? Porque foi prorrogado. A primeira prorrogação aconteceu porque alguém na Câmara, e não foram os serviços, não entregou a tempo os documentos necessários para receber a comparticipação da construção da ETAR de Vila Verde. Foi já o Eng.º Duarte Silva que tirou o coelho da cartola. Sem dinheiro para pagar a ETAR negociou a extensão do contrato e o tarifário. Mais um negócio bem feito, para a concessionária, pois acrescentou anos, creio que cinco, e um tarifário absolutamente leonino.
O segundo mandato do Eng.º Duarte Silva, é já um descalabro financeiro de tal ordem que os fornecedores, sobretudo os fornecedores de obras públicas, já não se candidatavam às obras municipais. E então muitas dessas obras deixaram de ser ajustadas pela Câmara, e passaram a ser ajustadas como obras da responsabilidade das Águas da Figueira, tendo como pagamento um segundo prolongamento da concessão.
Á época são conhecidas as valiosas intervenções do deputado Municipal do PS Dr. Carlos Monteiro, não contra a concessão, entenda-se, mas por um tarifário mais ajustado à realidade dos consumidores. A negociação já com o Dr. Carlos Monteiro como vice-presidente da Câmara fez-se mas os resultados tal como os conhecemos hoje são pífios. A Figueira da Foz continua a ter dos tarifários mais caros do país.

A solução é mesmo não renovar a concessão e voltar aos Serviços Municipalizados. Mas ninguém de boa-fé acreditará que o PSD, (e já agora também o PS) uma vez no poder determine o fim da concessão. Na realidade está na moda substituir a «quadratura do círculo» pela «circulatura do quadrado». Mas com os mesmos protagonistas só são de esperar os mesmos resultados. As privatizações (com ou sem «regulador»), como diria o escorpião ao coelho antes de o morder, é que são a sua natureza.

À parte. Fez-me bem este bocadinho de história. Desabafei!"

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Aguiar de Carvalho foi homenageado

Manuel Alfredo Aguiar de Carvalho foi presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz de 1983 a 1997.
Hoje, foi homenageado pela edilidade figueirense.
Foi descerrado um busto, que fica a perpetuar a sua memória e foi acrescentado o seu nome à Praça da Europa.
A agora denominada “Praça da Europa Manuel Alfredo Aguiar de Carvalho”, foi o palco ideal para a cerimónia que contou com as intervenções do presidente da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, Vítor Pais; Eng.º Gil Mata, da Celbi; Nuno Melo Biscaia (em representação do seu pai, Luís Melo Biscaia, ausente por motivos de saúde); uma das filhas do homenageado, Paula Aguiar de Carvalho, em representação da família. João Ataíde, o actual presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz encerrou os discursos.
Aguiar de Carvalho também esteve ligado ao associativismo: foi um dos fundadores do Círculo de Gastronomia e Cultura da Figueira da Foz e presidiu à Assembleia Geral da Associação Naval 1º de Maio durante duas décadas.

sábado, 27 de junho de 2020

"Que família tão unida"...

"A política não separa aqueles que o sangue e o amor juntou

Joana Aguiar de Carvalho, gestora turística e hoteleira, é dirigente do PS da Figueira da Foz. Carlos Tenreiro,  advogado, é militante do PSD e candidato derrotado à Junta de Buarcos, em 2013,  e à Câmara Municipal da Figueira da Foz pelo PSD, em 2017. Cumpriu o mandato na oposição, na qualidade de elemento da assembleia de freguesia, entre 2013 e 2017. Está a cumprir o mandato como vereador eleito pelo PSD, desde 2017.
Há muito que este casal da Figueira da Foz convive com a política. O pai de Joana, Aguiar de Carvalho, entretanto falecido, foi presidente da câmara deste concelho durante quase 16 anos, pelo PS.
Por sua vez, o pai de Carlos Tenreiro, Jorge Tenreiro, foi vereador do PSD na mesma autarquia num mandato presidido pelo pai da mulher. Não obstante as divergências ideológicas, ambos afirmam que a política nunca obstaculizou a vida conjugal."
(Resumo feito a partir de um escrito no Diário as Beiras, em 19 de Agosto de 2014. A foto foi obtida via Diário as Beiras)

Joana Aguiar de Carvalho, de que não conheço qualquer tomada de posição política pública, apesar de ter sido a mandatária de SANTANA LOPES, na candidatura à Figueira  em 1997, ter feito parte da lista de João Ataíde em 2009 (foi em número seis: João Ataíde das Neves, Carlos Monteiro, Isabel Cardoso, António Tavares, Rui Cardoso, Joana Aguiar de Carvalo), e ter sido administradora da Figueira Grande Turismo (deve saber muito acerca do imbróglio do Paço de Maiorca) conquistou ontem um lugar no Conselho Municipal de Turismo em representação da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, de que não faz parte!.. 
Esta é a política das melhores famílias figueirenses, em todo o seu esplendor e no seu melhor. A política figueirense, «é, desde sempre, assunto de umas quantas famílias e a res pública uma espécie de “cosa nostra”

domingo, 19 de junho de 2016

A luz coada do mar da Cova...

Depois de passar pelo Largo Aguiar de Carvalho,
estendo o olhar até à encosta sul da Serra da Boa Viagem...
Todas as manhãs, logo pela fresquinha, gosto de caminhar, para perder peso e ganhar energias para o dia. 
Em relação ao primeiro objectivo, está a ser difícil averbar vitória.
Quanto ao segundo, a vitória foi automática...

Normalmente, vou pela Rua das Indústrias, olho para as antigas instalações do Alberto Gaspar, passo o Mercado e subo até ao Largo Aguiar de Carvalho, onde estendo o olhar até à encosta sul da Serra da Boa Viagem e sigo pelo passadiço que liga a Praia da Cova à Praia do Hospital. 
Depois, tenho de descer ao lado do relvado sintético - os passadiço entre o Hospital e o Cabedelo estão impraticáveis...  -  e sigo até ao Cabedelo pela estrada que ficou entalada entre a duna, cada vez a minguar mais, e  as instalações do porto de pesca, passo ao lado da antiga Foznave e inicio o regresso. Antes, porém, percorro o paredão até à ponta do molhe sul
Quando inverto a marcha, reparo que
 a Gala está a receber os primeiros raios de sol..


Quando inverto a marcha, reparo que a Gala está a receber os primeiros raios de sol.
Dá para imaginar alguém que se terá esquecido de fechar as persianas a acordar irritada com a primeira luz a bater-lhe na cara. 
Resmunga com o marido e diz-lhe para ir fechar as persianas
E ele vai, porque gosta dela.
Pudera: ela é bonita e irresistível.

E assim começa o dia: com o mar e a luz coada do mar da minha Aldeia.
Os primeiros raios da luz do sol aquecem-me a face e fazem despontar mais um dia perante os meus olhos, agradados por mais esta dádiva. 
No ar, a presentear-me fica o odor da areia e da maresia, o vento suave na cara e o rumor da onda.
A natureza na minha Aldeia é uma coisa bela.
E nós tão pequeninos em relação a ela!..

Uma explicação necessária.
Todos somos vulneráveis e precisamos de nos resguardar. 
Entendam esta crónica, como um momento de felicidade de alguém que, após mais de ano sem poder fazer aquilo de que gosta de poder fazer muito - caminhadas matinais -, constatou que a arreliadora lesão no "calcante" esquerdo foi debelada.
...aí está o voo de uma gaivota culta,  que é aquela
que faz o que alguns figueirenses  gostariam de fazer,
mas não fazem:  por falta de coragem e  outras coisas...
Duas semanas depois de retomar o ritmo normal, sinto o  conforto de caminhar sem dor.

Eu sei que não há vida sem dor, como ensinam os livros!.. 
Para o saber, bastou  olhar para a minha vida, que não é muito diferente da dos demais mortais...
Terão, pois, razão os livros, mais uma vez... 
Mas que era chato caminhar com dor no "calcante" esquerdo, lá isso era!..
Sabe-me tão bem caminhar agora com todo este conforto, que resolvi partilhar convosco este momento de felicidade!..

Desculpem lá a franqueza, mas, neste momento, depois da caminhada que antecedeu a feitura do texto acima, sinto-me tão feliz como uma gaivota culta depois de cagar na cabeça de muita boa gente que, por vezes, se lembra de vir ao Cabedelo...

segunda-feira, 18 de maio de 2015

A Figueira continua a esconder as verdadeiras feridas com a mentira astuta...

“No mandato anterior deste executivo camarário, foi lançado um concurso de ideias para o areal da praia. No início dos anos 90, Aguiar de Carvalho já tinha encomendado um estudo para o areal que veio a servir de suporte ao plano de pormenor que no mandato de Santana Lopes se iniciou. Entendeu o actual executivo fazer tábua rasa de todo esse trabalho e na senda do que já havia feito com o logótipo que se tornou marca do concelho, resolveu que tinha que ter o seu próprio projecto. Desse concurso de ideias resultou um projecto vencedor que foi dado à estampa em plena campanha eleitoral em outdoors colocados na avenida marginal. Um investimento de 110 Milhões de euros era o necessário para o cumprimento dos sonhos do executivo camarário. Após os 60 mil euros gastos no prémio do concurso de ideias, seguiu-se uma adjudicação à equipe vencedora, de mais 50 mil euros, para que desenvolvesse o projecto que justificaria a intenção da câmara de municipalizar parte do areal. Recorde-se que foi com base nesta ideia que se deixou de limpar a praia para justificar junto da tutela que aquela enorme extensão de areal, não deveria ser considerada como praia. Afinal, sabemos agora, que o projecto que se vai desenvolver é um projecto minimalista que nada tem haver com o que foi apregoado. O executivo camarário sabia bem da impossibilidade de desenvolver este plano, mas enfim, funcionou bem na campanha eleitoral e é mais uma promessa a juntar a tantas outras, que de reais só mesmo os outdoors que as anunciaram.”

Em tempo.
Na nossa cidade, como aconteceu desde que tenho memória, os responsáveis políticos optaram sempre por esconder as verdadeiras feridas com a mentira astuta ("o embuste", como escreve hoje na sua habitual crónica no jornal AS BEIRAS, Miguel Almeida).
Dois exemplos, apenas, da mania das grandezas da elite local, para não nos alongarmos muito.
Todos nos lembramos certamente ainda do projecto megalómano da ligação entre a Figueira e Fátima, em TGV monocarril, no tempo do falecido Aguiar de Carvalho ou do Estádio de Lavos, do tempo do mediático Santana Lopes.
João Ataíde, também aqui, não quereria fazer diferente e lá anunciou a "bagatela" de 110 Milhões de euros para o projecto para transformar, uma vez por todas, a outrora Praia da Claridade na futura Praia da Calamidade
Até agora, porém, a vegetação na Praia da Calamidade, é a única testemunha viva e pujante do megalómano projecto... 
Como sabemos, estas coisas, agora (apesar do actual executivo camarário ter no seu seio um competente vereador e, ao mesmo tempo, também um talentoso especialista em Teatro, tanto na escrita de peças como na encenação...) são mais difíceis de credibilizar... 
As curvas do destino amedrontam os bichos e também deviam servir para colocar juízo na cabecinha dos homens. 
As garras da mentira podem ser apenas a face do desespero que se tornou visível... 
E aquilo que podia ser, simplesmente, uma jogada política pode transformar-se num aterro para cadáveres políticos. 
Areia e lixo não faltam na Praia da Calamidade.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá... ou um caso clínico?..

Foi apresentado ontem, na reunião de câmara, como a imagem ao lado disso dá testemunho, o projecto para o reordenamento do areal urbano da Figueira da Foz e Buarcos, apresentado pelo arquitecto Ricardo Vieira de Melo, vencedor do concurso de ideias para esta zona de praia, lançado pela autarquia em 2011.
Este é, segundo sublinhou o presidente João Ataíde, um ponto de partida para a municipalização desta zona tutelada por várias entidades. 
Saliente-se que o projecto vencedor do concurso implicava um investimento de 110 milhões de euros, entre investimentos púbicos e privados. Entretanto, foram introduzidas várias alterações e o orçamento não foi actualizado. 
Será que estamos a retornar aos saudosos tempos de Aguiar de Carvalho e de Santana Lopes, dos objectivos grandiosos de um magnífico aeroporto, de um moderníssimo comboio TGV em monocarril a ligar Figueira a Fátima ou de um grandioso estádio para o europeu de futebol de 2004?.. 
Será que continua a ser uma aspiração dos figueirenses, certamente bem conhecida da vereação absoluta da edilidade figueirense, o retomar dos velhos tempos de "sonhos" de Aguiar de Carvalho e de Santana Lopes?.. 
Já agora: que é feito do projecto socialista da ponte pedonal a ligar o Cabedelo à Figueira?..

Em tempo.
Só para terem noção do que seria um investimento de 110 milhões de euros para a Câmara da Figueira da Foz, deixo-vos o link de acesso ao orçamento camarário para 2015.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Em defesa do Horto Municipal

A ignorância é uma qualidade de muitos!..
O presente político na Figueira, protagonizado por esta maioria absoluta presidida por João Albino Ataíde, vai ter um fim inesquecível.
A vantagem das profissões de fé, é esta: pode ignorar-se o óbvio, pelo menos, enquanto o peso da evidência não nos esmaga a ignorância
Foi com estes pensamentos que, hoje à tarde, abandonei os paços do concelho da Figueira da Foz, depois de ter presenciado uma acesa, mas civilizada, discussão política, entre um cidadão informado chamado Luís Pena, que anda há décadas a exercer o seu legítimo direito de cidadania em defesa da nossa cidade e do nosso concelho, e o executivo de maioria socialista, presidido por um cidadão chamado João Ataíde que, em 2009, caiu de pára-quedas na Figueira
Amanhã, haverá certamente mais pormenores do debate desta tarde. 
Para já, por um lado,  quero relevar a intervenção da vereadora da oposição Teresa Machado, de que destaco esta frase: «se se vender o Horto, vai-se cometer um erro tremendo, como aconteceu com o edifício "O Trabalho"».
Recorde-se que o único vereador que, na altura, votou contra a implantação daquele edifício que constitui um "pesadelo" para esta câmara e para os figueirenses, foi o eng. Abel Machado.
Por outro lado, dado o interesse da intervenção de Luís Pena na reunião de Câmara realizada na tarde de 17 de Abril de 2017, para memória futura, aqui fica na íntegra.

Passo a citar.
Exmo Senhor Presidente da Câmara Municipal e demais vereadores presentes nesta casa da Democracia:

Em jeito de introito, gostaria de esclarecer que a minha intervenção nesta reunião de câmara, aberta ao público, radica em duas ordens de razões:
- A primeira, no facto de estar a decorrer o período legal de discussão pública do PDM e de ter apresentado dois requerimentos no passado dia 30 de Março, relativamente aos assuntos do espaço correspondente ao Horto Municipal e da zona correspondente ao terreno municipal com a área de 18.144m2, situado a Norte/Nascente do Parque de Campismo. Relativamente a estes requerimentos, até à data, não me chegou qualquer resposta.  
- A segunda razão, por ter figurado como primeiro subscritor de duas petições dirigidas a esta Câmara: a primeira em 21 de Março de 1997 e a segunda, em 5 de Junho de 2007, subscrita por 3500 cidadãos.
A primeira petição foi motivada pelo anúncio público do presidente da Câmara de então, Aguiar de Carvalho, entender que o Parque de Campismo “tinha esgotado o seu período de vida útil”…
À época, esta opinião foi rejeitada pela larga maioria dos figueirenses.
Apesar disso, o executivo camarário de então, insensível à cidadania demonstrada por milhares de cidadãos, decidiu, em 5 de Junho de 1997 vender o Horto Municipal. Sucede que, por força da opinião pública, a Assembleia Municipal, em 30 de Junho desse mesmo ano, chumbou a decisão de venda do Horto.
Na altura, o PS na Assembleia Municipal, foi muito claro e assertivo tendo sido afirmado pelo então líder de bancada António Alves o seguinte:
“O PS entendia que o Horto Municipal devia ser mantido como mancha verde a preservar e a incluir em futura revisão do PDM”.
No ano seguinte, em 1998, iniciou-se um processo de auscultação dos munícipes para a revisão do Plano Director Municipal. Participei na reunião relativa à freguesia de S.Julião, realizada em 25 de Setembro de 1998, no auditório do Museu Municipal. Requeri, nessa reunião, que a classificação da zona correspondente ao actual Parque de Campismo e Horto Municipal fosse alterada, pois tal espaço estava classificado no primitivo PDM como zona de expansão urbanística. Pedi, na qualidade de 1º subscritor de uma petição (que um ano antes tinha reunido cerca de 4.300 assinaturas), que tal espaço fosse classificado como zona verde, livre da ânsia construtiva…Sei que os responsáveis da edilidade, à data, tomaram nota desta pretensão de carácter colectivo. 
Aquando da discussão da proposta de Revisão do PU, ocorrida nos anos de 2007 e 2008, o PS, então na oposição, por diversas ocasiões, defendeu a necessidade de preservação do conjunto formado pelo Horto Municipal, Parque de Campismo e terreno anexo ao mesmo, sito a Norte e Nascente. Em relação a este terreno, com o número de Inventário 30.109, há decisão camarária de 19/11/2007 que aprovou a sua inclusão na área e perímetro do Parque de Campismo. Na proposta de PDM, este terreno aparece classificado como “Espaços Habitacionais de Tipo 1”, sendo pois possível a sua alienação para construção urbana, a exemplo do que já foi anunciado publicamente, por duas vezes, em relação ao terreno do Horto Municipal. 
Ocorre perguntar se a bondade da decisão camarária de 19 de Novembro de 2007 não ficará prejudicada face à actual classificação no PDM para o espaço em causa?
Não existirá uma contradição insanável entre o espírito dessa decisão que pretendeu – de uma vez por todas – a protecção daquele espaço e evitar mais construção urbana naquela área da cidade, que constitui o prolongamento do corredor verde, que se inicia no Jardim Municipal, atravessa as Abadias e se prolonga em direcção ao Parque de Campismo e à Serra da Boa Viagem? 
Decorridos 20 anos, desgosta-me o facto de ver, no decurso do prazo de uma discussão pública, declarações nos jornais a anunciar a “promessa de venda” do terreno do Horto Municipal com o único fim imediatista de ampliação de um centro comercial…
Ocorre perguntar porque é que essa ampliação não é feita com a construção de mais um piso em altura quando o actual Plano parece consentir?
Será necessário hipotecar mais um espaço público, de grande beleza e harmonia e comprometer o enquadramento paisagístico do Parque de Campismo, já de si, bastante asfixiado pela pressão urbanística que o rodeia?
Não estarão a tomar uma decisão demasiado apressada, pouco amadurecida e contraditória às posições públicas do partido pelo qual foram eleitos, tomadas num passado recente?
Não estarão a ignorar a vontade e sensibilidade de 3500 cidadãos, que em 5 de Junho de 2007, pediram, em sede de revisão do PU e do PDM, que o Horto e o Parque de Campismo fossem preservados de mais construção? Não será preferível anexar ao Parque este terreno, em forma de enclave?
Têm presente os princípios da Carta de Aalborg subscrita pelo Município em Agosto de 1996 e os princípios do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Figueira da Foz? E a adesão à Agenda 21 Local serve para quê?
O interesse colectivo da "sustentabilidade ambiental", considerando que se trata de um terreno municipal, terá de estar acima da lógica comercial e imediatista de uma qualquer empresa!
Vender o Horto é sinónimo de "dar uma facada" no Parque de Campismo" e condená-lo, a médio prazo, como já foi tentado num passado recente.
O Horto Municipal poderá, no futuro, ter outra afectação, nomeadamente com a ampliação natural do Parque de Campismo, que o contorna pelo Poente e Nascente, mas jamais servir de terreno para “plantio” de umas quantas lojas comerciais…
A manutenção de um certo capital natural para as gerações vindouras exige a preservação do conjunto paisagístico e arbóreo formado pelo Parque de Campismo, terreno municipal situado a Norte e Nascente bem como pelo Horto.
Não será pedir muito, senhor Presidente, em nome do desenvolvimento sustentável da cidade que se constrói, não apenas com decisões tomadas pelos eleitos que, temporariamente, ocupam os cargos autárquicos mas, sobretudo, pela participação dos cidadãos que são a essência da civitas.
Creia, senhor Presidente, que estas preocupações são perfilhadas por muitos munícipes e cidadãos que amam esta cidade que tem o nome de uma árvore: Figueira.
Repensar uma decisão e corrigir erros na proposta de PDM não será sinónimo de fraqueza, antes sinal de elevação democrática e de respeito pela cidade.
Sem qualquer menosprezo para vários milhares de figueirenses que, por duas vezes, assinaram uma petição, a título meramente simbólico, citarei o nome de alguns deles que partilham o entendimento supra exposto: 
Maria Teresa Coimbra, Isabel Maranha Cardoso, Vítor Coelho, Delmar Damas, Diogo Serôdio, Paulo Gonçalves, Pedro Jorge, Rui Curado, Carlos Moço, António Cândido Alves, Pereira da Costa, Luís Ribeiro, João Vaz, Eurico Gonçalves, Rui Brites, Manuel Coelho, Vítor Pereira, Rui Duque, António Agostinho, Daniel Santos, Rui Torres, Silvina Queirós, António Jorge Pedrosa, Gonçalo Cadilhe. 
Apesar de não residirem na Figueira, também a Arquitecta Helena Roseta e Gonçalo Ribeiro Teles defendem idêntica posição. 
Não obstante o disposto no nº 7 do art. 12º do Regimento da Câmara em vigor, solicito que esta intervenção seja anexa à acta da reunião de Câmara, em sede do período de intervenção do público.

Luís Ramos Pena

terça-feira, 17 de maio de 2016

A propósito da crónica "privatização"...

Hoje no jornal AS BEIRAS, a colunista Isabel Maranha Cardoso, publica o que passo a citar:

"Uma das tendências relacionadas em geral com um ambiente de liberalismo, que afirma um protagonismo do mercado e a diminuição do peso da intervenção pública na economia e na sociedade, é a privatização.
Este processo passa pela rarefacção do papel do Estado e das suas responsabilidades operativas e de execução e por uma confiança muito maior nas forças da sociedade e da economia.
Habituámo-nos, em nome da muito repetida frase “ineficiência do Estado”, a acharmos normal serem os privados a executar tarefas que pertenciam ao Estado, a troco de “generosas” contrapartidas financeiras e nem sempre com o proporcional interesse público salvaguardado.
Está bem presente o caso das “PPP”, conceito importante e útil mas totalmente desajustado nos meios e fins a que se propuseram, tendo criado elevados compromissos financeiros para o Estado, muito superiores à utilidade pública que proporcionaram.
Reavivámos este tema face à avaliação das necessidades operativas, em termos de educação, que levou a cabo o ME e que dominou o debate público e político da semana passada, “desinformando” os cidadãos sobre os verdadeiros propósitos da polémica – a privatização do ensino.
Atribuiu-se à rainha de França Maria Antonieta o dito “se o Povo tem fome, dêem-lhe brioches”.
Pois eu diria, nesta questão da educação – o Estado só pode dar pão; brioches, quem os preferir, vai ter de os pagar!"

Não poderia concordar mais com a opinião que acabei de citar, expressa pela colunista Isabel Maranha Cardoso no jornal AS BEIRAS.
Só que esta maldita minha memória recorda-me a  privatização da água feita na Figueira, quando o PS estava no poder. 
Foi no último mandato do presidente Aguiar de Carvalho.
Na altura, a privatização da água na nossa cidade foi disfarçada com a utilização de um eufemismo: o termo concessão.


Ainda por cima, como foi  uma concessão de “primeira geração”, o investimento a realizar na rede, acabou por ser da responsabilidade do nosso município. 
Registe-se, que a concessão a operadores privados do sector das águas assentou no pressuposto da incapacidade financeira de alguns municípios em realizar as infraestruturas necessárias à reestruturação dos sistemas de águas e de saneamento.
Contudo, a Figueira da Foz teve um encargo de  € 8.698.396,65...
Sublinhe-se que o conjunto das concessões que registaram encargos públicos directos (58% dos contratos auditados) representou um investimento público global na ordem dos € 93.354.074,15

Os contratos de concessão com o maior nível de encargos públicos são os seguintes:
Santa Maria da Feira - € 43.543.193,11
Setúbal - € 19.960.101,71
Figueira da Foz - € 8.698.396,65
Barcelos com € 5.780.366,00

O que era público, passou efectivamente a ser privado. Por isso, de um ponto de vista prático, concessão ou privatização foi a mesma coisa.
Em termos gerais justificativos, os municípios concedentes destacaram como factores de risco “elevado” das concessões, susceptíveis de implicarem compensações directas às concessionárias, na sequência de processos de reequilíbrio, as estimativas de procura abaixo do caso base. 
Tratou-se do caso das entidades concedentes de Azambuja, de Figueira da Foz, de Ourém, de Paredes, de Santa Maria da Feira, de Matosinhos, de Vila do Conde, de Paços de Ferreira, de Marco de Canaveses e de Barcelos, o que representou cerca de 37% das concessões. 

Por outro lado, não se garantiu o interesse público.
Nomeadamente:
Não se efectuou a transferência de risco para o parceiro privado/concessionária;
O privado não assumiu riscos inerentes às actividades de exploração e financiamento da concessão;
Dos contratos não constam, de forma discriminada e detalhada, os riscos a assumir por cada um dos parceiros;
Os contratos não identificam as situações susceptíveis de gerarem partilha de benefícios entre as partes, utentes, concedente e a concessionária;
Os contratos não enunciam, de forma clara, os objectivos da parceria/concessão, bem como, os resultados que se pretendem do parceiro privado;
As concessões não contemplam um prazo de vigência do contrato adequado ao ciclo de vida e às especificidades do investimento a realizar;
O modelo de concessão não apresenta, para o concedente, vantagens relativamente a outras formas alternativas de alcançar os mesmos fins;
As tarifas - e todos sabemos quanto pagamos - apenas pretendem garantir o lucro do privado.

Por tudo isto e muito mais, não seria de encarar a remunicipalização do sector da água no nosso concelho, porque a água é um bem público e não uma mercadoria?..

terça-feira, 4 de maio de 2021

Querem ver que ainda não é amanhã que Santana assume a candidatura?

«Pedro Santana Lopes ainda não avançou como independente à Câmara Municipal da Figueira da Foz, onde já foi autarca, mas tem em grande marcha a sua candidatura, apoiada pelo Movimento Figueira A Primeira.
O movimento de cidadãos tem estado, desde 6 de março, a fazer estudos de opinião junto dos figueirenses para saber as intenções de voto e, segundo o DN apurou, Santana Lopes aparece sempre em primeiro lugar, a uma distância confortável do candidato do PS e actual presidente da autarquia, Carlos Monteiro, e mesmo muitíssimo acima da intenção de voto no candidato apoiado pelo PSD, Pedro Machado, presidente da Entidade de Turismo do Centro.
E se o PS tem razões para estar nervoso com estes dados, mais ainda terá o PSD local que descartou a hipótese de ter uma lista encabeçada por Santana. No início do ano, as estruturas sociais-democratas da Figueira da Foz fecharam completamente a porta à candidatura do antigo presidente do PSD e anunciaram que a escolha recairia sobre Pedro Machado, o que foi aprovado pela direcção nacional de Rui Rio.
O seu nome chegou a ser falado para Lisboa, Sintra, Torres Vedras , entre outros municípios, mas a verdade é que em nenhum se concretizou a hipótese de liderar uma lista do seu antigo partido.
Agora está tudo em marcha para avançar como candidato à câmara que conquistou pela primeira vez, em nome do PSD, em 1997, a da Figueira da Foz. E embora não tenha assumido que avança, tem dado todos os sinais que assim acontecerá, sobretudo na sua página no Facebook.
Fontes que lhe são próximas, disseram ao DN que o antigo primeiro-ministro tem recebido ao longo destes dois meses apoio de várias figuras do PS e PSD, e alguns estão mesmo a trabalhar na preparação da sua candidatura. Entre os apoiantes contam-se Marta Beja, filha de Carlos Beja, que foi o adversário socialista na corrida à câmara da Figueira em 1997, e Joana Aguiar de Carvalho, que também é filha do antecessor de Santana no município Manuel Aguiar de Carvalho, que era do PS.
É provável que se os estudos de opinião mantiverem o antigo autarca na liderança das intenções de voto, o anúncio da candidatura fique para mais tarde, porque permite a Santana andar permanentemente no terreno a consolidar essa vantagem sem o ónus de estar já sob os holofotes da comunicação social.»

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Recordando a mania das grandezas da elite local...

primeira página do jornal 
barca nova de 26 de de Junho de 1981 
A meu ver, para a elite local que ascendeu ao poder depois da implantação da democracia, que continua a gostar de tudo converter em negócio, a edificação de grandes obras representou sempre uma manifestação de megalomania.
Como a memória é curta, recordo que o ódio contra as monarquias se construiu, também, com este tipo de argumentos...
Se conhecermos, minimamente, a tradição local edificadora dos que acreditam numa dimensão superior da governação, a edificação desses projectos megalómonos não tinha por objectivo servir os figueirenses.
Recordo os ainda pouco distantes e “saudosos tempos de Aguiar de Carvalho e de Santana Lopes, dos objectivos grandiosos de um magnífico aeroporto, de um moderníssimo comboio TGV em monocarril a ligar Figueira a Fátima ou de um grandioso estádio para o europeu de futebol de 2004...” 
Confesso que foi o que agora senti com a apresentação do projecto para o reordenamento do areal urbano da Figueira da Foz e Buarcos, apresentado pelo arquitecto Ricardo Vieira de Melo, vencedor do concurso de ideias para esta zona de praia, lançado pela autarquia em 2011, nas palavras do presidente João Ataíde, “um ponto de partida para a municipalização desta zona tutelada por várias entidades.” 
Quem é velho, e consegue manter a memória, sabe que isto não passa de conversa da treta, que, aliás, já vem de muito longe.

A talhe de foice, recordo uma célebre reunião de 18 de Junho de 1981 realizada no auditório do Museu Municipal, por iniciativa do executivo camarário de então, para debater o "Projecto da marginal oceânica".
Recordo que a noite estava bastante quente. Dentro das sala abafava-se. Mesmo assim, e a constatar o interesse que para os figueirenses sempre teve a urbanização daquele imenso areal (o areal tornou-se naquele monstro após a construção dos molhes que fixaram a barra), estiveram presentes mais de cem pessoas.
O Presidente da Câmara abriu a sessão. Depois de apresentar a mesa que ia dirigir os trabalhos (além dele, era formada pelo engº Muñoz de Oliveira, Director-Geral dos portos; eng. Nelson Gomes e arquitectos Alberto Pessoa e Mário Pereira da Silva), proferiu algumas palavras  introdutórias breves ao assunto que se ia debater.
O eng. Muñoz de Oliveira usou a seguir da palavra para fazer um resenha sobre a alteração das correntes marítimas na costa portuguesa e as respectivas transformações que daí advieram.
Os arquitectos Alberto Pessoa e Mário Pereira da Silva forneceram algumas informações sobre o projecto popularmente conhecido como de urbanização do areal da praia.
De forma sucinta recordo e realço os seguintes pontos.
Dos (então existentes) 680 metros do areal da praia, só poderiam ser aproveitados para este projecto 350; não se encontrava prevista a construção de nenhuma avenida no areal da praia, por não se verificarem condições de segurança para a sua protecção posterior à fúria do oceano. A única via a instalar no local ligaria a Ponte do Galante ao Forte de Santa Catarina, ficando paralela à Avenida 25 de Abril; no local seriam erguidas algumas construções: parque infantil, campos de jogos, zona comercial, piscinas, coreto, etc.. Ali, ficaria também instalado o Pavilhão de Congressos. Ainda segundo o que foi sublinhado na altura, o acesso  de peões a esta nova área urbanizada far-se-ia através de túneis subterrâneos, que seriam implantados na marginal.
A terminar, o dr. Joaquim de Sousa, presidente da Câmara na altura, referiu que este projecto poderia sofrer algumas alterações de pormenor.
Na ocasião foi dito pelo dr. Joaquim de Sousa que esta obra iria ser construída a longo do prazo.

Percebem agora o "Blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá... ou um caso clínico?.."
No fundo, na Figueira nada de novo acontece... 
A história, simplesmente, repete-se... 

quinta-feira, 8 de abril de 2021

As contas da passagem de Santana Lopes pela Figueira

Porque em política o rigor é essencial, vamos lá, via blog QUINTOPODER, recordar a história por quem a viveu. "Mais vale tarde que nunca".


quarta-feira, julho 14, 2004

"...para avivar a memória dos mais esquecidos , será oportuno lembrar quais foram as dívidas deixadas pela sua gestão autárquica na Figueira da Foz.

Os valores indicados são em Milhões de contos.

No final de 1997, quando Santana Lopes iniciou o seu mandato , o passivo do Município da Figueira da Foz era o seguinte:

Passivo a médio-longo prazo ( empréstimos de Bancos ). 1, 02 M contos
Passivo a curto prazo ( dívidas a fornecedores) ..... 0, 71 M contos
Total ............................................. .. 1, 73 M contos

Quando do discurso de auto elogio à sua obra , feito na tomada de posse do elenco camarário que lhe sucedeu , Santana Lopes afirmou que o passivo deixado no final do seu mandato era 52 % superior ao que havia encontrado , no final de 1997.

Se isto fosse verdade , bem feitas as contas , o passivo total do Município da Figueira da Foz , no final de 2001 , seria de aproximadamente 2,62 M contos .

Só que era falso.

Fechada a contabilidade em 31 de Dezembro de 2001 , por instruções do executivo camarário cessante , os valores acolhidos para as contas de 2001 , encontrados pelo novo executivo que tomou posse a 7 de Janeiro de 2002, foram:

Passivo a médio-longo prazo ( empréstimos de Bancos ). 1, 85 M contos
Passivo a curto prazo ( dívidas a fornecedores) ...... 1, 43 M contos
Total ................................................ 3, 28 M contos

Se isto fosse verdade , o passivo do Município da Figueira da Foz no final do mandato de Santana Lopes seria quase o dobro do passivo no início do seu mandato .

Só que era mais uma vez falso .

Nas primeiras 2 –3 semanas de Janeiro de 2002 , começaram a chegar à Contabilidade resmas e resmas de facturas relativas a 2001 , de fornecedores e de empreiteiros , retidas sabe-se lá por quem , em gavetas ou em pilhas sobre secretárias .
Muitas delas como consequência de ter havido suspensão de autos de medição de obras empreitadas em curso , nos meses de Setembro a Dezembro de 2001 .
O total deste passivo ascendia a mais 1,46 M contos.

O apuramento final do real passivo do Município da Figueira da Foz conduziu portanto a :

Passivo total contabilizado no final de 2001 .....3, 28 M contos
Passivo total escondido no final de 2001 .........1, 46 M contos
Total ............................................4, 74 M contos

Ou seja: quase o triplo do passivo encontrado por Santana Lopes no início do seu mandato.

Para tapar este buraco, a Câmara Municipal da Figueira da Foz teve de contratar, em 2002 , logo no início do mandato do novo elenco camarário, um conjunto de empréstimos no total de 4 milhões de contos .
Assim se evitaram graves rupturas de tesouraria que estiveram para acontecer por 2 ou 3 vezes durante os primeiros 5 meses de 2002.
As quais , a terem acontecido, teriam tido graves efeitos.
Entre estes, atrasos no pagamento de vencimentos ao pessoal da Câmara Municipal."

domingo, fevereiro 13, 2005

"Já o referi em anterior post aqui publicado.
É muito divertido dar uma leitura em diagonal ao livro de Santana Lopes intitulado “ Figueira - A minha história”.
Lê-se com um permanente sorriso nos lábios. Aqui e além apetece mesmo soltar uma sadia gargalhada. Para quem ainda ande desprevenido, aprende-se muito sobre o carácter e o perfil psicológico do seu autor .
Assim, por exemplo, na página 12 do seu Preâmbulo, pode ler-se esta coisa espantosa:

Em Janeiro de 1998 encontrei um passivo de 3300 mil contos e, em 2001, deixei um valor de 2600 contos (...) “

É falso!. É totalmente falso !!!
No final de 1997, o passivo do Município da Figueira da Foz era de 1730 mil contos ( incluindo dívidas à banca e dívidas a fornecedores) , e não de 3300 mil contos .
No fim de 2001, quando Santana Lopes deixou a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o passivo total ( dívidas à banca mais dívidas a fornecedores), era de 4740 mil contos e não 2660 mil contos. E muito menos 2660 contos, como o livro refere...mas enfim tomo-o por gralha...

Ou seja, quando terminou o mandato de Santana Lopes, o passivo do Município da Figueira da Foz era 2,7 vezes superior ao passivo que encontrou no princípio de 1998 .
Foi por isso que, logo nos primeiros 3 meses de 2002 , a Câmara Municipal da Figueira da Foz teve de , rapidamente, ir à banca buscar 4 milhões de contos para acudir a prementes necessidades de tesouraria.
Sei bem do que falo...

É por estas e por outras que , depois de saber o que sei, nunca compraria um carro em 2ª mão a Santana Lopes. Tal como acontece com a grande maioria dos portugueses, a julgar pelos resultados de um inquérito de opinião ontem publicado pelo EXPRESSO.
Apenas 19% dos entrevistados se mostravam dispostos a confiar em Santana Lopes para lhe comprar um carro em 2ª mão .
Sintomático, não ?...."

terça-feira, abril 15, 2008

O MONSTRO E A PESADA HERANÇA...
PARA VER MELHOR, CLICAR NA IMAGEM

"Ontem, na reunião da Câmara Municipal da Figueira da Foz, foi tempo de aprovar, com os votos do PSD, as contas do exercício de 2007. Delas apenas sei, por enquanto, e através da imprensa regional, que a dívida total da Câmara Municipal, no fim do ano ( e ainda sem a consolidação das contas com as empresas municipais...) ascendia a 67,5 milhões de euros (Nota 1) .
A propósito de declarações do Vereador José Elíseo, hoje divulgadas no diário As Beiras, sobre a quem cabem as responsabilidades do elevadíssimo nível da dívida, acho oportuno apresentar o diagrama acima, mostrando a evolução da dívida total desde 1995.
À escala municipal, estamos em presença de um “monstro”, de que uma vez falou Cavaco Silva, referindo-se às contas do Estado português.
Quanto aos seus fautores, o seu a seu dono, convirá distinguir. A ascensão verificada entre 1995 e 2000, do nível dos 8 a 10 milhões de euros, até ao patamar dos 37 a 39 milhões de euros, é obra do saudoso mandato do não menos inesquecível Santana Lopes, a quem foi feito um grandioso preito de homenagem, dando o seu nome ao Centro de Artes e Espectáculos. Já o posterior empurrão da dívida do nível 37 a 39 milhões de euros, para o nível actual de 67,5 milhões de euros, ele foi dado alegremente no decorrer dos dois mandatos do actual Presidente da Câmara.
Por fim, caberá recordar que os anos de 1995 a 1997, foram os últimos do consulado de Aguiar de Carvalho.
Sublinho uma vez mais que o seu deve ser dado a seu dono...

(Nota 1) – Na Câmara de Coimbra, municipio com cerca do dobro da população da Figueira da Foz, a dívida total no final de 2007, atingiu 65 milhões de euros. É só para fazer uma comparação...
(Clicar na imagem, para a ampliar)"

sábado, 10 de junho de 2006

Pela Assembleia de Freguesia de S. Pedro

Ontem, pelas 21 horas e 30 minutos, realizou-se uma Sessão Ordinária deste Organismo.
Dentro do espírito que norteou primordialmente a criação deste blogue – prestar gratuitamente um serviço público à Freguesia de S. Pedro – aqui ficam algumas informações breves.
Pretendemos, somente, que todos os cova-galeneses interessados na sua leitura, incluindo os da diáspora, tenham informação, fácil e acessível, sobre o que se passa numa Terra que é de todos nós – simples e banais mortais.
Este é um espaço da exclusiva responsabilidade de António Agostinho e Pedro Cruz.
Como qualquer meio de comunicação social, tem espaço para a informação e espaço para a opinião.
Democracia é isto mesmo: o direito à informação e à opinião.
Naturalmente, responsável, livre e democrática.
Quem não consegue, 32 depois do 25 de Abril de 1974, distinguir e conviver com normalidade com um facto tão simples e linear como este?
“Se tudo é um todo/É o todo que importa/Não ponhas de lado/Aquilo que falta” – acabei de citar os Xutos e Pontapés, no tema “Pequeno Pormenor”.
Vamos ao que importa, as notícias da nossa Freguesia.

Mercado
Os trabalhos de construção da 2ª. Fase, encontram-se em fase de finalização.
A inauguração deverá ocorrer nos finais de Junho/primeiros dias de Julho, de 2006.
O novo Mercado terá o seguinte horário de funcionamento:
De Terça-feira a Domingo – das 8 às 15 horas.
Encerra à Segunda-feira.
Das 7 às 8 horas, será o período normal que os vendedores têm ao seu dispôr para abastecerem de géneros e mercadorias os seus espaços comerciais.

Clube Mocidade Covense
Também em fase de finalização, encontram-se as obras que estão a decorrer há vários meses nesta Colectividade, como sabemos fortemente apoiadas pela Junta de Freguesia de S. Pedro.

Grupo Desportivo Cova Gala
Segundo informação prestada pelo Presidente da Freguesia de S. Pedro, “não está nada previsto, no que diz respeito a melhoramentos, pois a responsabilidade pela gestão das instalações do Clube cabe à sua Direcção”.
Porém, “dentro do possível, tanto a Junta como a Câmara, colaborarão com a Colectividade”.

Turismo
Abriu oficialmente no passado dia 1 de Junho a época balnear.
Estão abertos e a funcionar os 3 balneários existentes nas nossas praias – Cova, Hospital e Cabedelo.
A limpeza das praias está a ser feita e estão a ser beneficiados os equipamentos e os seus acessos. O atraso na limpeza da Praia do Cabedelo, ficou a dever-se ao facto das operações terem começado pelas Praias do sul.
Ainda no âmbito daquilo que se pode considerar como apoio às praias, de registar as obras de construção dos parques de estacionamento, entre a Rua Dr. Luís Santiago até ao Cabedelo.

Cultura
A Biblioteca de São Pedro recebeu vários livros, provenientes da Biblioteca Municipal, pertencentes à colecção que o escritor Luis Cajão doou à Figueira.

Voto de Pesar
Por proposta do Executivo, foi aprovado por unanimidade, um voto de pesar pelo falecimento da D. Bertina Machado, que num anterior mandato fez parte da Assembleia de Freguesia de S. Pedro.

Maternidade
Segundo a ARS de Coimbra, a Maternidade da Figueira é mesmo para fechar. Em resposta a uma carta da Assembleia de Freguesia de S. Pedro, onde foi comunicado o teor da Moção de repúdio pelo encerramento aprovada, por unanimidade, na reunião realizada em 28 de Abril passado, o que está em decreto-lei é para ser cumprido.
O Governo está intransigente e determinado.
A luta vai ter mesmo de continuar.

Nova Ponte dos Arcos
A obra foi consignada em 29 de Maio passado, como, aliás, demos conta oportunamente neste espaço informativo.
Neste momento, estão já a decorrer as obras da instalação do estaleiro, na zona da Morraceira.

Fundadores da nossa Terra homenageados
Por proposta do Executivo e da Comissão de Toponímia, a Assembleia de Freguesia de S. Pedro aprovou, por unanimidade, que o arruamento entre o Largo Engenheiro Manuel Alfredo Aguiar de Carvalho e a Rua Augusto Seco se passe a denominar Rua dos Pescadores.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

De Aguiar de Carvalho a João Ataíde, a volta que "o centro de gravidade" da Figueira levou!.. Para pior, claro...

"Durante os mandatos de Aguiar de Carvalho, foram projectadas novas avenidas que desviariam o trânsito exterior dirigido às praias e o fariam fluir sem perturbar o quotidiano dos figueirenses e do comércio do centro da cidade. 
A solução era óbvia e resultou facilmente. 
No entanto, na altura ninguém imaginou que um dia estas avenidas também serviriam de acesso a grandes superfícies comerciais. 
A ajudar o planeamento que estava para vir, ocorreram oportunos incêndios em terrenos do sopé da Serra, que mais tarde ou mais cedo viriam a servir de base para instalação das novas grandes superfícies. 
Hoje, as avenidas que originalmente serviam para desviar o trânsito exterior do centro da Figueira passaram a atrair os próprios Figueirenses, que efectuam ali as suas compras, vão ao cinema, vão comer, etc. 
Avenidas pensadas para um rápido fluir do trânsito passaram a ser equipadas de semáforos, de passadeiras e de variados obstáculos urbanos para a reduzir a velocidade, aproximando a velocidade média de circulação nestas artérias à velocidade de circulação na zona antiga da cidade. 
Nos dias que correm, a deslocação do centro de gravidade da cidade está consumada. Esqueçam o rio ou a praia, a Figueira deslocou-se para uma das suas periferias, atropelando corredores verdes, cursos água e zonas de cheia junto à serra. 
Isto é outra cidade meus caros, e não é bonita."
Novo centro de gravidade, uma crónica de Rui Curado da Silva, publicada no jornal AS BEIRAS.

sábado, 1 de maio de 2021

A degradação figueirense

Como se pode constatar pela postagem anterior, a degradação da Figueira é visível a olho nú. Aquilo que o Diário as Beiras e o Diário de Coimbra hoje publicam, fala por si, pelo que me eximo de tecer quaisquer comentários.

Contudo, a Figueira não foi sempre assim. Muito menos, teria que ser assim.
A evollução verificada no concelho no decorrer dos anos posteriores ao 25 de Abril de 1974, representou uma ruptura política com o que vinha do antes da implantação da democracia.
O que se fez e como se fez, com os condicionalismos existentes nos primeiros 18 anos de Poder Local Democrárico, foi notável. 
Não existiam práticas democráticas, nem estrutura organizacional. Vivíamos as dependências finaceiras da primeira Lei das Finanças Locais de 1979. Era o tempo - a herança do regime anterior existia e fazia-se sentir -  em que não havia planeamento nacional ou regional. 
Quanto aos recursos humanos existentes nas autarquias são fáceis de advinhar as carências.
Resumindo: quem acompanhou a responsabilidade do Poder Local nos primeiros anos da democracia, avalia positivamente o que então foi feito, perante um desafio tão grande.
Lembro o primeiro presidente eleito na Figueira - o Dr. José Manuel Leite
A seguir tivemos um Senhor que continua a andar por aí a fazer coisas em prol da Figueira. Estou a falar do Dr. Joaquim de Sousa.
Os figueirenses que viveram o momento, nunca poderão esquecer o brilho a dignidade e a dimensão nacional que tiveram em 1982 as Comemorações do Centenário da Elevação da Figueira da Foz a cidade.
Depois, como presidente de câmara, veio o Eng. Aguiar de Carvalho.
Continuou o trabalho. Enfrentou novos desafios e novos contextos. A cidade evoluiu.
Em 1997 algo mudou com a chegada do Dr. Santana Lopes.  
E como a partir daí a estória, por mais recente, é conhecida, para não estender muito este texto, fico por aqui quanto a presdentes de câmara que estiveram no poder na Figueira a seguir ao 25 de Abril.

A Figueira teve gente muito muito válida nos primeiros 20 anos de poder local democrático. E como as pessoas, pela positiva, ou pela negativa, têm sempre um papel decisivo nas políticas que podem fazer progredir, ou regredir, o País, as cidades e as Aldeias, recordo autarcas que estiveram na política figueirense entre 1977 e 1997 nos orgãos que compõem o edificio do poder local figueirense.
Entre outros recordo: 
EM LISTAS DO PARTIDO SOCIALISTA: Emanuel Vieira Alberto, Francisco Martins, Saraiva Santos, Armando Garrido de Carvalho, Mário Lima Viana, Abílio Bastos, José Amilcar Craveiro Paiva, Isaac Loureiro, Vitor Brás, Carlos Beja, Joaquim Jerónimo, Rui Carvalho, Herculano Rocha, Fernando Lopes Cardoso, João Pedrosa Russo, António Cândido Alves, Luís Melo Biscaia, Virgínia Pinto, Maria Teresa Coimbra, João Vilar, Vitor Jorge.
EM LISTAS DO PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA: João de Almeida, João Fernandes Bugalho, Abel Machado, Carlos Andrade Cação, Manuel Caetano, Joaquim Redondo, Joaqui Moreira dos Santos, Henrique Bairrão, Jorge Tenreiro, Galamba Marques, António Azenha Gomes, Duarte Silva, Paulo Pereira Coelho, José Augusto Bernardes, Lídio Lopes, Artur Ferreira Mendes
EM LISTAS DA FEPU/CDU: Rui Ferreira Alves, Mário António Figueiredo Neto, Alzira Fraga, António Manuel Viana Moço, Joaquim Cerqueira da Rocha, António Hernâni, Joaquim Carriço, António Costa Serrão, Rui Alves (filho), Joaquim Namorado, Nelson Fernandes, António Augusto Menano, Jorge Rigueira, Eduardo Coronel, Bento Pinto.
EM LISTAS DO CDS: Marta Carvalho, Carlos Eurico, José Pereira da Costa.


Sem querer ser saudosista e muito menos um falso modesto, até eu estive na política. Entre 1986 e 1989 fui autarca em S. Pedro, eleito numa lista formada por cidadãos independentes. 
Fiz parte do primeiro executivo. 
Vale o que vale, mas deveria servir para calar os que me têm atacado ao longo dos anos, em conversa de maledicência de bastidores, que dizem que o responsável do OUTRA MARGEM só critica. 
Critico sim senhor: mas com conhecimento de causa...

Os problemas da nossa cidade estão hoje menos identificados que os da política autárquica, o que revela bem o entendimento que se tem do exercício do poder local: os políticos são um peso para a cidade em vez de a servirem. 
As lutas internas no PSD e no PS, e a luta entre o PSD e o PSD, constituem um  problema que afecta o funcionamento da democracia, pois leva ao afastamento de muita gente que poderia ser válida.
Os problemas da cidade  e que afectam a vida dos residentes no concelho foram  relegados para segundo plano, obscurecidos pelas notícias sobre a luta partidária. Os jornais hoje publicados na Figueira são disso um testemunho que fala por si.
Esta situação não aproveita a ninguém que esteja na politica para servir e não servir-se.
A Figueira só pode ser gerida tendo em conta a contenção orçamental, a gestão e a qualificação dos recursos humanos e dos equipamentos. 
O PSD está esfrangalhado por lutas internas. Há muito que deveria ter arrumado a casa, limpando as ervas daninhas. O PS, só se interessa por manter o poder a todo o custo.
E no meio de tudo isto paira por aí um sebasteanismo serôdio, sem soluções e sem ideias, protagonizado por um personagem que, em tempos idos, já lá vão 24 anos, passou pela Figueira para conseguir alcandorar-se a outros poleiros....