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quinta-feira, 4 de maio de 2017

Guerra de Pintos. "Dossiê dos Baldios do Paião vai para o Ministério Público."

O presidente da assembleia geral dos baldios do Paião, Adelino Pinto, afirma na edição de hoje do jornal As Beiras que vai entregar o dossiê relativo à gestão da actual comissão directiva ao Ministério Público. 
“Vou enviar para o Ministério Público toda a documentação que reuni ao longo dos anos. Nessa altura, apresentarei a demissão”.
Em declarações ao mesmo jornal Adelino Pinto queixa-se de não ter conseguido obter os documentos que “desde há um ano e meio”  tem vindo a solicitar a Paulo Pinto, presidente da referida estrutura executiva.
 Por sua vez, Paulo Pinto acusa AdelinoPinto de não realizar assembleias. “Interrompeu a sessão de 11 de setembro de 2016, quando eu estava a apresentar as contas e o relatório. Na altura, disse que ia pedir a demissão e que ia entregar o processo ao Ministério Público”, declarou o presidente da comissão directiva. 
“Interrompi a sessão porque não aceitaram os cadernos eleitorais e sem os documentos solicitados não havia condições para dar-lhe continuidade”, disse  Adelino Pinto. 
“Pedi para marcar uma nova assembleia, mas respondeu, por carta, que só a marcava se a junta apresentasse determinados documentos. A junta não tem problemas em mostrar o que quer que seja, mas não aceitamos que o presidente da assembleia coloque condições: as assembleias têm de ser agendadas de acordo com a lei”, respondeu Paulo Pinto, que também é presidente da Junta do Paião.
Este assunto, há muito que é falado nos bastidores da política figueirense. Há cerca de um ano, o jornal As Beiras deu conta das desavenças entre os dois dirigentes. 
A comissão directiva foi criada na sequência de uma querela judicial que, durante 20 anos, opôs os compartes paionenses aos seus vizinhos do Alqueidão. 
Entretanto, o tribunal deu razão aos do Paião e nomeou a Junta do Paião como fiel depositário de cerca de 200 mil euros. 
Adelino Pinto, nas declarações que podem ser lidas na edição de hoje do jornal AS BEIRAS, lembra que “a direção geral das florestas não reconhece a actual comissão diretiva dos baldios”
Garantiu ainda que não vai marcar assembleias gerais “sem o suporte documental” da gestão “que foi solicitado no último ano e meio e que nunca foi fornecido”
Paulo Pinto, por seu lado, adiantou que ele próprio convocou os compartes para uma assembleia geral, para o dia 10 deste mês, amparando-se na lei.

Não sendo muito versado na matéria, lembro-me que houve uma guerra que durou 100 anos. 
Deve ter sido dose. 
Os soldados, muito possivelmente, acabaram por morrer todos de arteriosclerose.

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

O caso do Baldios do Paião: "impasse dura há cerca de duas décadas, impedindo que cerca de 300 mil euros sejam investidos pelos compartes"...

Guerra de Pintos: "Dossiê dos Baldios do Paião vai para o Ministério Público" é uma publicação de 4 de Maio de 2017, que ajuda a contextualizar a situação.

Na edição de hoje do Diário as Beiras, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, avança que vai exigir ao Governo a resolução do impasse, com cerca de duas décadas, que se verifica nos baldios da freguesia do Paião. 

“Vamos exigir a clarificação e a regularização da situação, porque os baldios estão no território do município. A lei prevê que os órgãos autárquicos zelem sobre o que se passa [nos seus territórios]. Espero que não seja necessário, mas não pode continuar assim”, sustenta Santana Lopes em declarações ao mesmo jornal.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Cravo vermelho ao peito...

Paulo Pinto, presidente da Comissão Diretiva dos Baldios do Paião investiu 80 mil euros numa aplicação financeira de uma das seguradoras de que é mediador, como o Diário As Beiras adiantou no início deste ano.
Entretanto, o assunto retomou actualidade na sequência das declarações do presidente da mesa da assembleia daquele coletivo, Adelino Pinto, ter avançado a este jornal que vai enviar para o Ministério Público a documentação que reuniu sobre a actual gestão (ver aqui).
Fonte ligada ao dossiê adiantou, entretanto, que Adelino Pinto vai ser ouvido, esta semana, na qualidade de testemunha, pelo Ministério Público, na sequência de uma denúncia anónima, no âmbito da gestão de Paulo Pinto.
Por sua vez, o PSD pediu esclarecimentos sobre as aplicações financeiras e a gestão da comissão diretiva à Junta do Paião (também presidida por Paulo Pinto), fiel depositário dos 217 mil euros dos baldios daquela freguesia que o tribunal lhe confiou, na Assembleia de Freguesia do Paião.
“Enquanto mediador, não ganhei nada com a aplicação financeira e em nada contribuiu para atingir os objectivos da [minha] agência. Aliás, tenho uma declaração da seguradora que prova que a minha mediadora não obteve quaisquer benefícios”, garantiu Paulo Pinto ao Diário As Beiras.
Para Paulo Pinto, porém, tudo não passa de uma questão política e de luta pelo poder. O duplo presidente acrescentou que “aquilo que [Adelino Pinto e o PSD] pretendem é atingir o presidente da Junta do Paião, e não o presidente da comissão diretiva, e tomar o poder dos baldios”.

VIA AS BEIRAS.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

“24 de agosto, dia de arejar os aventais”

Antecipadamente anunciado com pompa e circunstância, como acontece todos os anos neste 24 de agosto, hoje, portanto, é dia de prestar mais uma homenagem ao Patriarca da Liberdade, Manuel Fernandes Thomaz, que liderou a Revolução Liberal a partir do Porto, a 24 de agosto de 1820. 
As cerimónias, em 2017, contam com a presença do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, António Silva Henriques Gaspar, entre outras entidades oficiais e particulares. 
Como tem sido hábito, a Associação 24 de Agosto, organização civil, que representa as secretas lojas maçónicas locais (Fernandes Tomás e a loja feminina Claridade), em parceria com a edilidade, são as entidades organizadoras das referidas comemorações. 

Numa democracia, não se entende a necessidade de existirem organizações secretas, compostas por elementos afectos, transversalmente, às diversas instituições públicas e privadas. Existem elementos da política, dos partidos, dos poderes judiciais, do poder económico e empresarial, entre outros…
Putativamente, até os cangalheiros, gatos e os periquitos devem estar representados (porque estes também são dignos de defenderem os seus interesses).
  
Ao longo dos anos, muitos escândalos rebentaram ligados a estas organizações, de gente livre e de bons costumes, como soe dizer-se na linguagem maçónica. Os casos abanam as confrarias, mercearias, regulares, irregulares, mas cair não caiem, aguentam-se nos pilares, ou nas colunas dos templos, como eles dizem. 
Os interesses instalados, são muito sólidos e resistentes. Existem muitas coisas, demasiado importantes, que são decididas à luz da vela, sob chão axadrezado, que os profanos (os Zézitos do Povinho), segundo os iluminados, não conseguem ver o alcance da coisa. 
Nestes espaços, são escolhidos candidatos a deputados, Presidentes de Câmara, vereadores, dirigentes da administração pública afectos aos partidos de poder (PS, PSD, CDS) e são escolhidos elementos em lugar chave da sociedade dita civil, numa lógica de nacional porreirismo fraterno, onde se trocam favores e a meritocracia é engavetada. 
Isto, contraria a bondade dos objectivos desta organização secular e as boas práticas. 
Ainda assim, existem bons exemplos, como é o caso do homenageado - Fernandes Tomás, que morreu na penúria, para honrar os altos valores da Liberdade, Igualdade e Fraternidade
Mas, o que abunda são os beatos, que batem com a mão no peito nas missas...
É caso para dizer: bem prega Frei Tomás, olha para o que ele diz e não para o que faz.

Hoje, rapazes e raparigas, homens e mulheres, figueirenses, migrantes e visitantes, vão arejar os dourados aventais na praça nova, em representação das retrosarias, mercearias e outras lojas que tais, num autêntico desfile de feira de vaidades. Perfilam-se junto à estátua do Patriarca da Liberdade, onde jaz Fernandes Tomás, e este, volta e meia, deve dar pulos dentro do féretro, ao ver a baixa qualidade dos homens que representam o Grémio local, que já não é a mesma dos de antanho. 
Alguns preferem ficar meio escondidos nas sombras das árvores, e ainda outros, não colocam lá os pezinhos com receio de serem reconhecidos como merceeiros.

Quem vai ser o orador da Associação 24 de Agosto  este ano? 
O ano passado, saiu na praça, como palestrante oficial o social-democrata Teo Cavaco, deputado municipal e, habitualmente líder do grupo parlamentar em exercíco na bancada do PSD, em substituição de Pereira da Costa, o líder "oficial", dados os seus constantes atrasos na chegada às sessões, a par de algumas ausências. Será que este ano, vamos ter o líder da bancada parlamentar da AM do PS, o ilustríssimo Nuno Melo Biscaia? 
Até podia ser, mas falta-lhe talento e a coragem do pai. O Zé Fernando, o Nuno Cid, e o Luís Ribeiro dão muito nas vistas. O Portugal está sempre ausente. O Presidente é independente e já fala na qualidade de edil. O Paz está chateado. O Alves está reformado. O Adelino do Paião está sempre ocupado com o Presidente dos baldios, e todos os dias morre gente. O Monteiro anda sempre no intervalo dos pingos da chuva. 
Então, quem será? Como estamos em ano de eleições, o mais certo, é aparecer um ilustre desconhecido, aparentemente apartidário. 

Não parece que seja assim.  
Contudo, por vezes acontecem surpresas...
Querem ver, que ainda vai sair o noviço Miguel da Ferreira, funcionário da UGT, e sexto na lista do PS à Câmara? 
Tudo é possível... 
Aliás nesta terra de liberdade e fantasia, já pouco nos pode surpreender. 
É a teatralidade do bem. E ficam tão bem de avental. 
É favor arejar os aventais. E, o resto, também, nomeadamente a politica local, bafienta e bolorenta. 
Não é preciso mudar já, mas não percam tempo, porque o compromisso é ficar tudo na mesma. 
Os profanos figueirenses, não sabem mesmo nada de mercearia, nem de retrosaria. 

Notas de rodapé:  
1. Este, como pode comprovar quem leu, é mais um grande trabalho da ANC-Caralhete News, que exigiu a consulta exaustiva da melhor bibliografia sobre a matéria "A Maçonaria em Portugal",  A.H. de Oliveira Marques; "Segredos da Maçonaria Portuguesa", António José Vilela; "O Fim dos Segredos", Catarina Guerreiro.
2. As "laranjas" e as "rosas", são da mesma mercearia ou loja - Primorosa, passe a publicidade. 
3. "24 de Agosto", é uma crónica de José Fernando Correia, economista, hoje publicada no jornal AS BEIRAS. Dada a acuidade e actualidade da matéria, aconselha-se a sua leitura. Passo a citar:
"A Figueira da Foz evocará hoje, uma vez mais, a revolução de 1820 e a memória de um dos seus mais notáveis filhos: Manuel Fernandes Tomás (MFT). Este ano, a efeméride contará com a presença da 4ª figura do Estado, o Presidente do STJ. Esta homenagem de 24/8 foi passando a integrar o património cívico da Figueira da Foz, mesmo se, sobre ela, recaem, de quando em vez, certas críticas que enfatizam a sua natureza meramente litúrgica, bem como a orientação para uma minoria interessada.  Essas críticas merecem certo acolhimento e exigem uma reflexão sobre os meios para expandir o conhecimento e o interesse sobre o legado de MFT nas suas múltiplas dimensões. Deixo duas linhas orientadoras que podem conferir uma dimensão outra à dedicação dos figueirenses à vida e à obra de MFT, à importância das ideias liberais no primeiro quartel do século XIX bem como à respetiva atualidade. A primeira delas, já aflorada, respeita à colocação da cidade no mapa das comemorações, em 2020, do bicentenário da revolução. Converter a Figueira da Foz na “capital” dessa celebração será aspiração nefelibata. O Porto é o candidato natural a esse título. Mas ter aqui, nesse ano, um ou dois eventos de alcance nacional, é ambição razoável para a qual importaria começar a desenvolver esforços. A segunda linha respeita à importância que teria, sobretudo para os mais novos, a possibilidade de transformar MFT no patrono de um estabelecimento de ensino do concelho. O Centro Escolar de S. Julião /Tavarede é a escolha óbvia."

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Ambientalistas estejam tranquilos: Figueira, ainda vai ser uma cidade verde!

Via Diário as Beiras

«Reflorestação no Paião
Miguel Pereira adiantou, numa reunião de câmara, que a reflorestação dos baldios do Paião ficará concluída até ao fim do mês, com cerca de uma dúzia de hectares de pinheiros e outras árvores autóctones. Por outro lado, revelou ainda, a primeira fase do investimento na reflorestação de áreas ardidas e gestão florestal a cargo do município “já foi realizada”.
O plano de ação contou com a colaboração da Misericórdia de Lisboa, que
comparticipou na aquisição de uma máquina. E está em curso uma campanha de sensibilização ambiental nas escolas. “Não basta reflorestar, temos de reflorestar com qualidade”, defendeu o autarca.
Plantação de centenas de árvores
Por sua vez, o presidente da câmara, Carlos Monteiro, na reunião de câmara,
anunciou a plantação de várias centenas de árvores na avenida Amália Rodrigues, parque das Gaivotas, parque aventura, parque de campismo, jardins do Centro de Artes e Espetáculos e em diversas ruas da cidade, para substituição de árvores doentes. Por outro lado, ressalvou que a autarquia investe 25 mil euros por ano tratamento de palmeiras atacadas pelo escaravelho.»

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Uns, pensam que mandam no Mundo. Outros, pensam que são o Mundo...

"Do Paião a Barroso", uma crónica de Rui Curado da Silva.

"Das cúpulas da Europa às juntas de freguesia, o interesse público deve ser salvaguardado inequivocamente pelo poder executivo.

O combate pela transparência na política deve ser realizado em todas as frentes. De pouco serve criticar a Europa ou o poder de Lisboa, quando na nossa freguesia não há transparência na execução de políticas locais. Os acontecimentos da passada semana ilustram na perfeição o trabalho que há a fazer em múltiplas frentes pela transparência na política.

A ida de Durão Barroso para a Goldman Sachs, uma empresa financeira que contribuiu ativamente para arruinar países, empresas e pessoas da EU, durante o seu mandato na Comissão, é absolutamente escandalosa. Quem governou a Comissão Europeia?

Foi Durão Barroso ou foi a Goldman Sachs? Aquando da intervenção na Grécia, os representantes da Comissão Europeia na Troika estavam a trabalhar para o bem da UE e da Grécia ou estavam a trabalhar para a Goldman Sachs, a mesma empresa que ajudou a maquilhar as contas dos governos do PASOK e da direita grega?

Saltando para o nosso nível das freguesias, li e reli as declarações do executivo da Junta do Paião e sinceramente não fiquei nada convencido que a transparência tivesse sido uma prioridade das transferências realizadas com os dinheiros dos baldios. Quanto à bondade das operações, ela só poderá ser esclarecida depois de uma auditoria muito rigorosa."