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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A ganância ainda vai acabar por dar cabo disto tudo!.. (II)

Fica, sacado daqui,  um extracto da informação do Engº Costa Redondo, Chefe do Serviços Técnicos da Câmara Municipal ao Plano Regulador do Plano de Urbanização da Cidade, escrito em Fevereiro de 1962, a que se refere o eng. Daniel  Santos na sua crónica de hoje do jornal AS BEIRAS:
“Por virtude das obras do porto“…”crescerá a praia de tal modo que venhamos a ter, até ao mar, um areal imenso, desértico, incómodo e impróprio para veraneio, perdendo deste modo a Figueira da Foz o seu principal motivo de atracção?”.
Diz ainda o Engº Redondo: "O certo é que, se for fixada uma largura ideal, está ao alcance da técnica, a verificar-se a previsão mais pessimista do depósito maciço de areias, manter aquela largura, ou por periódicas dragagens ou por conveniente transporte mecânico das areias para sul do molhe sul, POR BOMBAGEM."
Entretanto, já passaram 52 anos e 
Isso, é que é o importante...
Que interessa a barra com condições de segurança para os pequenos barcos dos pescadores!.. 
Que interessa a praia da Figueira - o seu principal motivo de atracção?”!.. 
Que interessa a erosão a sul!..
E tudo  isto aconteceu, não porque não se soubesse que ia acontecer, mas porque foi essa a vontade de quem manda...
As pessoas não contam...
O que é realmente importante são os números... 
Os records... 
Enfim, o sucesso dos gestores de Aveiro que tomaram conta do porto da Figueira..

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A ganância ainda vai acabar por dar cabo disto tudo!..

foto António Agostinho
Sacado do facebook do eng. Daniel Santos, este extracto da informação do Engº Costa Redondo, Chefe do Serviços Técnicos da Câmara Municipal ao Plano Regulador do Plano de Urbanização da Cidade, escrito em Fevereiro de 1962:
“Por virtude das obras do porto“…”crescerá a praia de tal modo que venhamos a ter, até ao mar, um areal imenso, desértico, incómodo e impróprio para veraneio, perdendo deste modo a Figueira da Foz o seu principal motivo de atracção?”.
Diz ainda o Engº Redondo: "O certo é que, se for fixada uma largura ideal, está ao alcance da técnica, a verificar-se a previsão mais pessimista do depósito maciço de areias, manter aquela largura, ou por periódicas dragagens ou por conveniente transporte mecânico das areias para sul do molhe sul, POR BOMBAGEM."
Isso, é que é o importante...
Que interessa a barra com condições de segurança para os pequenos barcos dos pescadores!.. Que interessa a praia da Figueira - o seu principal motivo de atracção?”!.. Que interessa a erosão a sul!..
E tudo  isto aconteceu, não porque não se soubesse que ia acontecer, mas porque foi essa a vontade de quem manda...
As pessoas não contam...
O que é realmente importante são os números... Os records... Enfim, o sucesso dos gestores de Aveiro que tomaram conta do porto da Figueira..

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

"O CORREDOR VERDE E A ESTRUTURA VIÁRIA"

Um texto do eng. Daniel Santos. Via Na ponta da língua. 

"O reconhecimento da estrutura ecológica urbana constitui uma informação relevante para a correta ocupação do solo. 
Se hoje é perceptível pela maioria dos cidadãos que se encontram mais informados sobre as razões da necessidade da sua preservação com vista à implementação sustentável da estrutura edificada, tal nem sempre aconteceu.
De facto, principalmente desde o século XIX, a estrutura ecológica da cidade da Figueira foi sendo sistematicamente atacada pela ocupação selvagem do território.
Recorde-se a construção da estação do caminho de ferro que obrigou a canalizar o troço final da ribeira de Tavarede ou a construção do quarteirão da rua da Praia da Fonte que impediu a continuidade da vala das Abadias, igualmente emanilhada até à foz do Mondego. A vala de Buarcos, os rios de Cima e de Baixo em Buarcos, são outros exemplos.
Que estas “soluções” tenham sido implementadas em época de pouco conhecimento das consequências futuras é coisa que talvez se possa compreender.
O facto é que, ainda no final dos anos sessenta e início dos anos setenta, com o espírito visionário dos engºs Coelho Jordão e Costa Redondo (Chefe dos Serviços Técnicos), a que se juntou a assessoria do arqº Alberto Pessoa, impediram-se outros erros.
Recorde-se que, nessa época foi sistematicamente contrariada a construção da moradia que se encontra no topo norte das Abadias (hoje com aspecto de total abandono) que as facilidades que se seguiram acabaram por permitir.
Aliás acompanhadas da aprovação dos edifícios em altura que ali se encontram e cujas caves quase não podem ser utilizadas, por se tratar de território de leito de cheia da vala das abadias.
Ou seja, o verdadeiro “corredor verde” está bloqueado a norte e a sul, sendo o Parque de Campismo e o terreno do Horto apenas e tão só um território sobrante que apenas “compensa” a violação daquela estrutura ecológica. A vala das Abadias não vem dali.
Imaginar que é possível restabelecer aquele corredor verde das abadias é pura estultícia.
Acresce que a Avenida Manuel Gaspar de Lemos faz hoje parte da rede viária estruturante, trazendo e levando o tráfego viário para o interior urbanizado, através das vias que ladeiam o jardim municipal.
Ou seja, na zona do jardim, as funções viárias estão em claro conflito: ao mesmo tempo que ali se encontra a fronteira da “cidade velha” com o “bairro novo”, são simultaneamente estruturantes, distribuidoras e de fruição. Seria interessante descobrir uma solução que as separe e torne claras.
Na sessão de apresentação ouvi uma proposta (a que parece ninguém ter dado atenção) que valeria a pena reflectir. Seria a de levar o tráfego que entra pelo lado dos Correios e Tribunal por detrás das casas das Pestanas, dirigindo-o para a Avenida Gaspar de Lemos, reduzindo o nó de conflito que não se resolve nem com rotunda nem com a solução proposta.
- A solução agora proposta levou em conta a envolvente, considerando que, quando se estuda uma parte da cidade se deve utilizar o conceito “do geral para o particular”, que o meu professor de planeamento urbanístico não se cansava de sublinhar?
- Terão sido realizadas contagens de tráfego em época estival, quando o fluxo é mais intenso? O simples facto de a solução proposta ter mudado tão rapidamente (com rotunda, sem rotunda) indicia que tal não aconteceu.
- A construção do coreto é prioritária ou serve apenas para cumprir uma promessa eleitoral com dez anos, apelo de saudosistas que ainda não perceberam que tudo muda na vida?
Não, com esta proposta, o “corredor verde” não vai acontecer. Nem ali, nem sequer na estrutura ecológica da Várzea, cuja margem poente já foi conquistada pelas chamadas “grandes superfícies”."

quarta-feira, 10 de junho de 2015

A ganância ainda vai acabar por dar cabo disto tudo!.. (III)

Em tempo.
Os "alertas do engenheiro Redondo, em 1962, a propósito do projecto dos molhes", a que se refere o eng. Daniel Santos, na sua crónica de hoje no jornal AS BEIRAS, podem ser recordados clicando aqui.

sábado, 1 de maio de 2021

A degradação figueirense

Como se pode constatar pela postagem anterior, a degradação da Figueira é visível a olho nú. Aquilo que o Diário as Beiras e o Diário de Coimbra hoje publicam, fala por si, pelo que me eximo de tecer quaisquer comentários.

Contudo, a Figueira não foi sempre assim. Muito menos, teria que ser assim.
A evollução verificada no concelho no decorrer dos anos posteriores ao 25 de Abril de 1974, representou uma ruptura política com o que vinha do antes da implantação da democracia.
O que se fez e como se fez, com os condicionalismos existentes nos primeiros 18 anos de Poder Local Democrárico, foi notável. 
Não existiam práticas democráticas, nem estrutura organizacional. Vivíamos as dependências finaceiras da primeira Lei das Finanças Locais de 1979. Era o tempo - a herança do regime anterior existia e fazia-se sentir -  em que não havia planeamento nacional ou regional. 
Quanto aos recursos humanos existentes nas autarquias são fáceis de advinhar as carências.
Resumindo: quem acompanhou a responsabilidade do Poder Local nos primeiros anos da democracia, avalia positivamente o que então foi feito, perante um desafio tão grande.
Lembro o primeiro presidente eleito na Figueira - o Dr. José Manuel Leite
A seguir tivemos um Senhor que continua a andar por aí a fazer coisas em prol da Figueira. Estou a falar do Dr. Joaquim de Sousa.
Os figueirenses que viveram o momento, nunca poderão esquecer o brilho a dignidade e a dimensão nacional que tiveram em 1982 as Comemorações do Centenário da Elevação da Figueira da Foz a cidade.
Depois, como presidente de câmara, veio o Eng. Aguiar de Carvalho.
Continuou o trabalho. Enfrentou novos desafios e novos contextos. A cidade evoluiu.
Em 1997 algo mudou com a chegada do Dr. Santana Lopes.  
E como a partir daí a estória, por mais recente, é conhecida, para não estender muito este texto, fico por aqui quanto a presdentes de câmara que estiveram no poder na Figueira a seguir ao 25 de Abril.

A Figueira teve gente muito muito válida nos primeiros 20 anos de poder local democrático. E como as pessoas, pela positiva, ou pela negativa, têm sempre um papel decisivo nas políticas que podem fazer progredir, ou regredir, o País, as cidades e as Aldeias, recordo autarcas que estiveram na política figueirense entre 1977 e 1997 nos orgãos que compõem o edificio do poder local figueirense.
Entre outros recordo: 
EM LISTAS DO PARTIDO SOCIALISTA: Emanuel Vieira Alberto, Francisco Martins, Saraiva Santos, Armando Garrido de Carvalho, Mário Lima Viana, Abílio Bastos, José Amilcar Craveiro Paiva, Isaac Loureiro, Vitor Brás, Carlos Beja, Joaquim Jerónimo, Rui Carvalho, Herculano Rocha, Fernando Lopes Cardoso, João Pedrosa Russo, António Cândido Alves, Luís Melo Biscaia, Virgínia Pinto, Maria Teresa Coimbra, João Vilar, Vitor Jorge.
EM LISTAS DO PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA: João de Almeida, João Fernandes Bugalho, Abel Machado, Carlos Andrade Cação, Manuel Caetano, Joaquim Redondo, Joaqui Moreira dos Santos, Henrique Bairrão, Jorge Tenreiro, Galamba Marques, António Azenha Gomes, Duarte Silva, Paulo Pereira Coelho, José Augusto Bernardes, Lídio Lopes, Artur Ferreira Mendes
EM LISTAS DA FEPU/CDU: Rui Ferreira Alves, Mário António Figueiredo Neto, Alzira Fraga, António Manuel Viana Moço, Joaquim Cerqueira da Rocha, António Hernâni, Joaquim Carriço, António Costa Serrão, Rui Alves (filho), Joaquim Namorado, Nelson Fernandes, António Augusto Menano, Jorge Rigueira, Eduardo Coronel, Bento Pinto.
EM LISTAS DO CDS: Marta Carvalho, Carlos Eurico, José Pereira da Costa.


Sem querer ser saudosista e muito menos um falso modesto, até eu estive na política. Entre 1986 e 1989 fui autarca em S. Pedro, eleito numa lista formada por cidadãos independentes. 
Fiz parte do primeiro executivo. 
Vale o que vale, mas deveria servir para calar os que me têm atacado ao longo dos anos, em conversa de maledicência de bastidores, que dizem que o responsável do OUTRA MARGEM só critica. 
Critico sim senhor: mas com conhecimento de causa...

Os problemas da nossa cidade estão hoje menos identificados que os da política autárquica, o que revela bem o entendimento que se tem do exercício do poder local: os políticos são um peso para a cidade em vez de a servirem. 
As lutas internas no PSD e no PS, e a luta entre o PSD e o PSD, constituem um  problema que afecta o funcionamento da democracia, pois leva ao afastamento de muita gente que poderia ser válida.
Os problemas da cidade  e que afectam a vida dos residentes no concelho foram  relegados para segundo plano, obscurecidos pelas notícias sobre a luta partidária. Os jornais hoje publicados na Figueira são disso um testemunho que fala por si.
Esta situação não aproveita a ninguém que esteja na politica para servir e não servir-se.
A Figueira só pode ser gerida tendo em conta a contenção orçamental, a gestão e a qualificação dos recursos humanos e dos equipamentos. 
O PSD está esfrangalhado por lutas internas. Há muito que deveria ter arrumado a casa, limpando as ervas daninhas. O PS, só se interessa por manter o poder a todo o custo.
E no meio de tudo isto paira por aí um sebasteanismo serôdio, sem soluções e sem ideias, protagonizado por um personagem que, em tempos idos, já lá vão 24 anos, passou pela Figueira para conseguir alcandorar-se a outros poleiros....