Os insondáveis mistérios da vida das prés campanhas políticas figueirenses, recordaram-me que, num lugar do mapa português, em Seiça, "a tradição repete-se todos os anos nos dias 14, 15 de Agosto. Muito procurada por pessoas das localidades vizinhas, nesta feira ainda se pode encontrar a lembrança de outros tempos. Momento que serve também para respirar um pouco da nossa historia e que nos remete até ao período da fundação de Portugal enquanto nação e o incontornável contributo do Mosteiro de Santa Maria de Seiça a par da não menos ancestral Capela de Seiça a que se acede por um caminho onde D. Afonso Henriques foi beneficiário e testemunha de um milagre."
Concordo que a vida seja de facto um milagre, mas retiro qualquer conotação religiosa a esta constatação.
É lindo viver e lutar diariamente por aquilo em que acreditamos, para que nos possamos sentir bem.
Só que tenho sérias dúvidas que os milagres se repitam...
Se "MUDAR JÁ", fosse uma equipa de futebol, dela diria que, neste momento, está a lutar para não descer.
Diria, ainda, que tem um daqueles balneários frios em que poucos falam com poucos.
E, possivelmente, diria ainda que, em devido tempo, teria realizado uma chicotada psicológica, sem grandes custos, pois ainda estávamos no período experimental, à espera que um milagre lhe viesse ainda a cair no colo...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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