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sábado, 5 de novembro de 2016

Na Figueira, também é sempre carnaval...

Subsídio ao Carnaval com cláusula de “mau tempo”!..
A Câmara da Mealhada apoia com 60 mil euros a realização do Carnaval de 2017, mas admite entregar mais 24 mil euros à Associação Carnaval da Bairrada se o evento for prejudicado pelo mau tempo, como, de resto, tem acontecido nas últimas edições.

Em tempo.
Vou confidenciar que faço muito pouco exercício físico, para além de caminhar e andar de bicicleta. 
Creio que é tempo de tentar alguma alteração nos meus hábitos, não porque sinta necessidade, mas para prevenir alguma surpresa desagradável! 
Porém, vou estar atento ao comportamento da Câmara da Figueira, em ano de eleições, para ver se, em 2018, é o tempo certo de mudar de vida!
Na Figueira, em 2017, cidade onde é sempre carnaval, vai ser ainda mais carnaval em ano de eleições!..

Para mais, até na Figueira, a água molha.
Por isso, quem anda à chuva, molha-se.
Naturalmente.
Numa altura em que na Figueira o assunto do próximo momento vai ser o carnaval, o mínimo que se devia exigir era que a natureza aquosa da água fosse uma unanimidade local.
Até na Figueira, o frio esfria.
O facto de temperaturas baixas incomodarem os seres humanos, na altura do desfile do carnaval, também faz todo o sentido.
Como a nossa temperatura corporal é cerca de 37 graus, sentimo-nos mais confortáveis em temperaturas amenas. 
Para mais num descampado frente ao mar!
No entanto, sempre que os termómetros registam temperaturas ligeiramente abaixo dos 10 graus, o espanto e o choque surgem como se tivéssemos sido transportados, numa questão de segundos, do calor do deserto do Saara para o frio das tundras da Sibéria.
Até na Figueira, o desfile do carnaval, também costuma acontecer em demoníaca trindade de chuva, vento e frio.
O que acaba por transformar os figueirenses em criaturas ainda mais soturnas e traumatizadas. Por isso, sempre que podem, aproximam-se das  lareiras e aquecedores com a paranóia de gazelas perseguidas. Cobrem-se de mantas e cobertores. Ficam carentes, irritadiços, frágeis e sonolentos. 
                                                                                    
Na Figueira, podemos discordar sobre quase tudo.
Mas, está mais do que na altura de chegarmos a um consenso sobre os fenómenos meteorológicos.
Todos sabemos o essencial sobre a matéria.
No Verão está calor e não chove; na Primavera está ameno e, às vezes, chove; no Outono está ameno e, frequentemente, chove; e no Inverno está frio e chove – muitas e muitas vezes.
Eu sei que existe muita incerteza na previsão do estado do tempo.
A meteorologia é uma ciência traiçoeira.
Ela partilha isso com os piratas, os políticos e as ciências económicas.
Mas, no Inverno, o natural  é estar  frio e chover – muitas e muitas vezes…
Portanto, nada mais natural, numa cidade em que é sempre carnaval, que a edilidade figueirense, em ano de eleições autárquicas, também previna, com uma cláusula de “mau tempo”, a realização do carnaval!..

Eu sei que sou um eterno insatisfeito...
Resta-me, aguentar e cara alegre. O que não tem remédio, remediado está!
Há muitos anos que percebi que rir é o melhor remédio. 
Mas, se porventura,  os prezados leitores notarem que vos estou a contagiar com esta doença, aconselho-vos a consultar um especialista.
Bom sábado. 

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Na Figueira é sempre carnaval: estamos em outubro e "o PSD quer ver as contas do de 2016", que se realizou no início de fevereiro!..

imagem sacada do Diário de Coimbra
A política do pão e circo, que os políticos promovem desde Roma, esteve, no passado mês de fevereiro, mais uma vez,  em exibição na nossa cidade. 
Mais uma vez, o investimento público  substituiu o investimento privado na realização do carnaval.
Há muito que está provado, que se a realização do carnaval na Figueira dependesse do dinheiro da iniciativa privada, teria deixado de ser assunto há anos. 

Eleições a quanto obrigas... 
Pelos vistos, para o ano, é ano de eleições, logo vai haver mais dinheiro. 
Ontem, João Portugal, vereador de não sei de quê,  disse na reunião de câmara: "as contas estavam para ser apresentadas com o novo protocolo a assinar com a Associação, mas ainda não chegaram a acordo sobre o valor do próximo ano. Pretendem um financiamento e programa mais arrojado, para melhorar os carros alegóricos..."
Moral da história: na Figueira é sempre caranaval, mas ainda é mais carnaval em ano de eleições!..
E pronto...

2017 é ano de eleições. Logo há mais dinheiro. 
Na Figueira é sempre carnaval, mas é ainda mais carnaval em ano de eleições!..
Com papas e bolos se enganam os tolos.
Vai confirmar-se o pior cenário das próximas eleições autárquicas na Figueira: Ataíde fica...
Siga o carnaval... 
E vai de roda! 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

BE: no anterior mandato, «foi "muleta" autárquica, objectiva e sem pudor de ficar a constar em placas balofas de certas inaugurações»...

Na placa está bem visível o nome de Pedro Oliveira, eleito do BE nas eleições autárquicas de 2021 para Buarcos e São Julião.
O BE em Buarcos e São Julião, Marinhas das Ondas e Assembleia Municipal foi a "muleta" do PS entre 2017 e 2021.
Na campanha para as eleições de 26 de Setembro de 2021, o desempenho de Rui Curado da Silva, dispensa comentários: falou por si.

Ontem, numa postagem a propósito das iluminações de Natal coloquei esta questão:
BE Figueira vive num mundo à parte?
Este ano, diga-se em abono da verdade, em parte ainda por uma deliberação tomada pelo anterior executivo, o Município figueirense investiu, nas iluminações de Natal 120.276,65€ (IVA incluído), um acréscimo de 4.612,5€, comparativamente a 2020. 
Antes das eleições de 26 de Setembro de 2021, se bem lembro, já tinham tido início os trabalhos para instalar as iluminações do Natal de 2021.
Tudo isto é do conhecimento público. Pelos vistos, a acreditar o que li hoje no Diário de Coimbra, menos do BE na Figueira da Foz, aliás diga-se em abono da verdade, entre 2017 e 2021, compagnon de route do PS autárquico Figueira, nas freguesias da Marinha das Ondas e Buarcos e São Julião e Assembleia Municipal da Figueira da Foz...
Agora, fora do tempo e do espaço, vêm com isto para 2022!..

Sobre este assunto OUTRA MARGEM não tem lições a receber de ninguém, inclusivamente do Bloco de Esquerda na Figueira da Foz e, muito menos, do senhorito Rui Beja.
Em 6 de novembro de 2010, quando a Câmara Municipal da Figueira não tinha dinheiro nem para fazer cantar um cego - quem apoiava então o senhorito Rui Beja? - já OUTRA MARGEM questionava:
“No caso da Figueira da Foz, vai a sua Câmara Municipal continuar a pagar iluminações de Natal e Ano Novo?”.
Para não ser maçador, por exemplo em 3 de Dezembro de 2016, OUTRA MARGEM publicava:
João Ataíde, presidente da CM Figueira da Foz, inaugurou ontem à tarde, pelas 17horas e 30 minutos, a iluminação decorativa de Natal na cidade.
A rotunda da A14 (Pórtico), Rotunda dos Bombeiros Voluntários, Rua da República, Rua 5 de Outubro, Rua Bernardo Lopes, Rua Cândido dos Reis, Avenida 25 de Abril, praça do Forte, Praça de Santa Catarina, Muralhas de Buarcos, Torre do Relógio, Praça Ladesma Criado, Praça Luís Albuquerque, Rua da Liberdade e Jardim Municipal são os locais que vão estar iluminados nesta quadra festiva, um investimento que custou 38 mil euros à Câmara da Figueira da Foz, mais 19 mil do que o ano passado.

Mas, há sempre, quem sendo autarca, pense numa forma diferente de comemorar o Natal.
"Freguesia de Belém, em Lisboa,  troca luzes de Natal por ajuda a famílias carenciadas
Desde 2012 que a freguesia prescinde da iluminação de Natal para poupar 50 mil euros

A freguesia de Belém, em Lisboa, volta este ano a estar sem iluminações de Natal para prosseguir a ajuda anual a mais de 200 famílias carenciadas".

Em 24 de Novembro de 2016, OUTRA MARGEM alertava:
"Até meados de novembro, o portal base.gov já publicou 928 ajustes diretos das 17 autarquias do distrito de Coimbra.
Olhando para anos anteriores, o número de “contratos” deverá ser superior ao milhar quando acabar o ano, já que até agora ainda não foram publicados os contratos relativos, por exemplo, às iluminações de Natal nem às tradicionais animações de Fim de Ano em alguns dos concelhos.
Olhando para a sua dimensão, Coimbra e Figueira da Foz são os municípios onde se registam um maior número de contratos adjudicados e, consequentemente, um maior valor envolvido." - Via AS BEIRAS.

Em 23 de Outubro de 2020, OUTRA MARGEM postava.
Sou pouco de elogiar. Mas, de vez em quando lá vai: ainda bem que temos um executivo camarário que gosta de desafios verdadeiramente desafiantes e não é um mero apontador de problemas. Ainda bem que, com os meios escassíssimos que tem, labuta quotidianamente para fazer o seu melhor no campo da promoção da agitação e propaganda (não esquecer que em outubro de 2021 há eleições autárquicas...). 
Com mais alguns políticos, assim, e há muitos, em vários cantos do território figueirense, dá para resgatar um pouco de ânimo e de fé neste concelho.

Numa cidade onde é sempre Carnaval, que não tem transportes colectivos em condições durante todo o ano, mas  tem «o comboio de Natal e de São João, cuja utilização é gratuita, a circular por diversas artérias da cidade», não era de esperar do Bloco de Esquerda e do senhorito Rui Beja algo mais do que a mera prestação de espectadores comodamente instalados na bancada do poder socialista?
OUTRA MARGEM, conforme pode ser comprovado clicando aqui esteve sempre atento, crítico e actuante.
O Bloco de Esquerda e o senhorito Rui Beja podem provar o mesmo?


Perfeitos, nós?.. 
Claro que não... 
Mas, já fomos mais imperfeitos...
A sério. 
Que clima temos na Figueira! Que bem que se come! Que bom e barato é o vinho! Que bem escrevem os nossos prémios Leya! A quantidade de queijos franceses que já se podem comprar nos supermercados figueirenses!..
Estou a falar a sério!
As belezas da nossa terra!
As praias!.. Então o Cabedelo está maravilhosa!..
Que simpáticas são as pessoas! 
Desculpem, mas começa a ser inegável: é que não se está nada mal na Figueira.
Eu sei que já estive mais insatisfeito...
Na Figueira é sempre carnaval. Resta-me, aguentar e cara alegre. O que não tem remédio, remediado está!
Há muitos anos que percebi que rir é o melhor remédio. 
Mas, se porventura,  os prezados leitores notarem que vos estou a contagiar com esta doença, aconselho-vos a consultar um especialista.

segunda-feira, 16 de março de 2020

Da série, numa cidade de grandes manifestações culturais, a começar pelos grandiosos carnavais, é necessário alienar as pessoas com propaganda sobre "teatro municipal"?

Teatro Municipal
"Algumas dos meus colegas cronistas têm tendência para dizer que “sim” a toda e qualquer construção de nova infraestrutura. Contudo, o paraíso económico, a prosperidade ilimitada, recursos infinitos, o Estado que investe sem “rei nem roque” é obviamente uma falácia. Não existe tal possibilidade orçamental, não podemos ter tudo, piscina municipal, piscina de marés, museu do mar, teatro municipal, etc. Isto num país altamente endividado e num concelho ainda a pagar as dívidas contraídas no final dos anos 90, início deste século. Portanto, dizer que “sim a tudo” é querer ficar bem na fotografia, “enganando” os leitores quanto à viabilidade a curto prazo de tanto investimento em infraestruturas. Um Teatro Municipal na Figueira da Foz? Não faz muito sentido, temos o CAE, dezenas de coletividades e alguns espaços municipais onde é possível fazer teatro. O “Teatro Municipal” já existe, situa-se onde há grupos a representar. Uma parte fica no Sítio das Artes, onde o Páteo das Galinhas dinamizou nos últimos anos dezenas de peças e milhares de horas de atividade teatral. Deve-se este fulgor à iniciativa de um grupo de pessoas que amam o teatro, com particular destaque para a “Bé” Cardoso (recentemente falecida) – uma mulher comprometida com as artes e que deu um grande impulso ao teatro amador na Figueira da Foz. Para estes amadores não é necessário muito apoio institucional, muito menos um edifício pomposo a dizer “Teatro Municipal”. Precisam sim de um “Sítio das Artes”, polos de criação artística com capazes de criar sinergias entre pessoas, albergando diferentes grupos com interesses diversos. Termino este artigo com uma referência oportuna ao grupo cénico da Sociedade Boa União Alhadense. Um outro bom exemplo de “Teatro Municipal”. Fazem teatro sem esperar que haja grandes apoios, dando vida aos vetustos edifícios de várias coletividades mostrando aí a sua arte."
Via Diário as Beiras

Nota OUTRA MARGEM.
Importante era conseguir que o verão passasse a ser em Fevereiro. Até na Figueira, o frio esfria. Problema -  e grande -, pois o evento é ao ar livre, é o facto das temperaturas baixas incomodarem os seres humanos, na altura do desfile do carnaval...  Como a nossa temperatura corporal é cerca de 37 graus, sentimo-nos mais confortáveis em temperaturas amenas. Para mais num descampado frente ao mar! Na Figueira, o desfile do carnaval, costuma acontecer em demoníaca trindade de chuva, vento e frio. No Verão está calor e não chove; na Primavera está ameno e, às vezes, chove; no Outono está ameno e, frequentemente, chove; e no Inverno está frio e chove – muitas e muitas vezes. Importante, era conseguir que o o Verão passasse a ser em Fevereiro na Figueira!..
O limite, na Figueira, não é o céu.
O limite, pode ser o simples facto de, na Figueira, ser sempre carnaval.
Na Figueira, esse sonho tem sido possível...
Portanto, nada mais natural, que este executivo camarário se sinta  na obrigação de mantê-lo e assegurar o engenho e arte de o ir tornando realizável. A ele, ao carnaval... Não ao desnecessário teatro municipal.
E ainda bem que assim pensa quem de direito. 
A vida são dois dias, o carnaval são três e a saúde é um estado transitório que não augura nada de bom! 
E enquanto o pau vai e vem, folgam as costas.
Que continue o Carnaval. Viva o carnaval!

sábado, 21 de janeiro de 2017

O inverno continua bonito na Aldeia. Tem feito frio, mas não chove...

Para ver melhor, clicar na imagem
"Surpreende a velocidade a que mudanças estão a ocorrer. Daqui a poucos anos a Figueira terá um clima mais parecido com o de Nova Iorque, situada quase à mesma latitude, 40 graus norte. Mais frio no inverno e mais quente no verão. Estamos longe de adotar medidas de adaptação climática. A maioria das casas não estão preparadas para o frio. Gastamos muita energia a aquecer “paredes” sem isolamento. As lojas funcionam de portas abertas com temperaturas próximas dos zero graus. Faltam estratégias locais e nacionais para a mitigação dos desafios climáticos. Um casal de siberianos, de Novosibirsk, que visitou em janeiro a Figueira, afirmou que nunca tinham sentido tanto frio na vida. Acordavam e deitavam-se num quarto gélido."
João Vaz,  consultor de ambiente, hoje, na sua habitual crónica dos sábados no jornal AS Beiras,  constata o que tem sido óbvio nos últimos dias: está "frio na praia da Figueira".

Nota de rodapé.
Numa altura em que, na Figueira, o assunto do próximo momento vai ser o carnaval, o mínimo que se devia exigir era que a natureza aquosa da água fosse uma unanimidade local.
Até na Figueira, o frio esfria.
O facto de temperaturas baixas incomodarem os seres humanos, na altura do desfile do carnaval, também faz todo o sentido.
Como a nossa temperatura corporal é cerca de 37 graus, sentimo-nos mais confortáveis em temperaturas amenas. 
Para mais num descampado frente ao mar!
Na Figueira, o desfile do carnaval, costuma acontecer em demoníaca trindade de chuva, vento e frio.

Na Figueira, podemos discordar sobre quase tudo.
Mas, está mais do que na altura de chegarmos a um consenso sobre os fenómenos meteorológicos.
Todos sabemos o essencial sobre a matéria.
No Verão está calor e não chove; na Primavera está ameno e, às vezes, chove; no Outono está ameno e, frequentemente, chove; e no Inverno está frio e chove – muitas e muitas vezes.

A Figueira, continua detentora de uma luminosidade única.
Porém, a Praia da Claridade celebrizada no século XIX, quando o extraordinário desenvolvimento da Figueira da Foz e as condições naturais da paisagem atraíam banhistas de todo o país, celebrizada e imortalizada por Ramalho Ortigão, perdeu encanto e qualidade de vida.
A Figueira dos dias de hoje, é uma  cidade e uma construção que se tornou numa catástrofe onde  a assimetria e a desconformidade foram levadas ao limite.

E o limite, na Figueira, não é o céu.
Pode ser o simples facto de, na Figueira, ser sempre carnaval.
Na Figueira, esse sonho tem sido possível...
Portanto, nada mais natural, que este executivo camarário - na minha modesta opinião, o pior executivo camarário que geriu os destinos da Figueira da Foz, desde que tenho memória -   se sinta  na obrigação de mantê-lo e assegurar o engenho e arte de o ir tornando realizável.
A ele, ao carnaval...

E ainda bem que assim pensa quem de direito. 
A vida são dois dias, o carnaval são três e a saúde é um estado transitório que não augura nada de bom! 
E enquanto o pau vai e vem, folgam as costas.
Viva o carnaval!

A folia, mesmo que artificial, e o bom humor, são duas das melhores peças de vestuário que alguém pode usar na sociedade...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Eu sei que sou um eterno insatisfeito... Resta-me, aguentar e cara alegre. O que não tem remédio, remediado está!

Crónica de Teotónio Cavaco, publicada hoje no jornal AS BEIRAS.
"Era uma vez uma cidade na qual, sobretudo em duas épocas do ano, os fenómenos de luz provocada pelos homens com intenções metafísicas (o foguetório nos “santos populares” e os anjinhos e estrelinhas pelo Natal) provocavam invariavelmente avaliações bem mais prosaicas, ao nível do “gostei/não gostei – no ano passado é que foi bom/este ano está melhor – deviam era usar o dinheiro para os pobres/é desta que se vende mais qualquer coisa no comércio – já vi mais carros estacionados na relva/nunca me lembro de ver tanta gente na rua”.
Ainda mais curioso era observar que as opiniões eram defendidas, não com base em qualquer estudo ou análise sistemática, mas por simpatia ou antipatia ao Grande Líder, ou aos seus regedores, ou ao(s) Partido(s) que o apoiavam cegamente.
Nessa cidade, ainda havia quem lembrasse que a luz, associada ao uso da razão, tinha como raiz histórica o Iluminismo, movimento intelectual que surgiu durante o séc. XVIII na cidade-luz (Paris), o qual defendia a necessidade de mudanças políticas, económicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, bem como na prática da tolerância religiosa.
A essa cidade chegaram um dia notícias de que um grande construtor mundial de carros (eléctricos) e de baterias Li-Ion (iões de lítio) queria investir numa zona com grande quantidade de horas de sol anuais. E o que se fez nessa cidade? Iluminaram-se os anjinhos e as estrelinhas…"

Moral da «estória», se esta «estória» tivesse moral: na Figueira é sempre carnaval!
O limite, na Figueira, não é o céu.
Pode ser o simples facto de, na Figueira, ser sempre carnaval.

Na Figueira, esse sonho tem sido possível...
Portanto, nada mais natural, que este executivo camarário - na minha modesta opinião, o pior executivo camarário que geriu os destinos da Figueira da Foz, desde que tenho memória -   se sinta  na obrigação de mantê-lo e assegurar o engenho e arte de o ir tornando realizável.
A ele, ao carnaval permanente...

E ainda bem que assim pensa quem de direito. 
A vida são dois dias, o carnaval são três e a saúde é um estado transitório que não augura nada de bom! 
E enquanto o pau vai e vem, folgam as costas.

Viva o carnaval!
A folia, mesmo que artificial, e o bom humor, são duas das melhores peças de vestuário que alguém pode usar na sociedade...

sexta-feira, 7 de março de 2014

Na Figueira tem sido sempre carnaval...

"Depois da rábula da apresentação do Carnaval Buarcos/Figueira da Foz (ou vice-versa) 2014 - com jornalistas a quererem saber o orçamento e o senhor Presidente da Câmara, fiel aos príncipios da transparência (é uma piada) que norteiam a sua gestão e incomodado com as perguntas, responder que era menos 1/3 de não se sabe quanto, convertido depois para menos 20 por cento de idem aspas - fez-se, finalmente, luz, sobre quanto prevê gastar o município em dois desfiles assombrados pelo mau tempo. Ao passar os olhos pela imprensa de ontem, eis a revelação: em plena avenida do Brasil, quiçá à espera do carro da dupla real Emanuel e Susi, João Ataíde orçamentou a festarola em... 100 mil euros! 

O ano passado, o veículo real foi ocupado por um dos descendentes da família Carreira e uma rainha que já não me lembro quem era... mas que se chamava, decerto, Ana, que o senhor presidente da junta, nestas coisas, não se costuma enganar! No último ano da gestão FGT - a coisa, apesar das promessas noutro sentido, passou em 2014 para a recém-criada Divisão Municipal de Turismo - o Carnaval custou... ora adivinhem lá... 100 mil euros, pois claro!

Ahhh... mas então? Ora essa... mas se o deste ano é menos 20 por cento que o do ano passado... 20 por cento de 100 são 20... o deste ano são 80 mil, certo? Ora agora... não, este ano são 100 mil. Assim redondinhos e tudo! Mas... mas... mas... não foi o senhor presidente da Câmara que disse que pouparam em três coisas: nos apoios aos carros e grupos e no 'cachet' do Rei do Carnaval? (e, já agora, a rainha veio do Dubai à borla, foi?). Não pouparam 20 por cento? Sim. Quer dizer... não!"

Na Figueira tem sido sempre carnaval...
"Ninguém leva a mal?"

Podemos discordar sobre quase tudo. Mas, por estes lados, está mais do que na altura de chegar a um consenso sobre os fenómenos meteorológicos. Todos sabemos o essencial sobre a matéria. No Verão está calor e não chove; na Primavera está ameno e, às vezes, chove; no Outono está ameno e, frequentemente, chove; e no Inverno está frio e chove – muitas e muitas vezes. Eu sei que existe muita incerteza na previsão do estado do tempo. A meteorologia é uma ciência traiçoeira. Ela partilha isso com os piratas, os políticos e as ciências económicas. Mas, no Inverno, o natural é estar frio e chover – muitas e muitas vezes…


Na Figueira é sempre carnaval...
O próximo domingo não vai ser excepção!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

A eternidade para Santana Lopes na Figueira!..

Na Figueira é sempre carnaval...

" O trio eléctrico está de volta à Figueira da Foz, 12 anos depois da última vez em que animação desfilou sobre rodas na marginal da cidade. Desta vez, porém, a moda importada pelo antigo presidente da câmara Pedro Santana Lopes faz-se no inverno, nos dois corsos do Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz, e não nas noites cálidas de verão, como aconteceu naquela altura. A outra novidade é que em vez do samba é o zumba, a dança da moda, que vai animar a pista da viatura descoberta com 30 metros de comprimento. A sugestão partiu do professor figueirense de zumba Luís Paulo, que a Associação do Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz, que este ano organiza a festa carnavalesca, acolheu de imediato. O mentor da ideia adiantou aos jornalistas que quem quiser pode juntar-se ao trio eléctrico, formando um grupo de foliões ao ritmo do zumba. 
Na conferência de imprensa, Luís Paulo fez-se acompanhar por Adelino Vaz (organização do Carnaval), Rui Duarte (Junta de Buarcos) e Rosa Amélia, a peixeira mais conhecida de Portugal. “A peixeira do povo”, como gosta de ser conhecida, revelou que vai subir ao último andar do trio elétrico para dançar com “o fato mais descascado” que encontrar no seu roupeiro. A empresária apresentou-se como fã do trio eléctrico. Esta paixão nasceu na Figueira da Foz, quando, nos primeiros anos do actual século o músico brasileiro Netinho espalhou o ritmo baiano pela marginal. A carismática Rosa Amélia aproveitou a ocasião para defender o regresso do Carnaval de verão à Figueira da Foz. O trio elétrico vai abrir os desfiles de domingo e terça-feira, com cerca de uma centena de foliões a bordo e todos os quiserem acompanhá-lo. " 
Via AS BEIRAS

Em tempo.
Coerência, é, 12 depois, no inverno, esta maioria absoluta que está no poder autárquico figueirense, contribuir para fazer reviver uma moda importada pelo antigo presidente da câmara Pedro Santana Lopes...
Será que estes, que tanto quanto sei, nunca pertenceram à elite cultural lisboeta, acreditam que a Figueira continua a ter tudo para estar na moda?..
Se isto constitui eternidade na Figueira para Santana Lopes, não sei!..
Aquilo que constato é que esta elite, que é eleita pelo povo, sabe que "o povo" é povo porque não percebe uma carrada de coisas. 
Há muitas razões para "o povo" ser tratado por “o povo” e não por outro nome qualquer que lhe desse mais dignidade do que aquela que merece por parte de quem o governa
Podia passar a listar essas razões, numa lista ordenada, ou numa lista desordenada, mas seria desnecessário, por irrelevante.
A esmagadora maioria de quem passa por aqui, para ler, não é "o povo"...
E, quem me lê, sabe do que eu estou a falar...

terça-feira, 31 de março de 2020

"Talqualmente", como diria Odorico Paraguaçu, “a sem-vergonhice” é isto...



Mário Martins. Não podia estar mais de acordo. Mas, isto não acontece por acaso. Eu também ando a dizer isto há anos, mas de outra maneira: é sempre carnaval
Nisto há interesse. "Os pecadores dão para aliviar os seus pecados; os políticos para angariarem os votos dos eleitores.”

Contudo, e isso merece relevo,  tudo começa e acaba no povo. 
No povo, sim, essa mole amorfa e quase sempre inerte, que na sua acção diária exerce já suficientemente a sua  capacidade de destruição.
De 4 em 4 anos, tem-se acentuado a propensão ao colapso das composições sociais, no sentido em que, ao massificar o voto, se potenciou e estendeu o poder popular e ecológico de destruição.

Na Figueira, que é o caso que conheço melhor, pretensa e maioritariamente, o povo tem a mania que é de esquerda.
E, pensa, que vota na esquerda!.. Porém,  o nosso concelho foi sempre governado  à direita: imperaram, sempre, os interesses do betão. Veja-se o que fizeram à marginal entre a Figueira e Buarcos. E a obra continua em curso...

Foi sempre assim em Portugal. E também na Figueira: o eleitorado, de vez quando, cansado das promessas socialistas, que fazem tábua rasa do que apregoam em campanha,  4 anos depois, costuma  votar à direita. 
Assim aconteceu aqui em 1997.
A seguir queixou-se!.. E tornou a votar no PS. Assim aconteceu em 2009.
Só um povo esclarecido me convenceria que,  afinal,  os figueirenses, tal como os outros portugueses, estão certos... 

Em última instância, entenda-se, o povo é uma arma de destruição em massa. 
E os oportunistas, sempre rindo-se dos idealistas!
Não quero ser fatalista, até porque este tempo de isolamento social não ajuda, mas este povo é uma desgraça. 

Longe vão os tempos em que as palavras de Abraham Lincoln, "a democracia é o governo do povo, pelo povo, para o povo", tinham algum significado! 
Hoje, para quem está no poder executivo na Figueira, se as conhecerem,  não passam de uma frase bonita para que olham com indiferença...
Na Figueira, o povo gosta de circo e carnaval. Portanto, se o povo quer circo e carnaval, o Imperador, os imperadores,  deram - e vão continuar a dar -  circo e carnaval ao povo!

Citando Eça.
 “O País perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos e os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido, nem instituição que não seja escarnecida. Já não se crê na honestidade dos homens públicos. O povo está na miséria. O desprezo pelas ideias aumenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. O tédio invadiu as almas. A ruína económica cresce. O comércio definha. A indústria enfraquece. O salário diminui. O Estado tem que ser considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo”.

domingo, 1 de agosto de 2021

Estamos a morrer lentamente, mas o carnaval não vai parar...

Os Censos 2021, em relação à Figueira, mostraram a realidade: a Figueira da Foz, um concelho do litoral, perdeu 5,1%. A Figueira da Foz, o segundo concelho mais populoso do distrito,  perdeu 5,1% na sua população ao longo da última década, estando agora abaixo dos 60 mil residentes. 
Estes números falam sobre uma realidade incontornável que os responsáveis políticos locais  têm procurado escamotear com propaganda enganosa. Todavia, a ilusão  e a omissão não conseguem esconder a verdade: a Figueira faz parte dos dois terços do País que já estão moribundos. A Figueira é uma cidade do litoral com pretensões a ser um concelho com qualidade de vida. A Figueira não faz parte do  interior cada vez mais despovoado, mais pobre e mais velho. Os números sobre a realidade figueirense não enganam: basta consultar os dados do INE. Não é uma novidade. Nem é tema que não esteja bastamente estudado.
O embuste, protagonizado na campanha eleitoral em curso, por quem teve a responsabilidade política do governo do concelho nos últimos 12 anos, é facilmente detectado. 

Só não vê quem não o quiser fazer. Estamos a morrer lentamente. 
Na Figueira, há muitos anos que tem sido sempre carnaval. Estamos a pagar a factura de décadas de má governação autárquica.
Só espero que não se esqueçam de colocar as escolas de samba na Avenida a desfilar. É preciso música para os ouvidos, bonitas vistas para os olhos e dança alegre. Nada está perdido: vem aí uma pipa de massa.
Que não vai resolver nada, pois irá parar aos bolsos dos mesmos do costume.
A Figueira, segundo a propaganda, é uma cidade que já tem qualidade de sobra e sobejo.
Portanto, o problema vai continuar o mesmo: falta de políticos com qualidade e  capacidade para tentar mudar o rumo de um concelho que está a definhar. 
Mas o espectáculo do faz de conta tem de  continuar. A vitória em 26 de Setembro de 2021, ganhe quem ganhar, vai ser apenas o deslumbre e o abuso do poder pessoal, como tem acontecido, nos próximos 4 anos. 
Em 2021, as putativas elites já marcaram o terreno na Figueira. Os mais desfavorecidos, os mais frágeis, os mais pobres, os mais fracos, os mais sós vão continuar na mesma, se não mesmo ver ainda piorar mais a tal qualidade de vida, que só existe na propaganda partidária.
Contudo, uma coisa está garantida: na Figueira vai ser sempre carnaval.
Não haverá na Avenida vento que atrapalhe...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

A boa notícia do dia: na Figueira é sempre carnaval...

"A chegada dos Reis do Carnaval de Buarcos Figueira da Foz 2016, foi esta tarde presenciada por centenas de pessoas que se deslocaram aos três pontos de paragem do cortejo.
O rei Saúl Ricardo e a rainha Luísa Marques, acompanhados pelas duas damas de honor, "chegaram" às 15h30 na estação ferroviária da cidade.
À sua espera estava já a bateria da Escola de Samba Unidos do Matogrosso, bem como uma charrete que os iria então transportar pelas ruas da cidade.
A segunda paragem foi depois o edifício da Câmara Municipal da Figueira da Foz, onde eram aguardados pela bateria da Escola de Samba A Rainha e pelo vereador responsável pela área do Turismo, João Portugal. Os reis subiram então à varanda dos Paços do concelho para "receber" as "chaves" do concelho, de forma a declararem abertos os festejos de Carnaval.
O discurso do rei foi proferido logo a seguir, na varanda do emblemático edifício do Grupo Caras Direitas, em Buarcos, numa alocução muito aplaudida que abordou a nova organização do evento, a ACBFF, fazendo também um resumo dos temas dos grupos e escolas de samba que este ano irão desfilar na Avenida do Brasil, nos dias 6 (à noite) e depois 7 e 9 de fevereiro, durante a tarde."
(Texto e foto de José Santos, via Figueira na Hora)

Este blogue, dentro em pouco, vai perfazer 10 anos de existência
Quando este espaço nasceu, rapidamente começou a ganhar leitores e fez Amigos e inimigos.
Nada que eu não soubesse que ia acontecer.
Se a situação, em 2006, a esse nível,  já era o que era, 10 anos depois, está pior.
Na Figueira é sempre carnaval. Esta, que agora começa, é apenas mais uma semana. 
Ainda bem: uma cidade que não soubesse mostrar e rir da sua ignorância, seria uma Aldeia imensamente infeliz...

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Mais do mesmo: continua o carnaval...

«Já sinto o espírito, a energia e a alegria do Carnaval»
Foi com estas palavras que sua alteza, a “rainha” Romana, se “apresentou”.
«Já chega de crise, precisamos de alegria e boa energia», diria ainda a cantora e animada participante em reality show, enaltecendo a «simpatia» do “rei”, Carlos Queirós, escolhido pelo público, num espectáculo realizado recentemente. 
A rainha «enquadra-se no perfil que pretendíamos», disse José Gouveia, presidente da Associação de Carnaval Buarcos/Figueira da Foz, a entidade organizadora. 
Tal como o previsto e anunciado, os reis do Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz foram ontem apresentados, no posto de turismo. 
Nos dois desfiles principais, nos dias 26 e 28, a cantora Romana e o figueirense Carlos Queirós vão fazer-se acompanhar por um séquito de 1200 pessoas, entre escolas de samba (três), carros alegóricos (nove), grupos (cinco), foliões e um trio elétrico, mais 500 do que no ano passado. 
Além de fazer desfilar mais gente, a Associação de Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz, que organiza o evento pelo segundo ano consecutivo, investiu nos carros alegóricos, alugando os atrelados a uma empresa especializada. Por outro lado, em parceria com a hotelaria local, criou o kit Carnaval para turistas, que lhes permite participar no grupo que abre o desfile. 
Mas, mais e melhor: está a preparar-se para receber excursões de vários pontos do país. A organização espera que venham à  Figueira, por causa deste evento, mais de 15 mil visitantes. 
E, espantem-se óh almas danadas, mal dizentes e daninhas, tudo isto com grande e inexcedível rigor orçamental! 
A quadra carnavalesca, começa no dia 11, com um espectáculo de samba enredo, no pavilhão do parque das Gaivotas. A chegada dos reis à estação de comboios está agendada para o dia 19. 
A festa faz-se com um orçamento de 100 mil euros, o mesmo do ano passado.
Este ano, a autarquia reforçou a verba, em seis mil euros, subindo a comparticipação para 57 mil euros
A câmara, de resto, sublinhou o vereador João Portugal, entregou a organização “a quem percebe de Carnaval”
Os reis, que vão desfilar com roupa desenhada pela estilista figueirense Lúcia Fonseca, garantiram uma participação animada: “tenho a certeza que vai ser um grande Carnaval”, disse Romana. “Vou ser um rei diferente”, prometeu Carlos Queirós. 
As entradas,ainda não está definido, poderão passar de três euros para os 3,5 ou quatro euros.
E pronto. E se o mau tempo, eventualmente e  por mero acaso, adiar o corso carnavalesco, não faz mal, é carnaval, ninguém leva a mal... 
Por cá, de resto, é carnaval todo o ano!

Nota de rodapé.
Face à invasão esperada no dia de Carnaval, é de crer, embora isso não tivesse sido anunciado, que a Figueira Parques não se irá esquecer de oferecer estacionamento gratuito nesse dia. E, já agora: quem já só conseguir estacionar apenas em segunda fila, deveria ser contemplado com um bónus...
Todos perceberíamos, facilmente, que isto não é campanha eleitoral, pois insere-se, com toda a naturalidade, na campanha do cabaz do carnaval figueirense...
No meio de tudo isto, resta-me apenas uma dúvida: porque é que os figueirenses se limitam a vestir de forma ridícula e a pregar partidas apenas 3 dias no ano, quando vivem numa cidade onde quem manda vai pregando partidas o ano inteiro?..
Figueirenses, não esqueçam: na Figueira, é sempre carnaval...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Os votos e os desejos para o Novo Ano...

A mensagem do dr. João Ataíde, é uma visão abrangente e genérica, numa prosa impecável, que manifesta desejos honestos para um ano melhor em 2016, que poderia ter sido escrita por mim - apesar de não ter 6 anos de exercício no cargo de presidente de câmara da Figueira da Foz.

O embrulho desfavorece o conteúdo - é demasiado “fofinho” para o vazio de conteúdo...
Mas diz que é assim que o figueirense gosta. E, como político que é, se o eleitorado gosta, o eleitorado é o que tem do presidente.

Pelo andar da carruagem, presumo que vai ser difícil aguentar o vazio até ao início da silly season na Figueira, que começa dentro em pouco - no carnaval.

Neste momento, dizer mais que isto seria entrar no mundo da fantasia.
Sempre tive alguma dificuldade em compreender o interesse público do carnaval de Buarcos, que tem levado, ao longo dos anos, a nossa câmara a atribuir dinheiros públicos avultados - em 2010 foram 150 mil € (trinta mil contos, em moeda antiga!..), em 2013, foram 100 mil € (vinte mil contos, em moeda antiga!..), este ano a base será a partir de 50 mil € (dez mil contos, em moeda antiga!..).

Será que todo este dinheiro queimado nos carnavais,  tendo por justificação básica o apregoado interesse público, se viu alguma vez repercutido, por estas bandas, no plano turístico, cultural e económico?

Dando de barato o suposto e incerto plano turístico -  e não ponho em causa que veio gente de Coimbra ver as coxas das desfilantes!.. - a meu ver, é completamente inverosímil, que esta manifestação carnavalesca local, tenha tido qualquer repercussão fora do País.
daqui
Logo, estaremos a falar de turismo caseiro - essencialmente, das freguesias do Concelho; com um pouco de boa vontade, de alguns concelhos do distrito

Não estarei à altura de discutir o interesse económico -  desconheço o impacto da manifestação carnavalesca figueirense no comércio local, mas, se alguém tiver os números que os avance - contudo, admito, que entre cerveja e bifanas, algum será...

Contudo,  o argumento que mais admiro, é o do chamado interesse cultural. 
Pergunto, pois a ignorância deve ser minha: qual é a raiz cultural portuguesa, duma manifestação que exibe grupos que se auto-denominam escolas de samba, que dão uma volta à avenida a fazer barulho?
Ou qual é o interesse cultural de contratar, com dinheiros públicos, uma Merche Romero, um João Baião, um Futre, um Emanuel, para dar uma volta na Avenida? 
Será que serei eu o único atrofiado?

Mudam os presidentes de câmara, mudam os partidos no poder, mas na Figueira é sempre carnaval!
Só que o Carnaval não é isto.
O Carnaval é uma manifestação popular, pagã, saindo à rua quem entende que o deve fazer, à sua responsabilidade e expensas. Não tem que ser subsidiado com dinheiros públicos, que não existem para, por exemplo, tapar os buracos das estradas do concelho ou implementar estruturas desportivas no concelho para a juventude poder praticar desporto com condições mínimas de segurança e dignidade...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Carnaval, meteorologia e pandemia...

A Câmara de Mira decidiu, pelo segundo ano consecutivo, cancelar as festividades alusivas ao Carnaval devido à pandemia de Covid-19.
Já na Figueira, a autarquia mantém as datas do Carnaval. A notícia pode ser lida na edição de hoje do Diário as Beiras.
"Se o evento não for cancelado por causa da pandemia, realizar-se-á nos dias 27 de Fevereiro e 1 de março, na avenida do Brasil." 
"Os participantes já estão a preparar-se para os desfiles. Está confirmada a participação de cinco grupos e das três escolas de samba do concelho - A Rainha, Unidos do Mato Grosso e Novo Império - , com os respetivos carros alegóricos." 
Adelino Vaz, presidente da direção da Associação do Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz, disse ainda que "os reis, uma figura nacional e outra local, à semelhança da última edição do Carnaval, em 2020, serão convidados pela ACBFF, não se realizando, pois, a eleição do “monarca” do concelho, como aconteceu noutras edições."
Entretanto, "foi aprovado um reforço da verba transferida pelo município para a organização do Carnaval, de 60 mil para 75 mil euros, como vinha solicitando a ACBFF, para fazer face às despesas e à melhoria da qualidade do evento. O preço da entrada deverá manter-se nos quatro euros".
Na Figueira é (quase) sempre carnaval. Ainda sou do tempo em que o carnaval era contemplado como devia ser: por exemplo, em 2013, 100 mil euros, cem, 20 mil contos em moeda antiga, foi quanto a Figueira Grande Turismo contribuiu para a brincadeira...
Na Figueira, podemos discordar sobre quase tudo.
Porém, está mais do que na altura de chegarmos a um consenso sobre duas coisas: os fenómenos meteorológicos e a pandemia.
Todos sabemos o essencial - que é quase nada - sobre a pandemia. Sobre os fenómenos meteorológicos idem. No Verão costuma estar calor e não chover; na Primavera costuma estar ameno e, às vezes, chover; no Outono, o normal é estar ameno e, frequentemente, chover; e no Inverno está frio e chove – muitas e muitas vezes.
A meteorologia, tal como a pandemia, são coisas imprevistas e traiçoeiras.
Já tivemos carnavais anulados na Figueira por uma e outra razão. 
Portanto, cuidem-se...

domingo, 2 de fevereiro de 2020

Da série, na Figueira é sempre carnaval...

OS BARRIGUDOS TAMBÉM TÊM DIREITO À VIDA... NA FIGUEIRA É SEMPRE CARNAVAL. BOM CARNAVAL 2020 A TODAS E TODOS...
Autarquia da Figueira da Foz investe na telenovela “Terra brava”
Hoje é domingo gordo

"A autarquia vai contribuir com 90 mil euros (mais IVA) e prestar apoio logístico à telenovela da SIC “Terra brava”, tendo como contrapartida gravações em vários locais do concelho, de março a maio, e o retorno promocional da Figueira da Foz. O município teria de pagar 100 mil euros em dinheiro, mas a participação do Casino Figueira, que recebe filmagens, oferece um espectáculo de Marco Paulo para uma das cenas e fornece refeições até cinco mil euros, baixou a factura do município em 10 mil euros.
Além daquela verba, e de acordo com o contrato a que o DIÁRIO AS BEIRAS teve acesso, a autarquia assegura, também, isenção de taxas municipais, licenças e estacionamento e paga à PSP. Àqueles benefícios, acrescenta-se o alojamento para 50 pessoas por dia, em 18 quartos duplos e 14 individuais, durante nove noites.
O protocolo assinado entre a autarquia e a produtora da telenovela prevê, ainda, o fornecimento de contactos com colectividades com experiência na área da figuração e indicar locais, conteúdos e eventos da cidade para as filmagens. Por outro lado, disponibiliza um interlocutor para acompanhar a produção durante a permanência no concelho. As contas do apoio logístico não estão fechadas, uma vez que a câmara está em contacto com potenciais parceiros que possam fazer baixar os custos."

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Não é brincadeira de carnaval... Na Figueira, o carnaval este ano está a começar mais cedo... Ninguém leva a mal...

A Figueira, continua detentora de uma luminosidade única.
Porém, a Praia da Claridade celebrizada no século XIX, quando o extraordinário desenvolvimento da Figueira da Foz e as condições naturais da paisagem atraíam banhistas de todo o país, celebrizada e imortalizada por Ramalho Ortigão, perdeu encanto e qualidade de vida.
A Figueira dos dias de hoje, é uma  cidade e uma construção que se tornou numa catástrofe onde  a assimetria e a desconformidade foram levadas ao limite.

E o limite, na Figueira, não é o céu.
Pode ser o simples facto de, na Figueira, ser sempre carnaval.
Na Figueira, esse sonho tem sido possível...
Portanto, nada mais natural, que este executivo camarário - na minha modesta opinião, o pior executivo camarário que geriu os destinos da Figueira da Foz, desde que tenho memória -   se sinta  na obrigação de mantê-lo e assegurar o engenho e arte de o ir tornando realizável.
A ele, ao carnaval...

E ainda bem que assim pensa quem de direito. 
A vida são dois dias, o carnaval são três e a saúde é um estado transitório que não augura nada de bom! 
E enquanto o pau vai e vem, folgam as costas.
Viva o carnaval!
A folia, mesmo que artificial, e o bom humor, são duas das melhores peças de vestuário que alguém pode usar na sociedade...

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Só me dá vontade de sorrir ao olhar para a imagem. Na Figueira, continua a ser sempre carnaval...

O Figueira Beach Rugby, na sua 8ª. edição,  tem lugar este fim de semana na Figueira da Foz. 
Hoje e amanhã chegam as equipas para um fim de semana de râguebi de praia
Este ano são 56 equipas, num total de quase 900 participantes, que “já começam hoje a chegar e só vão na segunda ou terça-feira embora”. Até lá “ficam todas alojadas na Figueira da Foz”, conta ao DIÁRIO AS BEIRAS Rui Loureiro, da organização. O responsável explica que “o objetivo é que as equipas venham e queiram voltar”. “Estamos incluídos num circuito europeu onde figuram cidades como Marselha, Barcelona, e onde o normal é que estes eventos decorram nas grandes metrópoles”, refere. Mas a Figueira tem alguns trunfos na manga para fazer a diferença: “O que diferencia o nosso evento é a construção de uma experiência que oferecemos aos participantes. A partir do momento em que põem o pé na figueira estamos a oferecer-lhes vários momentos de lazer”
"Começa com um cocktail de boas vindas às equipas amanhã. 
No sábado há uma sunset party ainda com os jogos a decorrer, para que os jogadores entrem logo num clima de confraternização e partilha. Segue-se o jantar oficial do torneio no Hotel Mercure e a festa oficial na Casa Havanesa, que depois se prolonga pelo picadeiro. 
E, finalmente, no domingo, volta a haver uma sunset party”, explica Rui Loureiro. São este tipo de experiências que “fazem com que as equipas confraternizem e tenham uma experiência social muito forte, que os marca, e faz com que o evento vá crescendo ano após ano”.
À parte do torneio sénior, há “cerca de 200 participantes do Torneio Juvenil”, para jovens “sub-10, sub12 e sub-14”, neste caso “equipas exclusivamente nacionais”
O evento tem, este ano, também uma veia solidária acentuada, com a doação de 50 cêntimos por cada ensaio marcado no evento. “Perante a tragédia que aconteceu e que vai acontecendo, achámos que tínhamos de ajudar”, explica Rui Loureiro. Um valor “completamente suportado pela organização”.


Nota de rodapé.
Considerando, que "a Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto, Lei nº 5/2007, de 16 de Janeiro, define como princiípios fundamentais o da universalidade e da igualdade (Artigo 2º.) nos seguintes termos: todos têm direito à actividade física e desportiva, independentemente da sua ascendência, sexo, raça, raça, etnia, língua, território de origem, religião, convicções poliíticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual; e ainda que: A actividade física e o desporto devem contribuir para a promoação de uma situação equilibrada e não discrminatória entre homens e mulheres".
Pergunto a quem de direito (evidentemente, ao presidente da Câmara).
1. Existe Carta Desportiva da Cidade da Figueira da Foz? Se existe, o que eu sinceramente desconheço, define, como instrumento estratégico que deveria ser para o desenvolvimento desportivo sustentado do Munícipio, os conteúdos?
2. O programa da Câmara Municipal da Figuiera da Foz  (se é que ele existe?) para a área desportiva considera como prioritário desenvolver a prática desportiva entre a população? 
(infanto-juvenil, em particular os que frequentam os jardins de infância e o ensino básico, a terceira idade, as mulheres e os portadores de de deficiência).

Dado o conceito e os elogios dados à excelência do destino desportivo que é a Figueira da Foz, cidade que tem um estádio municipal completamente degradado, não tem uma piscina municipal, não tem um pavilhão municipal, não tem uma pista de atletismo, as questões que levanto nesta postagem, para quem manda na Figueira, não devem passar de devaneios de um tolo...
Esta vida e autarca é um jogo viciado!.. O mundo que os rodeia é estranho.. Fecham-se na sua concha. Tudo o resto deixa de existir! Agem como  avestruzes, que enterram a cabeça na areia pensando que o resto não existe e que assim estão protegidos.
Já agora: não há problema nenhum em passar por tolo..
Importante, é que o que se está a fazer seja inteligente...

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Pelos vistos, a Figueira da Foz deve ser a cidade mais holandesa do planeta!..

Na imagem, sacada daqui, lá vai, sem capacete, um funcionário camarário, numa das duas bicicletas eléctricas que a autarquia figueirense adquiriu para tornar o ambiente mais sustentável.. Que bom que não deve ser trabalhar e, ao mesmo tempo, poder sentir o ar a bater na cara e fazer exercício (sobretudo, o das descidas...) - que faz sempre muito bem!..
A Figueira está a viver em plena época, em que o que  verdadeiramente se sente, é  o espírito, a energia e a alegria do Carnaval!
Contudo, lamentavelmente, isso só pode ser um equívoco, que ainda há-de ser explicado por um especialista.
Um especialista, para que conste, é aquele que explica algo fácil de maneira confusa, de tal modo que nos faz  pensar que a confusão é culpa nossa!
Já sabem quem, na Figueira,  pelo fruir das ideias e pela fluência do discurso, é o verdadeiro especialista...

Mas, vamos ao que interessa: conhecem alguma cidade mais holandesa do que a Figueira?
Esqueçam, não existe!..
Que se lixe a língua, e o jantar às seis da tarde... 
Não há nada mais holandês do que andar de bicicleta... 
Uma das coisas que poderia ser promovida, era ir de bicicleta, ao fim do dia, ao centro de rendimento de desportos de praia do areal urbano, o tal "projecto de BEACH SPORTS!"
Como figueirense, amante da bicicleta, espero a qualquer momento que me cheguem os papéis da dupla nacionalidade, pelo correio, apesar de achar que, o mínimo, seria vir cá o próprio Rei da Holanda para mos entregar!..

O limite, na Figueira, não é o céu.
Pode ser o simples facto de, na Figueira, ser sempre carnaval.
Na Figueira, esse sonho tem sido possível...
Portanto, nada mais natural, que este executivo camarário - na minha modesta opinião, o pior executivo camarário que geriu os destinos da Figueira da Foz, desde que tenho memória - se sinta  na obrigação de mantê-lo e assegurar o engenho e arte de o ir tornando realizável.
A ele, ao carnaval...

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Na Figueira é sempre carnaval: 2020 não é excepção...

Via Campeão das Províncias
Noémia Costa                                                João Batptista

"Na novela “Terra Brava” são o falso padre e uma beata coscuvilheira, mas em Buarcos, Figueira da Foz, serão reis do Carnaval 2020, que arranca no fim-de-semana com um baile de abertura da época e apresentação dos padrinhos locais.

Os actores Noémia Costa e João Baptista, que dão vida às personagens “Prazeres Pinto” e “Filipe Sampaio”, da novela “Terra Brava” da SIC, serão os Reis da edição de 2020 do Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz.
A edição 2020 do Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz arranca já no próximo sábado, com o Baile de Abertura do Carnaval, que terá lugar na sede do Grupo Caras Direitas, uma das colectividades mais emblemáticas da vila de Buarcos e que tem sido a sede das principais actividades.
Em 2020, além dos tradicionais Reis de Carnaval – figuras com destaque nacional destinadas a dar maior visibilidade e ao evento -, a organização decidiu incorporar também a figura dos Padrinhos do Carnaval de Buarcos. Será uma forma de homenagear pessoas que se destacaram na história recente do evento, seja pelo seu empenho ou contribuição para a dinamização da festa. A apresentação dos padrinhos locais irá ter lugar também no Baile Abertura, no próximo sábado, dia 25.
A chegada dos Reis de Carnaval à Figueira da Foz está prevista para dia 02 de Fevereiro ao início da tarde, com o habitual desfile que começa na estação da CP e termina no Grupo Caras Direitas. Aí serão dados a conhecer todos os pormenores da edição 202, que mais uma vez é organizada pela Associação de Carnaval de Buarcos / Figueira da Foz, com o apoio da Câmara Municipal."

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Sustentabilidade é o forte dos figueirenses: há 40 anos que andamos a sustentar, através do voto, estes políticos "generosos"...

“Não há generosidade na esmola: há interesse. Os pecadores dão para aliviar seus pecados; os políticos para merecerem os votos dos eleitores.”
Na Figueira, falar em qualidade da democracia, em finais de Novembro do ano da graça de 2017,  é uma desafinação de juízo. 
Quando se apregoa a qualidade de algo, é porque há motivos, pelo menos  razoáveis, para duvidar do seu estado de conservação.

Tudo começa e acaba no povo. 
Sim o povo, essa mole amorfa e quase sempre inerte, que na sua acção diária exerce já suficientemente a sua  capacidade de destruição.
Conceder-lhe, de 4 em 4 anos, o direito de voto e tornar equivalente qualquer voto tem sido um erro!..
De 4 em 4 anos, tem-se acentuado a propensão ao colapso das composições sociais, no sentido em que, ao massificar o voto, se potenciou e estendeu o poder popular e ecológico de destruição.

Na Figueira, pretensa e maioritariamente, o povo tem a mania que é de esquerda e vota na esquerda!..
Porém,  o nosso concelho foi sempre governado  à direita (veja-se, para não cansarmos a memória, por exemplo, nos mandatos de João Ataíde, quem foram os melhores defensores dos interesses da Lusiaves...) defraudando os seus eleitores.
A punição, que durou até 2009, em 1997, foi o voto massivo na direita! 

Foi sempre assim em Portugal: o eleitorado, depois dos socialistas fazerem tábua rasa do que apregoam em campanha, costuma  votar à direita.
A seguir queixa-se!..
Só um povo esclarecido me convenceria que,  afinal,  os figueirenses, tal como os outros portugueses estavam certos... 
Em última instância, entenda-se, o povo é uma arma de destruição em massa. 
E os oportunistas, foram sempre rindo-se dos idealistas!

Não quero ser fatalista, mas este povo é uma uma desgraça. 
Longe vão os tempos, em que as palavras de Abraham Lincoln, "a democracia é o governo do povo, pelo povo, para o povo", tinham algum significado! 
Hoje, para quem está no poder executivo na Figueira, se a conhecerem,  não passa de uma frase bonita para que olham com indiferença...

Na Figueira, o povo gosta de circo e carnaval.
Portanto, se o povo quer circo e carnaval, o Imperador, neste caso Ataíde, dá circo e carnaval ao povo!
Citando Eça.
 “O País perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos e os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido, nem instituição que não seja escarnecida. Já não se crê na honestidade dos homens públicos. O povo está na miséria. O desprezo pelas ideias aumenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. O tédio invadiu as almas. A ruína económica cresce. O comércio definha. A indústria enfraquece. O salário diminui. O Estado tem que ser considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo”.

"Talqualmente", como diria  Odorico Paraguaçu, “a sem-vergonhice” é isto.