segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Aconteceu o que era esperado e previsível: “executivo socialista volta a chumbar abertura de todas as reuniões de Câmara ao público e comunicação social”...

Via Figueira na Hora, através de um comunicado emitido pelos vereadores eleitos pelo PSD na coligação Somos Figueira, tomei conhecimento do óbvio:
“A proposta que os vereadores do PSD eleitos pela coligação Somos Figueira fizeram no sentido de reabrir todas as reuniões de Câmara à presença do público e da comunicação social foi chumbada pela maioria socialista. Os vereadores do PSD pretendiam que as primeiras reuniões de cada mês voltassem a ser públicas, podendo o presidente da Câmara torná-las privadas sempre que a agenda o justificasse.
O vereador Miguel Almeida mostrou-se desapontado com o desfecho da votação, argumentando que a proposta conciliava as posições do executivo e da oposição sobre o assunto e que seria um sinal positivo dado à população figueirense, que abriria novamente as portas da Câmara em todas as reuniões ordinárias. O vereador João Armando Gonçalves afirmou também que seria possível manter o recato e a tranquilidade nas discussões em reuniões públicas e mostrou-se contra a manutenção de uma democracia de "serviços mínimos" e não uma democracia que promova a aproximação entre os eleitos e a população, que reduz a relevância dada à Câmara Municipal enquanto órgão político.”

Tal como o esperado, a vidinha burguesa e o arranjinho político venceram. Continuamos com “o mesmo ar bafiento”...
Um dia, porém, os figueirenses, tal como os portugueses, vão acordar. Quando tal acontecer, não vão aceitar mais a multiplicação de discursos e proclamações de belos e grandes princípios democráticos que redundam, sempre, num profundo imobilismo político.
Os figueirenses e os portugueses, um dia, vão perceber que basta fazer o óbvio – pensar antes de votar.
Fazer essa ruptura no combate ao imobilismo político é central para modificar a actuação dos poderes públicos nacionais e locais. E - também e sobretudo - central para reganhar o espaço democrático no debate político na nossa cidade e do nosso país.
Entretanto, pelo caminho, neste combate, vão ficando os oportunistas que andam é a tratar da vidinha... Aqueles que dizendo que não precisam da política para nada – até têm uma profissão – não largam o osso, mesmo que andem com a espinha torcida... 
Tal como no país, também cá pela Figueira, os valores estão tão rasteiros... Não há respeito por nós – o Povo...
A gente, neste momento na Figueira e no país, está a lidar com coisas e pessoas inimagináveis .
Quase 41 anos depois do 25 de Abril, lembro aos poucos que mantém a esperança, a exigência que temos de assumir como portugueses e cidadãos figueirenses - que somos e não súbditos: resta-nos continuar a luta pela cidadania, contra o défice democrático e o défice social em que vivemos.  

1 comentário:

Martinha Lacerda disse...

Não há impossíveis! Há é homens e mulheres com coragem para derrubar tabus e imbecis que se acomodam e vendem para preservar os seus privilégios pontuais...