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segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Para memória futura: "assunto encerrado", disse Carlos Monteiro...

"PS da Figueira da Foz diz que caso de autarca que citou Mussolini é assunto encerrado"...

«O presidente da Câmara da Figueira da Foz e líder do PS local mostrou-se hoje "indignado" com a postura do PSD no caso do presidente de Junta que citou Mussolini e disse que o assunto está encerrado.

O presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, na Figueira da Foz, apelidou de tolos e ignorantes os autores de uma petição, utilizando, num ofício em papel timbrado, uma citação atribuída ao ditador fascista italiano Benito Mussolini.

"O presidente de junta já referiu que não pretendeu citar Mussolini, não tão pouco sabia que a frase lhe estava associada, o que, em termos de Partido Socialista concelhio, encerra o assunto", disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara da Figueira da Foz e líder concelhio socialista, Carlos Monteiro.

O presidente do município manifestou-se ainda "indignado" com a abordagem de que diz ter sido alvo por parte da concelhia do PSD.

O PSD da Figueira da Foz acusou o presidente da junta de freguesia socialista de má conduta democrática, exigindo ainda ao presidente da Câmara Municipal que, "de uma forma clara e inequívoca, manifeste o seu e o do seu partido maior repúdio por mais este desaforo à democracia representativa", sob a pena "de estar a ser cúmplice de má conduta democrática" do presidente da junta, António Salgueiro.

"Os presidentes de junta têm de prestar contas aos seus fregueses e não ao presidente da Câmara", afirmou ainda Carlos Monteiro.

Na sequência de uma exposição enviada à Junta de Freguesia relativa a um problema com uma caixa multibanco avariada no mercado local, assinada por duas residentes que juntaram à carta uma petição subscrita ao longo do mês de julho por uma centena de pessoas, António Salgueiro, eleito pelo PS, afirmou, também por escrito: "O silêncio é a única resposta que devemos dar aos tolos. Porque onde a ignorância fala, a inteligência não dá palpites".

A frase utilizada pelo autarca socialista é atribuída, em inúmeras fontes espalhadas pela internet, ao ditador italiano Benito Mussolini, considerado o pai do fascismo e aliado de Hitler, que morreu em 1945

Nota de rodapéOs senhores António Salgueiro e Carlos Monteiro, militantes do Partido Socialista (um partido fundado por Mário Soares, um homem que viveu intensamente, correu riscos, foi corajoso, que se manifestou e lutou contra os representante políticos de um país chamado Portugal, quando o poder político era fascista) que graças ao 25 de Abril de 1974, são, respectivamente, presidente da junta de freguesia de S. Pedro e presidente da câmara municipal da Figueira da Foz, estão em sintonia: quem os ousar questionar, interpelar ou criticar, "leva".

Recorde-se: na sequência de uma exposição enviada à Junta de Freguesia relativa a um problema com uma caixa multibanco avariada no mercado local, assinada por duas residentes, que juntaram à carta uma petição subscrita ao longo do mês de julho por uma centena de pessoas, António Salgueiro, eleito pelo PS, afirmou, também por escrito: "O silêncio é a única resposta que devemos dar aos tolos. Porque onde a ignorância fala, a inteligência não dá palpites".  

Com esta atitude mostrou que vive, de facto, noutro tempo. Um tempo em que o cidadão comum não tinha opinião. Um tempo em que contestar ou criticar um político  é um pecado que deve ser castigado. 

Os senhores António Salgueiro e Carlos Monteiro devem continuar a viver num tempo que já passou. Não percebem o tempo de hoje, daí esta inabilidade de ambos. Ainda não perceberam que vivemos em democracia e que todos os cidadãos e cidadãs têm direitos e deveres. Não perceberam nada. Se percebessem alguma coisa não faziam estas figuras ridículas que estão escarrapachadas nos jornais.

A nós, pelo menos a mim, resta-me continuar a ser gente e não verbo de encher...

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Alta tensão política na minha Aldeia...

António Salgueiro, dá hoje uma entrevista ao jornalista Jot´Alves de AS BEIRAS, onde faz gravíssimas acusações ao actual presidente da junta de freguesia de S. Pedro. 
Fica a entrevista na íntegra...
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Oposição acusa Junta de S. Pedro de cometer ilegalidades

António Salgueiro, da Lista Independente de S. Pedro, principal força da oposição na freguesia governada pelo socialista António Samuel desde setembro de 2013, afirma que a junta cometeu ilegalidades.
O secretário do anterior executivo denuncia que foi concessionado um espaço sem concurso público e reduzidas as rendas a outros concessionários sem o aval da assembleia de freguesia.
Este elemento da oposição afirma, por outro lado, que o executivo em funções contratou a filha do presidente, também sem concurso público.
“Desde o início, tem havido um processo pouco transparente. Temos pedido documentação, para tentar esclarecer a situação da entrada de uma funcionária para os quadros da junta, que nós consideramos que entrou ilegalmente”, acusa António Salgueiro, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS.
Por outro lado, afiança, “não está previsto o lugar que esta funcionária está ocupar, com a agravante de ser filha do presidente, o que, eticamente, é pouco aconselhável”. Esta contratação data de janeiro deste ano.
Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, António Samuel explica que a filha fazia trabalho voluntário no Mercado Municipal de S. Pedro e na escola local.
“Houve necessidade de substituir uma pessoa doente na escola e ela assumiu o lugar. Entretanto, uma colaboradora do mercado demitiu-se e o secretário e o tesoureiro da junta acharam que ela estava a fazer um excelente trabalho e que era a pessoa indicada para ocupar o lugar”, conta António Samuel, garantindo que não participou na reunião em que foi tomada esta decisão.

“Ganhou a melhor proposta”
“Não vejo nenhuma incompatibilidade. Se ela é boa funcionária, não tem de ser penalizada por ser filha do presidente”, defende António Samuel. O autarca afiança que a contratação obteve o aval do gabinete jurídico da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Acerca do lote concessionado, rejeita a acusação de António Salgueiro, sustentando que “ganhou a melhor proposta para o aluguer do terreno”.
Já em relação à redução das rendas, “só durante o inverno, que foi muito prejudicial para os concessionários”, admite que cometeu, involuntariamente, uma ilegalidade, que está a corrigir. “Falei com os concessionários e eles compreenderam a situação e vão pagar a diferença das rendas em causa”, adianta António Samuel. 
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Em tempo.
Tudo indica que o verão de 2014 vai ser quente na Aldeia.
As bases estão a ser preparadas.
E para quem julgava que, por aqui, não se luta pelo poder, teve  uma grande surpresa! 
Por aqui, é como em todo o lado.
Até aqui, mesmo cá dentro, nem tudo se dizia... E, para fora, nada se dizia... 
Mas, como nos outros lados, tudo se fazia...
Afinal, é como em todo o lado: o poder conta sempre e quem não o tem, neste momento, quer voltar a tê-lo. 
Perigosos, por esta margem, só mesmo os ingénuos que julgam que podia ser diferente.

sexta-feira, 29 de março de 2019

"Portinho vai ter regras, taxas e segurança"!...

"O Portinho da Gala, destinado à pesca artesanal, foi inaugurado em 2004. Segundo o presidente da Junta de São Pedro, António Salgueiro, os utilizadores só pagaram taxa de utilização durante os dois primeiros anos.
Por outro lado, não existe um regulamento e, por isso, há quem já não pesque nem resida na freguesia e continue a utilizar os armazéns. A falta de segurança no espaço e o assoreamento, por seu lado, preocupam os pescadores.
A Junta de São Pedro, que gere o espaço, e os pescadores reúnem-se, hoje, para debater aqueles assuntos. “Vamos fazer o levantamento das necessidades do portinho e criar um regulamento para a utilização dos armazéns, porque há quem já não resida na freguesia e continua a ter um espaço. Vamos entregar os armazéns a quem realmente trabalha no rio e não tem espaço para guardar os apetrechos”, adiantou António Salgueiro. Para evitar que os furtos continuem no Portinho da Gala, adiantou ainda o presidente da junta, vai ser instalado um portão no acesso aos ancoradouros. “São coisas que estão a preocupar-nos e vamos falar com os pescadores para melhorarmos as condições de trabalho”, afiançou António Salgueiro. “Depois [de estarem resolvidos aqueles problemas], obviamente irão se retomada as taxas, até para haver um melhor aproveitamento e dotar o espaço com melhores condições de trabalho”, acrescentou.
Os pescadores, garantiu o autarca, “estão recetivos a pagar uma taxa, mas com mais manutenção no portinho”. António Salgueiro vai ainda propor a reativação da associação de utilizadores daquele portinho de pesca artesanal, porque, defendeu, a junta precisa de um interlocutor que represente os pescadores." - Via Diário as Beiras


Nota de rodapé.
Como? "Os utilizadores só pagaram taxa de utilização durante os dois primeiros anos. Por outro lado, não existe um regulamento e, por isso, há quem já não pesque nem resida na freguesia e continue a utilizar os armazéns."
Em Fevereiro do ano passado o paleio já era este
Será que o Portinho da Gala, uma estrutura "que custou 2,0 milhões de euros", não tem passado de um clube ao serviço dos amigos?....

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

O debate político-partidário local está degradado ha muito tempo

Nos idos de 1975, no decorrer do chamado PREC, alguma da direita mais radical alinhada com a "Maioria Silenciosa", trouxe ao debate político a moca de Rio Maior. 
Como sabem, a moca é um pau maciço, com uma ponta mais larga cravejada de pregos. Essa, era a arma que essa direita imbecil entendia ser a melhor para combater os comunistas. 

45 anos depois, em Agosto
 de 2020, na sequência de uma exposição enviada à Junta de Freguesia de S. Pedro relativa a um problema com uma caixa multibanco avariada no mercado local, assinada por duas residentes que juntaram à carta uma petição subscrita ao longo do mês de julho por uma centena de pessoas, António Salgueiro, um autarca militante e eleito pelo PS, respondeu, por escrito e em papel timbrado do órgão autárquico a que preside, a Junta de Freguesia de S. Pedro: "O silêncio é a única resposta que devemos dar aos tolos. Porque onde a ignorância fala, a inteligência não dá palpites"
A frase utilizada pelo autarca socialista é atribuída, em inúmeras fontes espalhadas pela internet, ao ditador italiano Benito Mussolini, considerado o pai do fascismo e aliado de Hitler, que morreu em 1945. 

O PSD criticou. Por sua vez, «o presidente da Câmara da Figueira da Foz e líder do PS local mostrou-se "indignado" com a postura do PSD! 
O presidente do município manifestou-se "indignado", sim, mas com a abordagem de que diz ter sido alvo o assunto por parte da concelhia do PSD. 
Que foi a seguinte: o PSD da Figueira da Foz acusou o presidente da junta de freguesia socialista de má conduta democrática, exigindo ainda ao presidente da Câmara Municipal que, "de uma forma clara e inequívoca, manifestasse o seu e o do seu partido maior repúdio por mais este desaforo à democracia representativa", sob a pena "de estar a ser cúmplice de má conduta democrática" do presidente da junta, António Salgueiro. 
E qual foi a resposta de Carlos Monteiro?
"Os presidentes de junta têm de prestar contas aos seus fregueses e não ao presidente da Câmara".
"É uma imagem", dirão os socialistas apoiantes de Salgueiro e Monteiro. 
Pois é. E bem verdadeira. É a imagem de quem acha que a política se faz à cacetada (deseja-se que apenas com o verbo). 

Quem acompanha a vida política local e assiste a reuniões da Assembleia e Câmara Municipal, sabe que não existe debate político há muitos anos na Figueira. 
Quando muito, existe debate partidário. Nas Assembleias Municipais a qualidade dos seus membros (principalmente nos partidos do chamado arco do poder) tem vindo a degradar-se eleição após eleição. 
(Quem duvidar desta realidade, que vá assistir a uma sessão e depois trocaremos opiniões...)
Como escreve João Vaz na edição de hoje do Diário as Beiras, «os actores com qualidade política são poucos. 
Nas reuniões da Câmara Municipal, entre presidente e vereadores, está o melhor palco local de discussão e debate político. Contudo, assistimos frequentemente a ataques pessoais, defesas de honra, “queixinhas pessoais” e um sem número de remoques sem substância política. Alguns políticos locais chegam a misturar a sua vida privada com a intervenção política, amiúde vitimizando-se, degradando o debate político.» 

E o que pode fazer um cidadão? Tentar exercer o direito de cidadania. Como pode e como sabe. Só que isso não é bem visto, nem benquisto, pelo poder do momento. 
Como cidadãos, em teoria, temos todo o direito de nos manifestarmos, contra ou a favor, com esta ou aquela linguagem, apenas com os limites da ética e do código penal. Só que os novos censores não aceitam a Liberdade de pensamento. Gostam é de estabelecer os limites da Liberdade de expressão e de pensamento. Na Figueira, os políticos no poder nunca fizeram esquecer algumas perversidades geradas no absolutismo de Salazar. 
Os intocáveis, como vimos na reacção de Carlos Monteiro em relação ao vergonhoso e antidemocrático comportamento do seu camarada António Salgueiro, esquecem o essencial: em democracia, tudo e todos estamos permanentemente em regime de prova
Em 2020, tal como em 1975 (aconteceu e acontece comigo...), o "lápis azul" assume formas mais maquiavélicas de tentar riscar as opiniões diversas. 
A ameaça velada, o sorrizinho amarelo, o passar à frente, o vê lá no que te andas a meter, a encomenda para a tentativa de silenciamento. 
Assim não vamos lá: só com o exercício da cidadania, cumpriremos a democracia.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Uma curiosidade histórica figueirense com quase 119 anos

Participação cívica dos figueirenses no já longínquo ano de 1900. 

Entre os que assinaram esta Petição, reconhecem-se alguns apelidos que marcaram a vida figueirense no início do século 20.

Representação
"Vêm os abaixo assignados perante os Vereadores da Câmara Municipal da Figueira, respeitosamente manifestar o seu justo e profundo pezar pela projectada venda dos terrenos do Bairro Novo – estrada e esplanada – situados em frente da praia, entre a propriedade do Sr. Baldaque da Silva e a linha dos carros americanos. 
Se foi acertado o procedimento da Câmara que se oppoz à venda dos terrenos, que hoje se acham ajardinados entre a Alfândega e o Largo do Carvão, no caso presente, muito mais grave, não pode a actual Vereação consentir que a Figueira fique privada de uma regalia tão importante.
Fiados na Justiça da causa que defendem, esperam os abaixo assignados que a Câmara Municipal se digne considerar atentamente um assunto que tanto pode prejudicar a Figueira, suprimindo um logar de recreio público, que pela sua situação elevada e pelo vasto panorama que domina, constitue um dos pontos de vista mais belos da nossa formosa cidade.
Figueira, 16 de outubro de 1900.

Manuel Gaspar de Lemos, Joaquim Costa, António Marianno, Adriano Dias Barata Salgueiro, Manoel Gomes Cruz, Ignácio Lopes de Oliveira, Raymundo Esteves, António Wiptnich Carrisso, Francisco Lopes Guimarães, Joaquim Féteira  António Ferreira de Campos, António Marques Falcão, Henrique Pereira Jardim, Joaquim José Cerqueira da Rocha José Gaspar d’Oliveira, Benjamim Mendes, José Joaquim Veríssimo, António Ferreira Carvalho, João Maria Rocha, Álvaro Malafaia,  Manoel de Oliveira Catharina, Adriano Fernandes Águas,  Joaquim do Amaral, David d’Oliveira Braga, António Domingues, António Augusto Vianna, José Augusto Germano Alves, Remígeo Falcão Barreto, João da Silva Rascão,  António Jorge Coimbra, Augusto d’Oliveira, Gentil da Silva Ribeiro,  António Neves da Costa, Joaquim Ramos Pinto,  António da Silva Ferraz, José Luizão Ferraz, Henrique Raymundo de Barros, José Pinto, Abílio José da Costa Pereira, Henrique Mendes, António Gonçalves Mendes, Augusto Duarte Coelho, Francisco da Silva Neves, Jacintho Serrão Burguete, Joaquim Adelino Marques, José da Silva e Castro, João Eloy, Joaquim Duarte Mendes, Francisco Netto Júnior, Adelino Augusto Carvalho, José Maria d’Oliveira Mattos, João José Silva e Costa, Adriano Ignácio Pinto, João da Costa Monsanto, Eduardo da Costa Monsanto, José da Costa Monsanto, Adolpho da Costa Monsanto, Augusto Silvério d’Oliveira, Francisco da Costa Ramos, David Fernandes Duarte, José Lucas da Costa, José Augusto Ramos,  José Nunes da Silva, Manoel da Silva Rocha, Albino Nunes da Cunha, Guilherme Dias da Costa, Joaquim Dias Antunes, António Pires de Castro, João Fernandes Thomaz, Ernesto Fernandes Thomaz, António Neves Alvim, Joaquim Ribeiro Gomes, Augusto Dias, José Évora Poeira, José Maria Martins Junior, António Roque Gázio, Joaquim da Costa Pinto, José Silva e Sousa, Jacintho Gouvêa, António Boaventura Dias Nestório, José Carlos de Barros,  Domingos Lino Gaspar, Francisco Salles da Veiga, César Cascão, Julio Gonçalves Mendes, Visconde de Taveiro (pae), José Ferreira Sopas, António Luiz Soares, João Pinto Duarte, João da Silva Coelho, Cypriano Fernandes Fresta, José Azul, Francisco Fernandes Talhadas, Deziderio Henrique Pessoa, Rodrigo de  Campos Costa, Aniceto Rodrigues Redondo, José Lopes do Espírito Santo, Augusto da Cruz, João Esteves de Carvalho, Joaquim do Souto Junior, Paulo Barbosa da Cruz,  João d’Almeida Manso, Manoel Fernandes Querido, António Jacob Junior, Manoel Almeida Lemos, Arthur Miranda Castella, Jacintho Dias Milheiriço, José Maria Pedrosa Ramos, Luiz Duarte Sereno, Manoel Roiz Formigal, Artur Xavier Lopes da Silva, José Luiz de Meira, Frederico de Carvalho, João Gomes Moreira, Joaquim Cortezão, Balthazar Castiço Loureiro, Augusto Sampaio e Mello, José Augusto Fera, Manoel Pedro Caçador,  Ricardo d’Oliveira Neves, Urbano Conceição Motta, Adrião Felício Martins, Alberto Cardoso d’Oliveira, Caetano Pereira Baptista, José Rodriguez de Jesus, José Maria Brito, António Francisco Galvão, Luiz Penteado, Thomaz Santos Bruegas, Joaquim Vital, Crispulo Alpoim Borges Cabral, João Macedo Santos, João Rodrigues Estrella, José de Azevedo Teixeira, Eduardo Dias Margarido. Francisco da Silva Ramalho, Manoel da Silva Carraco (…)”.

"Esta petição, que foi redigida pelo Dr. Manuel Gaspar de Lemos recolheu a assinatura de cerca de 150 figueirenses e, segundo reza a crónica, “os senhores camaristas ficaram bastante aborrecidos, acedendo, contudo, ao pedido que lhes era feito, e mais tarde, como que a penitenciar-se, vieram até a esforçar-se por, no limite das suas possibilidades, melhorar o aspecto do local, alindando-o um pouco, com algumas obras que ainda hoje atestam, dignamente, a sua passagem pelo Município”.
In Álbum Figueirense, 1937

Nota.
Um agradecimento especial do responsável deste espaço ao Pedro Biscaia, um Amigo de, pelo menos, 4 décadas.

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Caso divulgado por OUTRA MARGEM na passada sexta-feira atinge dimensão nacional

"Silêncio é a unica resposta que devemos dar aos tolos. 

Porque onde a ignorância fala a inteligência não dá palpites!“

PSD Figueira exige ao presidente da Câmara Municipal e líder concelhio do PS, Carlos Monteiro, que “de uma forma clara e inequívoca”, manifeste o “maior repúdio” por um “desaforo à democracia representativa”.

O caso levantado pelo OUTRA MARGEM na passada sexta-feira, dia 14, atingiu dimensão nacional. Por exemplo, Observador Expresso, PúblicoDiário de Notíciastvi24, Notícias ao Minuto, entre outros, foram alguns dos órgãos de informação que já se referiram ao asssunto.

Entretanto, a comissão política da Figueira da Foz do PSD exige ao presidente da Câmara Municipal e líder concelhio do PS, Carlos Monteiro, que “de uma forma clara e inequívoca”, manifeste o “maior repúdio” por um “desaforo à democracia representativa”.

O PSD da Figueira da Foz acusou este domingo de má conduta democrática o presidente de junta socialista que apelidou de tolos e ignorantes os autores de uma petição, usando uma citação atribuída ao ditador Benito Mussolini.

Numa nota enviada à agência Lusa ao início da noite, a comissão política de secção da Figueira da Foz do PSD exige ainda ao presidente da Câmara Municipal e líder concelhio do PS, Carlos Monteiro, que "de uma forma clara e inequívoca, manifeste o seu e o do seu partido maior repúdio por mais este desaforo à democracia representativa". "Sob pena de estar a ser cúmplice da má conduta democrática de António Salgueiro", argumenta ainda o PSD.

No comunicado, a concelhia social-democrata manifesta a sua "profunda indignação pela má conduta cívica e democrática evidenciada" por António Salgueiro, que numa resposta às autoras de uma exposição enviada à junta de freguesia, relativa a um problema com uma caixa multibanco avariada no mercado local, utilizou uma citação atribuída ao antigo ditador fascista italiano.

"O silêncio é a única resposta que devemos dar aos tolos. Porque onde a ignorância fala, a inteligência não dá palpites", escreveu António Salgueiro, num ofício em papel timbrado da junta de freguesia da margem sul do Mondego, no distrito de Coimbra.

A frase utilizada pelo autarca socialista é atribuída, em inúmeras fontes espalhadas pela internet, ao ditador italiano Benito Mussolini, considerado o pai do fascismo e aliado de Hitler, que morreu em 1945. Entre outras referências, a citação é dada como publicada num livro de António Santi, escritor e investigador norte-americano descendente de italianos, intitulado "O livro da sabedoria italiana", editado em 2003.

"Fica uma vez mais evidente que, quer a citação atribuída ao ditador Benito Mussolini, quer a tentativa desastrada de justificação, na qual se refere a Mussolini com uma leviandade que não julgávamos já possível a um filiado no Partido Socialista, revelam um total desrespeito pela democracia", argumenta a concelhia do PSD. 

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

“A ETAR não está preparada para receber muito mais”, advertiu o diretor geral da Águas da Figueira, João Damasceno, ontem, numa visita guiada para jornalistas à estação de tratamento...

João Damasceno, Carlos Monteiro e António Salgueiro
1. "No início do verão deste ano, o mau-cheiro tomou conta do ar que se respirava nas redondezas daquela estação de tratamento, proveniente de efluentes sem pré-tratamento O Hospital Distrital da Figueira da Foz, saliente-se, também canaliza para ali os seus efluentesde unidades industrias agroalimentares instaladas na vizinha zona industrial." 
2. "Nos últimos cinco anos, a Águas da Figueira investiu 300 mil euros na modernização da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de São Pedro, freguesia industrial e turística. Àquele montante, há ainda a acrescentar 200 mil euros, suportados por unidades industriais que operam na zona portuária, em obras recentemente realizadas. Tudo junto, o investimento de meio milhão de euros permitiu duplicar a capacidade do equipamento."
3. "A concessionária Águas da Figueira detetou a origem do problema, ao mesmo tempo que sensibilizou os poluidores para a necessidade de pré-tratarem os esgotos. João Damasceno garantiu que, se aquele episódio se repetir, a concessionária será “mais célere” na resolução do problema. Isto porque, na sequência do incidente, foram localizadas as caixas para onde foi libertada a matéria orgânica."
4. "Na visita, o gestor fez-se acompanhar pelo vereador Carlos Monteiro, o presidente da Junta de São Pedro, António Salgueiro, e técnicos da Águas da Figueira e da câmara."
5. "Carlos Monteiro considerou que as obras realizadas na ETAR de São Pedro deram um “contributo muito grande para o tratamento de eflentes e a qualidade da água do rio”. António Salgueiro, por seu lado, registou que , agora, as coisas estão regularizadas”. Ambos os autarcas salientaram que estão descansados e satisfeitos em relação aos resultados dos referidos investimento. 
6. "O vereador aproveitou a ocasião para afirmar que, de acordo com as análises, “desde há dois anos que a água da Praia do Forte é de qualidade excelente”.
 Para o efeito, contribuiu o aumento da qualidade da água libertada pela ETAR de São Pedro."
Via AS BEIRAS

Nota de rodapé.
Tudo isto, sem esquecer, evidentemente, que a "A ideia de utopia está sempre presente em nós e funciona como uma válvula de escape, não é assim Senhor Dr. João Ataíde?.."

sábado, 30 de abril de 2016

O que disse, ontem, na Assembleia Municipal da Figueira da Foz

Foto sacada daqui
Recuemos a antes de 13 de abril de 2014.
A Câmara Municipal da Figueira da Foz, preparou e apresentou a candidatura, em parceria com a junta de freguesia de Lavos, do Centro de Saúde de Lavos, para uma estrutura sobre dimensionada para as necessidades dos lavoenses.
Em 13 de Abril de 2014, largas dezenas de pessoas assistiram, em Santa Luzia, à cerimónia de lançamento da 1.ª pedra do Centro de Saúde de Lavos.
O equipamento, tive disso conhecimento na altura, ficaria dotado de sete gabinetes médicos (parece que tem 9...), dois gabinetes de enfermagem, duas salas de espera, uma unidade técnica de grande capacidade e várias estruturas de apoio.
A apresentação do centro de saúde foi feita por António Albuquerque, chefe da Divisão de Obras da Câmara Municipal da Figueira da Foz. 
“Não está dimensionado para a população que vai servir [5 200 habitantes]. Está  projectado  para cerca de 10 500 pessoas”, disse na altura António Albuquerque.
Claro que fiquei de pé atrás e preocupado...

A 19 de outubro de 2014, como todos sabemos, em resultado de eleições intercalares, António Salgueiro, numa lista PS, é eleito para presidente de junta em S. Pedro, onde já era autarca há muitos anos.
Uma das várias promessas, apresentada no decorrer da campanha eleitoral que o levou à vitória de 19 de Outubro de 2014, foi a garantia de que o Posto Médico de S. Pedro não iria fechar.

No passado dia 15, realizou-se uma sessão ordinária da assembleia de Freguesia de S. Pedro.
Nessa sexta-feira, à noite, abordado no decorrer da sessão sobre o assunto o senhor presidente António Salgueiro garantiu que o Posto Médico se iria manter aberto.
Passado o fim de semana, dias 16, sábado, e 17, domingo, logo no dia seguinte, segunda-feira, 18, tive conhecimento que o "Posto de Saúde da Cova Gala iria encerrar em breve... Tudo apontava, para o final deste mês".
Nesse mesmo dia, segunda-feira, porque tenho um espaço na internet que é lido por meia dúzia de pessoas, ou menos, divulguei publicamente o assunto, dada a gravidade do que estava a acontecer.
A população agitou-se, as partilhas no facebok foram mais que muitas, e a inquietação e alarme social instalou-se.
No dia seguinte, 19, terça-feira, desgraçadamente a notícia já era oficial e confirmava-se infelizmente o pior: pela afixação de um simples comunicado, na porta principal do Posto Médico, a população era informada que o "Posto de Saúde da Cova e Gala encerrava no fim do mês – a partir do dia 2 de maio os médicos em serviço num Posto médico que estava a servir a população desde 1959, não nas actuais funcionais e modelares instalações, é verdade, iriam para Lavos levando os seus respectivos doentes.
Assim, sem uma palavra, sem uma atenção, sem uma justificação, sem uma palavra: assim friamente...
O presidente da junta sentindo-se atraiçoado pelo PS, Figueira, enviou uma mensagem, a vários autarcas e outros do seu do seu actual partido, certamente alguns aqui presentes receberam a SMS, a manifestar desgosto e desencanto, e ameaçando com a sua demissão e demissão da sua equipa.

No dia seguinte, 20, quarta-feira, o Diário de Coimbra, confirmava aquilo que eu tinha escrito em 18 no blogue Outra Margem, dois dias antes: "o presidente da junta de freguesia, que ainda no passado dia 15 garantiu na Assembleia de Freguesia, realizada nessa data, que o Posto Médico se iria manter aberto, não descarta a hipótese de se demitir..."

Segue-se a convocação de uma sessão extraordinária da AF de S. Pedro - sessão essa que se realizou no dia 21, pelas 21 horas.
A Assembleia de Freguesia realizou-se... O DCMG lotou. Também lá estive, na esperança de ver aparecer alguém da Câmara Municipal para dar uma palavra de esclarecimento, de conforto, de solidariedade. 
Da Câmara ninguém apareceu... 
Entretanto, a pressão popular levou à marcação de uma reunião para o dia 25 de Abril na Figueira entre a Câmara, a junta de S. Pedro, depois foi alargada à junta da Marinha das Ondas, e ACES, na pessoa do director executivo António Morais.
Dessa reunião, como todos sabemos, nada de conclusivo resultou, ao contrário do que foi vendido aos jornais.

Na quarta-feira passada, no CMC houve uma sessão de esclarecimento dos autarcas de S. Pedro, que serviu para o presidente da junta ler as partes que lhe interessavam das notícias publicadas no DC, Beiras e Voz da Figueira, feitas a partir das declarações prestadas aos jornalistas, no final da reunião do dia 25 de Abril, um dia simbólico, por sinal, e que deveria ser respeitado por quem anda na vida pública e na política.
Dessa reunião, todos sabemos, não saíram conclusões definitivas – apenas, serviu, a meu ver, para passar uma mensagem para acalmar a população, à espera de melhor oportunidade, e logo que a malta baixe a guarda levamos o golpe.

O dia de ontem foi elucidativo - em S. Pedro e na Marinha das Ondas.
Ontem, dia 28, quinta-feira, na Marinha das Ondas o povo saiu à rua em defesa do seu Centro de Saúde...
Na Cova e Gala foi afixado um novo comunicado na porta principal do Posto médico da Cova e Gala, assinado pelo Director Executivo da ACES, António Morais, que diz o seguinte:

Gostaria de colocar, olhos nos olhos, a questão directamente ao senhor Presidente da Câmara, ou ao senhor vereador do pelouro da saúde, mas como nenhum deles se encontra presente, neste momento, solicito ao senhor vereador Carlos Monteiro ou à senhora vereadora Ana Carvalho que façam chegar a mensagem: estou aqui porque V. Exas. são o epicentro de todo o problema – que é, como sabemos, o sobre dimensionado, para as necessidades dos lavoenses, Centro de Saúde,  - lembro, e vou citar o Director do ACES, António Morais, que está dimensionado para 12 a 13 mil utentes e com menos de 8 a 9 mil não será rentabilizado - que a Câmara Municipal da Figueira da Foz inaugurou em Lavos, e que, a meu ver, visa servir uma estratégia politica de saúde definida por V. Exas. para o concelho...
O presidente da junta de S. Pedro, disse - e eu quero acreditar - que foi surpreendido.
Vou recordar, no entanto, aquilo que no decorrer de uma visita ao andamento das obras do Centro de Saúde disse o Director Executivo do ACES.
Na altura, 2 de Março de 2015, há pouco mais de um ano, disse este senhor...  "ACES não encerra Centros de Saúde em virtude da abertura de Lavos"!..
Sendo assim, e muito mais haveria a dizer, mas não tenho mais tempo, fica o meu pedido de esclarecimento: olhos nos olhos, com verdade, sem demagogia, claramente, gostaria que o  senhor presidente da câmara, dr. João Ataíde,  esclarecesse o que vai acontecer, realmente, ao Posto Médico da Cova e Gala.
Finalmente, gostaria que dissesse  como rentabilizar uma super estrutura, como é o Centro de saúde de Lavos, que para ser rentabilizado necessita de 8 a 9 mil utentes?...
Neste momento, nem metade tem: onde vai inventá-los?..

Nota de rodapé.
Como nota negativa desta minha passagem pela Assembleia Municipal, utilizando um direito do País de Abril, registo o facto - certamente, uma mera coincidência infeliz - de tanto o presidente da câmara, dr. João Ataíde, como o vereador do pelouro da saúde na CMFF, dr. António Tavares, não terem estado presentes no momento (e tinha, regimentalmente, apenas 5 minutos...) em que usei da palavra.
Vou esperar que a onda de boa vontade e compreensão, expressa pelo senhor presidente da câmara, sobre o assunto que levei à Assembleia, quando, algum tempo depois de ter terminado a minha intervenção,  lhe foi possível chegar ao salão dos paços do município, não se dilua no areal da  praia da nossa cidade. 
foto sacada daqui
Pela positiva, fica uma nota de simpatia e agradecimento a quem dirige os trabalhos na Assembleia Municipal: o seu Presidente, José Duarte Pereira
A cor partidária, nem sempre retira o colorido a quem encara a vida e a politica com sentido de responsabilidade democrática e cultura humanística.
É assim que se promove uma maior aproximação entre eleitos e eleitores e entre estes e as instituições, porque o órgão autárquico a que preside, a Assembleia Municipal da Figueira da Foz, terá de  ser sempre a casa da Democracia do Concelho da Figueira da Foz.
Senhor Presidente: como covagalente que continua preocupado - como continuamos todos... - com um problema fundamental para o nosso futuro, que passará sempre pela qualidade e acessibilidade aos cuidados de saúde primários, fica o meu agradecimento por ter percebido e compreendido a importância do assunto que ontem levei ao órgão autárquico que preside.
Posso ser muita coisa, mas acéfalo - não.
Obrigado senhor Presidente José Duarte Pereira.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Espaço Cultural e de Convívio em homenagem aos pescadores da Cova Gala foi inaugurado ontem

foto António Agostinho
O Centro Cultural e de Convívio dos Pescadores de São Pedro, que já estava pronto desde finais de 2013, foi ontem inaugurado. Na cerimónia, usaram da palavra diversas entidades.
António Santos, da AD ELO, em representação do GAC – Mondego Mar, começou por manifestar a satisfação em estar perante “um projeto dirigido aos pescadores”. Este orador apelou para que seja uma “casa viva, que sirva os interesses da comunidade”. António Santos anunciou que “a breve prazo” irá existir um “novo período de programas (apoio)” e exortou os pescadores a participarem, apresentando “os seus projectos”
Por sua vez, o presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, considerou que "ontem foi um dia importante para todos os covagalenses”. António Salgueiro deixou claro que o centro cultural “é um local onde serão perpetuados todos os homens e mulheres do mar”. Naquele local, “serão recordados saudosos dias de trabalho” e partilhados momentos de lazer. O autarca local referiu que estão projectadas várias acções, em resultado da parceria com a Associação Mar e Rio de São Pedro
O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz encerrou a sessão. Com este "espaço modernizado", “o que se pretende é deixar o testemunho da identidade de um povo e de uma comunidade em especial”, afirmou o dr. João Ataíde. 
O autarca informou que o centro cultural rondou 100 mil euros (mais concretamente, informo eu, o Valor Contratual foi 101.803,84 € + IVA) comparticipado em 85% por fundos comunitários. “A câmara assumiu a sua construção, que agora transfere à Junta de Freguesia de São Pedro, que, em conjunto com a comunidade, irá fazer dele o melhor uso”, disse João Ataíde, salientando que a autarquia figueirense se mantém atenta às “preocupações da freguesia”
João Ataíde informou na oportunidade que irá apresentar na próxima reunião de câmara o projecto de requalificação da zona do Cabedelo, espaço ao qual “pretende dar uma configuração de excelência”.  
Por falar em excelência: atentem bem na beleza do barco da foto, que estava em exposição no exterior do edifício ontem inaugurado.
Totalmente construído por Adelino António Pereira Agostinho, irmão mais novo do meu Pai, portanto, meu Tio. Homem de afectos, deu ao barco construído com carinho, o nome da sua neta - July. Nesta obra, foram gastos anos de trabalho, minucioso, paciente e competente para concretizar a maravilha que os nossos olhos podem ver agora. 
O meu Tio Adelino Agostinho, tem agora 79 anos de idade, mas continua em forma. Afinal, "o mais importante na vida é ser-se criador - criar beleza".
A terminar, registe-se que o Presidente da Junta de Freguesia de São Pedro ofereceu o livro "A Cova-Gala, como notável exemplo de Solidariedade", recentemente publicado pelo Dr. Jorge Mendes, ao presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Afinal aconteceu: foi no passado dia 30, quinta-feira e está hoje no jornal...

Mais de dois meses depois, “Alerta costeiro 14/15”, uma exposição fotográfica de Pedro AgostinhoCruz, ainda não conseguiu ser inaugurada e continua a ser notícia...
Hoje - que foi o dia a seguir à ironia ter saido à rua com os dentes afiados - depois de na passada quinta-feira a deputada municipal Ana Oliveira ter apresentado uma moção que propunha a realização da mesma exposição nos Paços do Concelho, o assunto merece destaque no jornal AS BEIRAS.
Na sessão da assembleia municipal realizada no último dia do mês de Abril de 2015, a troca de argumentos entre os partidos representados naquele órgão autárquico envolveu “os valores de abril”em particular a liberdade de expressão: o autarca de São Pedro, eleito por uma lista PS, foi acusado de falta de cultura democrática.
Bonito, mas bonito mesmo, para mim, que por mero acaso estava presente no salão nobre dos paços do concelho, foi ter presenciado a bancada do PS figueirense na Assembleia Municipal, na discussão da proposta, cometer o mesmo erro que o presidente de São Pedro, dois meses antes: como sabemos, na vida ou na política, se avançamos, sem retaguarda, deixamos para trás a hipótese de recuar. 
E isso, mais cedo que tarde, costuma sair caro...

Daí, esta iniciativa da oposição quase ter sido aprovada, não fosse o voto de qualidade do presidente da mesa, José Duarte.
Tudo porque alguns deputados socialistas, a meu ver, certamente pouco confortáveis com o sentido de voto da bancada a que pertencem, num assunto tão delicado, melindroso e sensível, para os verdadeiros socialistas - tem tudo a ver com a liberdade de expressão e de pensamento - se terem ausentado da reunião momentos antes da votação, verificando-se o tal empate (16-16 e uma abstenção).
Para Ana Oliveira, do PSD e a autora da proposta, "esta visava despertar as consciências para o problema da orla costeira”
Já para Nuno Melo Biscaia, líder do PS na assembleia, não passava de uma moção que tinha “encapotada uma provocação política”Registei, e lamento, meu caro Amigo, as tristes figuras que um líder político de uma bancada, por vezes, tem de fazer. E lamentei ainda mais, acredite pois isto é sincero, sendo V. Exa. filho de um Homem tolerante e um verdadeiro democrata chamado Luís Fernando Argel de Melo e Silva Biscaia para quem "a coerência é, talvez, o que melhor define o seu carácter. Sem nunca tergiversar nas suas tomadas de posição ao longo da vida, é um verdadeiro democrata de espírito aberto e tolerante. Acredita nos seus ideais, mas respeita democraticamente os dos outros." 

O debate teve ainda um momento interessante, principalmente para os fregueses de São Pedro, quando José Elísio, ao responder a uma desajeitada “picardia” de António Salgueiro, proferiu esta declaração:  “tive duas oportunidades para governar a Junta de São Pedro e não as aceitei”. O presidente de Lavos, José Elísio, proferiu estas palavras em resposta a António Salgueiro "quando este lhe sugeriu que tratasse de Lavos que ele tratava da sua freguesia"
A primeira oportunidade, explicou José Elísio, "foi em 1985, quando defendeu a desanexação de São Pedro de Lavos. A segunda foi em 2013, com a reforma administrativa, dando a entender que, se tivesse querido, São Pedro regressaria à freguesia de origem".

Completamente fora desta polémica e às questões político-partidárias em seu redor, o fotojornalista Pedro Agostinho Cruz, em declarações ao jornal AS BEIRAS, mostrou-se surpreendido com a iniciativa do PSD e disse "que a exposição vai ser inaugurada em breve, num espaço público e com outro formato”.

sábado, 27 de fevereiro de 2021

Em S. Pedro o Leslie e a pandemia não nos afectou todos?.. Ou foi só ao património e ao negócio da junta?..

Na edição de hoje do Diário as Beiras, o presidente da junta de freguesia de S. Pedro, diz que "a pandemia está a gerar prejuízos. Nomeadamente, financeiros." 
Mas a quem? - pergunta OUTRA MARGEM
Segundo o presidente, "à junta de freguesia e aos seus concessionários"!.. 
E os restantes comerciantes da freguesia? - pergunta OUTRA MARGEM.

A junta «tem cinco espaços comerciais concessionados – três na Praia da Cova, um na Praia do Hospital e outro e junto ao rio – e confeciona as refeições escolares e gere o refeitório do centro escolar local. Com os estabelecimentos e as escolas encerradas, não há receitas.
“Temos tido bastantes dificuldades. Os nossos concessionários estão a pedir-nos ajuda. Estamos a tentar saber, em termos legais, o que poderemos fazer para os ajudar. E ainda temos o problema acrescido no refeitório do centro escolar, que tem quatro funcionários permanentes, pagos pelas refeições que servimos às crianças. Como, neste momento, não há serviço de refeições, é mais um prejuízo enorme para a junta de freguesia, de mais de três mil euros por mês
Durante o confinamento, os salários estão a ser pagos pela tesouraria da junta de freguesia, afirmou o presidente da junta da freguesia do sul da Figueira da Foz, António Salgueiro.
Por outro lado, ao abrigo da delegação de competências, as juntas de freguesia têm direito às verbas relativas à publicidade dos estabelecimentos comerciais e outros, no entanto, devido à crise pandémica, em 2020, não foram cobradas as respetivas taxas.
“Em 2021, também não iremos receber, devido à pandemia”, disse ainda António Salgueiro.»

Importantes e, pelos vistos, relevantes e preocupantes, são os prejuízos sofridos pela junta! 
Será que as pessoas que não têm negócio com a junta de freguesia de S. Pedro também não têm problemas, prejuízos e outras situações complicadas para resolver?
Se têm, desenrasquem-se... A junta tem problemas próprios, e esses para o presidente, é que têm de ser resolvidos prioritariamente...
Para vossa leitura e análise, fica a peça jornalística completa hoje publicada no Diário as Beiras.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Liberdade - mesmo que a justiça não seja realizada, a liberdade preserva o poder de protesto contra a injustiça e ainda pode contribuir para salvar a Aldeia...

A exposição que esteve montada, à porta fechada, no Mercado de São Pedro, das 17 às 21 horas, do dia 27 de fevereiro, uma sexta-feira. Como se pode verificar, não existem legendas, como foi insinuado ontem na Assembleia Municipal pelo presidente da junta de S. Pedro, António Salgueiro. A exposição era para ter sido inaugurada às 10 horas do dia seguinte.
Na passada quinta-feira, 30 de de Abril, como faço quando posso, subi até ao salão nobre dos paços do concelho para assistir à Assembleia Municipal.
Tive uma enorme surpresa, ao deparar com a discussão de uma moção apresentada pela deputada municipal Ana Oliveira, com o seguinte teor:

"No passado mês de Fevereiro do presente ano, o fotojornalista Pedro Cruz foi convidado pelo Presidente da junta de freguesia de São Pedro a realizar uma exposição da Freguesia de são Pedro, tendo o autor atribuído lhe o nome de “Alerta Costeiro 14/15”.

Esta exposição mostrava imagens que documentam a erosão do litoral costeiro, em especial a zona da freguesia de S. Pedro.

Nas vésperas da inauguração, a exposição do fotojornalista foi cancelada, alegando o presidente de junta do partido socialista, que a mesma estava politizada, mostrando, no nosso ponto de vista, uma verdadeira barreira à liberdade de expressão.

O que é certo, é que, com este infeliz desfecho e tal como o artista comunicou numa rede social, “O alerta foi dado” e mais do que nunca a população e as várias entidades com responsabilidades sobre o assunto “Olharam com olhos de ver” para o real problema que aquela freguesia e que o concelho da Figueira da Foz está a sofrer com esta constante devastação da zona costeira.

Neste sentido propunha à Assembleia Municipal, que pelo impacto e para mantermos viva a nossa preocupação sobre a solução deste assunto, que convidassem o fotojornalista Pedro Cruz a realizar a exposição “Alerta Costeiro 14/15” nos Paços do Concelho."

Na votação verificou-se um empate:16 votos a favor, 16 contra e 1 abstenção. 
O Presidente da Assembleia Municipal teve de decidir com o seu voto de qualidade.
Sobre as ilações políticas a tirar, não me vou pronunciar: deixo isso a quem de direito. 

Sobre este assunto, recordo que as fotos da “A EXPOSIÇÃO CENSURADA PELO PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE S. PEDRO, em finais do passado mês de fevereiro, podem ser vistas clicando aqui. O comunicado emitido pelo presidente da Junta de S. Pedro, António Salgueiro a propósito do cancelamento da exposição fotográfica ALERTA COSTEIRO 14/15, emitido na altura, pode ser lido clicando aquiA estória é curta e está contada aqui
Portanto, quem estiver de boa fé, tem os elementos para construir uma opinião fundamentada.

Esta estória exemplar, a meu ver, demonstra, quarenta e um anos depois da queda da ditadura de Salazar e Caetano, como este país continua afinal igual a si próprio e ao que sempre foi: um pobre e bisonho paraíso paroquial para pequenos chefes labregos que - no seu boçal entendimento, certamente inebriado pelo esplendor do mando - pensam que podem apagar figuras de uma paisagem.
Mas, também, demonstra que há algo - para além do talento, claro - que um artista consciente, ainda que pobre, nunca admite que lhe seja escamoteado: o orgulho e o amor-próprio.

O senhor presidente da junta de S. Pedro, pelo que disse na passada quinta-feira na Assembleia Municipal da Figueira da Foz, passados mais de 2 meses, continua sem perceber o óbvio.
A exposição era do artista: na totalidade - no talento e nos custos.
A Liberdade é isto, senhor presidente.
“Seu” era o espaço do Mercado de São Pedro.
O senhor presidente, por não gostar de uma fotografia que fazia parte da narrativa do fotojornalista, entendeu interditar o acesso ao espaço. Problema seu, caro presidente da junta.
Neste momento, a exposição do Pedro Cruz já foi mais longe do que o senhor pensa. E não vai ficar por aqui.

Já passaram 41 anos do 25 de abril de 1974.
Quem mora em S. Pedro e recorda Abril, sente que celebra um acontecimento já longínquo - daqueles que começam a ressoar a liturgia morta. Essa é, infelizmente, a realidade. Mas a memória tem de ser avivada,  sempre que  estiver em causa a questão da Liberdade. A dignidade não tem preço e, em democracia, a comunidade não pode perdoar a indignidade de quem governa.

V. Exa., na sessão da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, realizada no passado dia 30 de Abril de 2015, mesmo descontando que não tem vocação para discursar, falou sem dizer nada perceptível, nem, ao menos uma palavra autêntica de arrependimento. Na Assembleia Municipal da Figueira da Foz, V. Exa. foi aos limites da náusea, sem carisma, nem dignidade institucional – e estava lá, como deputado municipal, por ser presidente, com maioria absoluta, da freguesia da minha Aldeia.
Senti-me muito mal representado como freguês de S. Pedro. 
Admito que o momento foi difícil para V. Exa. Contudo, a grandeza dos homens emerge nos momentos difíceis.
V. Exa.,  pelo que disse na Assembleia Municipal, desconhece a palavra grandeza, só conhece a palavra poder. Desconhece a palavra dignidade, só conhece a palavra arrogância. Desconhece a palavra humildade, só conhece a palavra vingança. 
Depois do que aconteceu na Assembleia Municipal da Figueira da Foz, parece-me que no mais alto forum político de debate concelhio, a recuperação da imagem do presidente da junta de freguesia de S. Pedro – que é V. Exa. - não tem retorno. 

Antes tivesse permanecido calado.
Num palco da política – e a Assembleia Municipal da Figueira da Foz é o maior palco político do nosso concelho - os discursos valorizam-nos ou desvalorizam-nos. E a  postura, as palavras e a falta de ideias dele, na qualidade de presidente da junta de S. Pedro, não foram um bom sinal. 
E, depois, como acontece com todos os fracos, a sua atitude foi boçal, imprevidente e insensata.
Tive pena de V. Exa., principalmente quando disse – ou deu a entender - que a exposição tinha legendas, o que, como sabe, é uma completa e real mentira. Ponto.
Como escreveu um dia Albert Camus: “É horrível ver a facilidade com que se desmorona a dignidade de certos seres. Vendo bem, isso é normal visto que a dignidade em questão apenas é mantida por eles através de incessantes esforços contra a sua própria natureza.”   

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Em cima da hora...

Neste momento está a decorrer um debate sobre as eleições intercalares na freguesia de S. Pedro na Foz do Mondego Rádio.
Está em debate o problema da erosão costeira na freguesia. Já usaram da palavra António Salgueiro, João Bertier e neste momento está a falar a Manuela Ramos.
Recordo a posição de um  anterior presidente da junta da minha Terra, Carlos Simão, que faz parte da lista e é o mentor da lista de António Salgueiro, em novembro de 2011:
 "Erosão costeira na margem sul: "autarcas (excepto Carlos Simão) e populares daquela margem apontam o dedo ao prolongamento do molhe norte..."
AS BEIRAS, dia 07-11-2011, página 5
Por favor não me fecundem... OK?...

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

A palavra é um instrumento que deve ser utilizado no exercício da cidadania...

A democracia não é um dado adquirido. É um combate diário. Foi nisso que pensei ao assistir ao que aconteceu no decorrer da Assembleia Municipal que se realizou esta tarde no CAE.
Uma simples e normal cidadã, foi propor uma reflexão séria aos deputados municipais sobre uma situação que aconteceu e que deveria envergonhar quem a cometeu. 
A resposta, foi a que esperava: o PS, partido de maioria absoluta, reagiu de forma primária, em grupo em defesa do indefensável. Solidariedade, é uma coisa. Fidelidade canina, é outra.
Na Figueira, há um mundo de diferença entre quem vive, directa ou indirectamente, da política, e quem procura apenas servir a comunidade, sem interesses ocultos ou declarados. 
É pecado pensar pela própria cabeça e ter opinião?
O teor das inquisições várias, ao longo dos tempos, têm todas o mesmo perfil. Desde o tempo medieval até aos tempos modernos, as acusações mais graves contra alguém e que levam à eliminação social e muitas vezes individual, são geralmente acusações do tipo que vi proferidas por deputados socialistas, num momento em que a cidadã que foi exercer o seu direito de cidadania já não podia falar para se defender.
Foi triste. Foi vil. Foi antidemocrático. Foi lamentável. Foi cobarde.
No tempo de Salazar, quando se queria eliminar alguém, propagava-se que  não era da situação: estava tudo dito.
Foi isto que senti hoje no CAE. O tempo, na Figueira, a voltar para trás.
Fica, para quem quiser avaliar, o magnífico e irrepreensível texto lido na Assembleia Municipal da Figueira da Foz, pela cidadã Dulce Cardoso Ponard.
Para memória futura passo a citar.

"Exmo Senhor Presidente da Assembleia Municipal da Figueira da Foz

Exmos Senhores Deputados

Exmos Senhores do Executivo da Câmara Municipal da Figueira da Foz

Exmos Senhores Presentes

É com gratidão que procuro fazer destes 5 minutos concedidos, 5 minutos de esclarecimento, 5 minutos de liberdade, 5 minutos de informação, 5 minutos de apelo.

Acredito que seja do conhecimento de todas e todos que algo se passou que indignou a media nacional, indignou cidadãs e cidadãos de Portugal e não só, indignou, indignou…

Os episódios têm origem no âmago da Junta de Freguesia de São Pedro pelas mãos da instituição que é, representa e conduz: o seu Presidente, então e ainda, António Salgueiro.

Permitam-me que vos recorde os factos:

António Salgueiro foi eleito Presidente da Junta de Freguesia de São Pedro;

Um posto de Multibanco instalado no Mercado de São Pedro, infraestrutura sob jurisdição da Junta de Freguesia, está fora de serviço desde 2019, facto que tem ameaçado o exercício e rentabilidade dos pequenos comerciantes;

Os mesmos comerciantes e alguns residentes vieram ao meu encontro e do grupo informal que designamos Grupo para Reflexão de São Pedro com o intuito de ser feito um pedido de ajuda, repito, pedido de ajuda à Junta e Assembleia de Freguesia de São Pedro, Câmara e Assembleia Municipais da Figueira da Foz no contacto com as entidades responsáveis e facilitadores do processo de reativação do dispositivo.

Foi elaborado e enviado o pedido em conformidade com o apelo;

O Presidente de Junta de Freguesia de São Pedro usou de um ofício (96/2020), um documento oficial da República Portuguesa para dirigir insultos indiscriminadamente aos membros do Grupo;

Além dos insultos nenhuma resposta foi dada ao pedido de ajuda;

Foi insulto indiscriminado já que, embora seja um grupo informal, por atitudes opressivas como estas, somos forçados a guardar alguma discrição. O que significa que no mínimo o Sr. Presidente dirigia o seu insulto a duas ou três pessoas (somos mais que 3), no máximo a milhares de fregueses de São Pedro (não somos milhares);

As declarações posteriores aos jornais são conhecidas e públicas. Apenas tenho 5 minutos e quero abster-me de juízos de valor.

Passados alguns dias, após um comentário de um ilustre cidadão de São Pedro, a uma publicação na minha página de Facebook, fomos surpreendidos por uma resposta de Helena Pereira, que assume a função de 1ª Secretária de Assembleia de Freguesia - escreveu “quem quiser saber das asneiras do André é só dirigir-se à junta de Freguesia! Não serão expostas por mim”. Podemos concluir que “as asneiras do André” estão disponíveis para consulta pública na Junta de Freguesia de São Pedro. Será que é legítimo que num Estado Democrático e de Direito como o nosso, o Português, em pleno século XXI, resistam estes registos pessoais para consulta pública.

Os meus 5 minutos podem ser mais do que 300 segundos se as senhoras deputadas e senhores deputados assim o quiserem, e não peço mais um segundo que seja para falar. Espero que esse segundo seja por vós usado, para uma sincera reflexão sobre:

Qual o limite da solidariedade partidária?

Pode a tolerância de tiques antidemocráticos como este ser conivência?

Será negligente alimentar esta aparente sensação de impunidade?

Não deverá ser a solidariedade intrapartidária biunívoca?

É certo que poderia ter abordado a questão do Multibanco em Assembleia de Freguesia, mas em que medida estarei eu castrada do meu direito à cidadania activa? Será admissível ser insultada em ofício por cooperar na criação de uma carta com um simples e sincero pedido de ajuda à autarquia?

Fará sentido usarmos o cravo na lapela enquanto riscamos de azul?

Sras e Srs Deputados. Poderão pensar que sou apenas uma covagalense e que não represento o povo de São Pedro. Mas convido-vos a interrogarem-se: se cada covagalense não representa, em si mesmo, a comunidade de São Pedro, será ela representável?

O autoritarismo e a extrema direita têm surgido em cada canto da sociedade portuguesa. Peço aos partidos aqui representados, em particular ao Partido Socialista, que, por camaradagem, não deixem que se crie em lado algum do nosso país um pequeno ditador, com pés de veludo, mente curta e mão de ferro;

No passado dia 24 de Agosto de 2020, recordamos e recordaremos Manuel Fernandes Tomás, grande progressista, ilustríssimo Figueirense. Façamos o exercício sobre qual seria a sua visão e atitude perante este retrocesso na liberdade e responsabilidade políticas no seu e nosso país!

Estou disponível para qualquer esclarecimento adicional.

Ajudem-nos a fazer destes 5 minutos um gesto forte, por uma sociedade mais livre, justa e fraterna.

Muito Obrigado pela Atenção que me concederam!

Figueira da Foz, 30 de Setembro de 2020"